"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A mãe que pensa em doar o filho

Foto: Google Imagens

Hoje uma possível leitora escreveu um comentário em meu blog, que queria doar o filho dela para adoção, que ainda está na barriga, e pediu a minha ajuda.

Não divulguei o comentário, claro, e pedi ajuda a uma assistente social do TJ do Estado em que a mulher morava (vi pelo prefixo do telefone em que ela deixou para contato).

A assistente social ligou para ela e descobriu que é uma adolescente de 18 anos, com 1 mês de gravidez. Duas outras assistentes sociais do TJ da sua cidade lhe darão o devido atendimento e orientação. A menina grávida se sentiu aliviada por ter este amparo, talvez nem doe mais o filho.

Outra coisa, que isso vem mostrar e a falta de esclarecimento do povo, de não saber que é a Vara da Infância que tem que ser comunicada nesses casos, que filho não pode ser doado assim diretamente a ninguém. Isso deixa a criança e as pessoas envolvidas vulneráveis, a Justiça tem que estar conduzindo tudo, por mais burocrática que seja. 

De qualquer modo, entendo que ela deva ter se sentido protegida e deve ter confiado em mim para me escrever, isso me deixa feliz, significa que passo confiança. Fiquei comovida.

A menina não tem o apoio dos pais e estava assustada com a nova realidade, mas o mais interessante é que ela não pensou em aborto. Isso é legal, se ela não ficar com o filho, deve fazer alguma família feliz e a criança terá um futuro, mesmo sabendo de antemão que aborto e adoção não são "métodos anticoncepcionais".

É importante lembrar que as mães que "abandonam" ou "doam" fazem parte da classe menos vista e respeitada no "universo da adoção". Senti muita compaixão pela menina e quero que ela saiba que a respeito muito por qualquer escolha que faça e sei que fará com o coração. Ela ainda deve saber que muitas coisas podem mudar e esse filho pode fazer a vida dela tomar outra forma, outro rumo, que tudo pode acontecer de bom, mesmo enfrentando dificuldades.

Um abraço para você querida, que teu futuro e de teu filho sejam repletos de muita luz e muito obrigada pela confiança que depositou em mim. Espero que a tenha ajudado de algum modo.


Por Cintia Liana

3 comentários:

Kaká :) disse...

Olá Cintia! Gostaria de uma informação, eu e meu marido queremos adotar um bebê, pois estou investigando meu problema com a imunidade baixa e pode ser Lupus, então não posso arriscar em engravidar, meu marido tem diabetes, esses problemas de saúde podem interferir no processo de adoção? obrigado desde já. Catiéle

Cintia Liana disse...

Olá, Catiéle. Obrigada pela visita aqui no blog.
Cara, pela minha experiência acredito que não, isso não influencia negativamente e nem impede que vcs adotem uma criança. Vcs podem tbm tirar mais dúvidas diretamente com a assistente social e psicóloga qd forem fazer as devidas avaliações, façam as perguntas que quiserem sem medo.
O que pode trapalhar uma habilitação é a existência de algo impeça o crescimento saudável de uma criança ou que possa afetar o percurso natural de sua vida.
Um abraço.

Unknown disse...

Olá, Psicologa Cintia,queria contar um pouquinho da minha história de gravidez.
Eu sou a Kelita, tenho 28 anos , moro com minha mãe e minha filha de 4 anos e 8 meses, no começo do ano passado, tinha planos e terminar meus estudos (enfermagem) estava desempregada, mas sempre fazia algumas coisas pra me manter e ajudar minha mãe e minha filha, conheci o pai da minha outra filha que estou espero, mas me arrependo muito, porque não tinha vontade de ter mais filho, por devido o que passei com o outro pai da minha primeira filha e por não ter condições de criar com minha mãe, tentei varias vezes voltar com o meu namorado( o pai atual), mas ele só me decepcionou, por não ter estrutura e a mãe ter criado ele com mordomia, estava já um tempo pensando em fazer doação com essa outra filha que tanto amo, mas com lagrimas nos olhos e dor no coração, queria fazer isso, não por vingança dele e a família e sim, que acho que se essa menina tiver um lar melhor, uma boa educação e uma familia que tenha condições melhores, eu queria sim, mas me falta as vezes corragem, mas eu não tenho condições, vivo de favor na casa da minha mãe e não quero que ela tenha pensão dele para não ter dor de cabeça igual tive da mais velha, Doutora, você tem uma solução pra mim!