"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

1º Guia de adoção – novos caminhos, dificuldades e possíveis soluções

Drica Lobo

Prezados, repasso a notícia para quem queira ajudar quem está iniciando o caminho ou quem ainda tenha muitas dúvidas:

1º Guia de adoção – novos caminhos, dificuldades e possíveis soluções, lançado pela Fundação Orsa em parceria com a Winners Editorial. A publicação aponta o caminho das pedras para casais interessados em adotar uma criança. O livro é gratuito. Para consegui-lo, basta ligar para a fundação Orsa.

Contato: Fundação Orsa (11-7281-4664/2232)
Endereço: Avenida Deputado Emílio Carlos, 821
Cidade: Carapicuíba - SP
Telefone: (11) 4181-8866
Email: alovida@fundacaoorsa.org.br

Autor: Márcia Regina Porto Ferreira e Sônia Regina Carvalho
Editora: Não disponível
 
Qualquer pessoa que esteja disposta pode adotar uma criança? O que fazer primeiro? Quais os caminhos jurídicos a percorrer? Como ocorre a adoção por famílias estrangeiras? Quem deve ser o principal interessado: os futuros pais ou aquele menino ou menina a ser adotado? Esses e outros questionamentos encontram resposta no 1º Guia de Adoção, publicação da Fundação Orsa e da Winners Editorial.
O guia, de linguagem simples, traz informações divididas, em sua maior parte, em perguntas e respostas que mostram o passo a passo do processo de adoção no Brasil, baseado nos princípios contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os 16 capítulos trazem desde os requisitos para se tornar pais adotivos a textos de profissionais das áreas da Psicologia, Serviço Social, entre outros, que refletem a cultura da adoção no País.

A publicação aponta também as dificuldades que uma pessoa pode enfrentar durante o processo de adoção e como superá-las, além de informar sobre o sistema de apadrinhamento: uma forma de fornecer amor e proteção a crianças e adolescentes sem, necessariamente, precisar adotá-los nos moldes tradicionais.



Postado Por Cintia Liana

domingo, 27 de novembro de 2011

Sete verdades sobre a adoção


Filme "Pequena Miss Sunshine
Google Imagens

O que dizem especialistas e quem já passou pela experiência de adotar um filho

Um
“Adotar uma criança não é apenas um gesto bonito, nobre, não tem a ver com caridade. Se desejar fazer voluntariado, vá passar a tarde em um abrigo brincando com as crianças e faça doações mensais”.

Dois
“O fato de adotar uma criança não o faz ser especial ou melhor do que ninguém. Adoção é querer muito um filho e um filho precisar muito de uma família. É um encontro de interesses”.

Três
“Ao tentar a adoção, o casal prefere uma criança parecida com os pais e sem nenhum probleminha de saúde, o que dificulta o processo. Se fosse engravidar, não teria que aceitar o que viesse na barriga?”.

Quatro
“Ter um filho, seja ele adotivo ou biológico, significa investir sua vida na vida de outro sem querer nada em troca. Não há como uma criança amada se voltar contra você, mas se isso acontecer, é porque ela não o merece. A ingratidão é do ser humano, não é do filho adotivo”.

Cinco
“Pais de filhos adotados têm de estar mais bem preparados porque crianças que já foram rejeitadas pelos pais biológicos testam todo o tempo o amor dos pais, com medo de ser devolvidas ao abrigo”

Seis
“A decisão de ter um filho adotivo não depende de status nem da condição financeira do casal. É coisa do coração e as dificuldades que vierem se resolvem com o coração”.

Sete
“Não se usa mais falar em filho adotivo, mas sim filho que chegou à família por adoção, pois é filho do mesmo jeito. Alguns casais explicam à criança que ela não veio da barriga, mas do coração”.


Fonte: GEAAFA - Grupo de Estudos e Apoio à Adoção Família do Amor (no Facebook).

Postado Por Cintia Liana

sábado, 26 de novembro de 2011

Proibida exigência de laudo para incluir bebê em plano

Tumblr
O Juízo da 5ª Vara Empresarial da Capital determinou que a Amil Assistência Médica Internacional deixe de exigir dos pais e mães de recém-nascidos laudo de nascimento para inscrever o filho como dependente em plano de saúde. Em caso de descumprimento, a empresa terá de pagar multa de R$ 10 mil por consumidor lesado.
 
A decisão foi tomada a partir da ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. A determinação considerou que a conduta da ré "afigura-se, a princípio, abusiva, pois não tem respaldo na legislação, tampouco conta com a anuência da ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar".

A decisão que deferiu a antecipação de tutela salientou ainda que "de acordo com o artigo 12, inciso III, b, da Lei 9.656/98, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência a saúde, basta que o pai ou a mãe apresente documento necessário à adesão do recém-nascido ao plano de saúde, qual seja, a certidão de nascimento, e que faça a inscrição dentro do prazo de 30 dias, para que o filho possa usufruir do plano de saúde".

Postado Por Cintia Liana

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Negros e pardos são maioria em 56,8% dos municípios, mostra estudo


No Norte e no Nordeste,
14/11/2011 14:32,  Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro

O Censo 2010 realizado pelo IBGE mostrou que a cidade com o maior número de negro e pardos é São Paulo, seguido pelo Rio de Janeiro e Salvados

O número de municípios onde os domicílios tinham maioria de pretos e pardos aumentou 7,6 pontos percentuais, entre 2000 e 2010, ao passar de 49,2% para 56,8%. A constatação faz parte do Mapa da População Preta & Parda no Brasil Segundo os Indicadores do Censo de 2010, divulgado nesta segunda-feira.

Em 1.021 cidades (18,3% do total), pretos e pardos eram mais de 75% da população. O estudo foi elaborado pelo Laboratório de Análises Econômicas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O percentual de pessoas que se declararam pretas passou de 6,2% para 7,6% em uma década. O aumento foi maior entre as que se declararam pardas, de 38,5% para 43,1% no mesmo período. Em 2010, aproximadamente 91 milhões de pessoas se classificaram como brancas, 15 milhões como pretas, 82 milhões como pardas, 2 milhões como amarelas e 817 mil como indígenas.

O coordenador da pesquisa, Marcelo Paixão, acredita que os indicadores com base no Censo 2010 foram influenciados pelo processo de valorização da presença afrodescendente na sociedade brasileira e pela adoção das políticas afirmativas.

- Esses dados demonstram não só uma mudança demográfica, mas também política, social e cultural, porque expressa uma nova forma de visibilidade da população negra brasileira ao estimular que as pessoas assumam sua cor de pele de uma maneira mais aberta.-

O censo, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada dez anos, introduziu, em 2010, a pergunta sobre cor ou raça para todos os domicílios e não mais por amostra, como era feito anteriormente.

Segundo Marcelo Paixão, a comparação dessa informação com dados futuros do IBGE, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do ano que vem e o Censo de 2020, será muito útil para traçar um perfil mais fiel da população.

- O interessante para 2020 é verificar se esse percentual da população preta e parda no Brasil vai continuar aumentando. Porque é claro que tem também uma população que não é negra. O ideal é que as bases de dados expressem melhor o perfil da população brasileira, que corresponda à realidade- , disse o economista.

De acordo com o levantamento de 2010, São Paulo é a cidade com maior número de pretos e pardos em todo o país, com cerca de 4,2 milhões, seguido do Rio de Janeiro (cerca de 3 milhões) e Salvador (cerca de 2,7 milhões).

Se forem considerados apenas negros, Salvador lidera o ranking com 743,7 mil, seguida de São Paulo (736 mil) e do Rio (724 mil).

respectivamente, 97,1% e 96,1% dos municípios eram formados por maioria preta e parda. No Centro-Oeste, esse percentual chegava a 75,5%, no Sudeste, a 37,1% e, no Sul, a apenas 2,3%.

Cunhataí, em Santa Catarina, é a única cidade brasileira sem a presença de pessoas que se declararam pretas.


Observação minha:
Só por questões de clarificação das "crenças" etnicas brasileiras, lembro que nem todo pardo tem descendência africana. O pardo normalmente é o mestiço, que pode ser não só o africano com o branco, mas também o índio, o português e outras nacionalidades de pele mais escura.

Postado Por Cintia Liana

sábado, 19 de novembro de 2011

Bonito é ter coragem pra fazer diferente!

Mandy Lynne
Texto publicado neste blog em 01 de dezembro de 2009
Por Cintia Liana Reis de Silva
Adoção interracial é outro tema importante. Precisamos entender que para ser e se sentir família não temos que ser como aquelas famílias da propaganda da Coca-Cola, onde sempre todos os membros são fisicamente iguais, se vestem da mesma forma e se comportam da mesma meneira. O sentimento de pertencimento parte da intenção, do amor e do acolhimento e passa bem longe de ter que ser igual. Essa idéia de padrão, herança física, nome igual ao pai, vem de um ideal patriarcal, capitalista e altamente ultrapassado. Cafona mesmo!

Quem tem filhos fisicamente diferentes sabe do que eu falo. O significado da relação é maior que qualquer detalhe relacionado a cor de pele, olhos, cabelos, altura, peso, idade ou até idioma.

Claro que ser parecida com a família pode tornar as coisas um pouco mais fáceis para a criança e até para os adultos que não estão acostumandos a lidar com as exigências desta sociedade preconceituosa e que não aceita o diferente como natural. Mas não devemos nos curvar ao preconceito, devemos enfrentá-lo! Não deixem de adotar uma crinaça negra só porque você é branco ou uma criança branca só porque você é negro. Faça diferente mesmo! Ensine! Tenha coragem! O amor supera todas as diferenças!

Eu li num blog o seguinte:
"Não se trata de preconceito, mas eu considero que assim fica mais fácil para a criança integrar-se ao novo lar, e evitam-se perguntas embaraçosas no futuro, pois nem sempre a criança sente-se confortável para falar do assunto, principalmente com estranhos. Se eu adotasse uma criança oriental, por exemplo, ela teria que responder a perguntas indiscretas para o resto da vida e não sei até que ponto isso a colocaria numa posição desconfortável ao aproximar-se de estranhos ou em sua vida social.

Imagino que crianças muito diferentes dos outros membros da família podem desenvolver sentimentos de 'um estranho no ninho'. Acho que fiz a escolha certa, porque quando eu mostro a foto de meus 5 filhos, às vezes digo que um deles é adotivo e peço para a pessoa identificá-lo. Até hoje ninguém acertou."

Com todo o respeito, mas o preconceito começa da frase "não se trata de preconceito". O que é preconceito? É o que a gente "acha".
Temos que deixar crianças esperando por uma adoção que pode demorar muito ou nunca chegar só porque ela tem a cor de pele diferente da sua ou porque vai ser difícil explicar alguma coisa aos outros? Por que explicar é tão importante?

Perguntemos às crianças se elas preferem ter uma família agora ou esperar mais tempo ou a vida toda para encontrar uma família parecida com elas? Certamente iram responder: "eu quero ter um pai e/ou uma mãe, não importa sua aparência física".
O que é a cor de pele perto da necessidade vital, psicológica, existencial de ter uma família, amparo, amor, base, segurança?

Será que teremos que adotar somente crianças iguais à nossa família, só para ser mais fácil explicar aos outros depois? Por que temos que responder à essas perguntas? Não respondamos então! Eduquemos com o não, com o silêncio. Ou então falemos da adoção, ensinemos com a verdade. Não importa os outros. O que importa é aquela criança que te viu e desejou que você fosse mãe dela, aquela que está à sua espera e não exige nada de você, só amor e cuidados parentais. Ela não quer que você seja rico, branco, negro, tenha carro, nada! Ela só quer poder se sentir pertencente. Só!
Não podemos nos dar ao luxo de negar adoções só porque a cor de pele entre as pessoas é diferente. Os abrigos estão cheios e essa diferença não compromete a relação!

Tem que ter muita coragem, preparo, amadurecimento e se permitir se livrar de preconceitos para adotar um filho diferente de nós, então vamos amadurecer? Porque as crianças que esperam por vocês desejam só isso, amadurecimento, mas você está numa grande fila de adoção, esperando por um bebê branco, recém nascido, do sexo feminino e imaginando que ele não traga nenhuma lembrança de sua vida anterior. Ilusão, o bebê já traz lembranças intraulterinas e isso não faz de ninguém merecedor do abandono por maiores que sejam essas lembranças. A criança não é um produto com valor de compra e venda que corre o risco de vir com defeito.

Enquanto você espera um, dois, três, quatro anos na filha de adoção, outras pessoas já estão se realizando com seus lindos e reais filhos, porque não é só aquele bebê que vai te fazer se sentir pai e mãe. Quem faz isso é o filho e filho não tem perfil certo, basta ter um coração.

Não é preciso ser casado e heteroxessual para adotar, nem é preciso ser Madonna, nem Angelina Jolie e Brad Pitt, Juca Chaves, Paulo Borges e Marcelo Antony para realizarem adoções interraciais e de crianças maiores. Existem pessoas perto de nós que fizeram isso e são muito felizes, ensinando aos outros que não tiveram a coragem de iniciar.

Não importa se é Jolie ou Madonna, bonito é ter coragem para ensinar e andar de cabeça erguida, começar um movimento mesmo correndo o risco de parecer louco aos olhos de quem não entende, fazer algo diferente porque acredita na alma daquilo, enfrentar os preconceitos por acreditar no ideal. Bonito é acreditar em si mesmo e em sua ação consciente, onde o amor sempre prevalece.
Cintia Liana Reis de Silva é psicóloga e psicoterapeuta, especialista em psicologia conjugal e familiar e adoção. É autora do livro "Filhos da Esperança" e dos blogs http://www.psicologiaeadocao.blogspot.com/ e http://www.finapresenca.blogspot.com/. Ela vive na Itália, onde trabalha com adoção internacional.
Primeira postagem deste texto com fotos dos famosos:
Por Cintia Liana

Burocracia, CNA, fila e avaliação de toda a família


Alastair Magnald

Há uma grande reclamação de burocracia no processo adotivo por parte de pais e ao mesmo tempo os órgãos responsáveis diz que a fila é grande devido aos pais exigirem crianças específicas. Como você vê o processo adotivo em São Paulo, as leis, as exigências de pais?

Vejo muitas pessoas adotando crianças maiores de 1 ano. Quando fui perita de Vara de Infância e Juventude de Salvador, até 2004 via a maioria esperando até 1 ano, em 2008 mudou, via muitas pessoas optando por uma perfil até 3 anos, depois até 5. Esse perfil vem sendo flexibilizado na medida em que cresce o número de prentendentes a adoção.

Hoje nos grupos de discussão e apoio vejo pessoas esperando anos por filhos até 7 anos. Aqui na Itália atendo pessoas esperando crianças até 9 anos. A Justiça diz que não tem crianças disponíveis nestes perfis, são raras as indicações, talvez pelo fato de estarem reprovando colocá-las na família de origem, que muitas vezes já provou que não aceita o menor e que não o ama. É a política de que o sangue é mais forte? Para se trabalhar com adoção e ser competente neste área se deve, antes de tudo, acreditar que os laços de amor são os mais fortes, é o que realmente importa, apesar de termos que respeitar os direitos da criança de esgotar todas as possibilidades de permanência em sua família de origem, mas passar anos tentando é absurdo!
Tenho informações seguras de que o CNA não está sendo alimentado, algumas varas nem conhecem o cadastro, não funciona e que as crianças não estão sendo destituídas. É um crime deixar uma criança fazer 14 anos para indicá-la para adoção. Quando adolescentes elas perdem chances de serem inseridas até em uma família extrangeira, porque após os 10 anos é bem mais difícil.
Às vezes recebo e-mails no trabalho de menores para adoção internacional de 14, 15, 16 anos. Por que não os indicaram para adoção antes?
Eles precisam trabalhar em multirão, esquecer recesso e carnaval, são vidas! Devem rever todos os processos de todas as crianças, usarem o CNA até nas cidades esquecidas do interior, assim conseguiremos fazer o cruzameto dos pais e das crianças disponíveis.
Me parece ter uma elite dominante querendo manipular as informações. Vamos trabalhar e eles encontrarão pais.
Existe um trabalho feito com a família toda, no caso de um filho biológico rejeitar a ideia da adoção? Que atitude é tomada?
É importantíssimo os candidatos a habilitação se perguntarem o que de fato estão buscando com a adoção, o que desejam com ela e que tipo de pais imaginam que serão. Devem também se imaginar como se filhos deles fossem, não como sendo o que eles querem, mas sendo os pais que talvez um filho não deseje que eles sejam, tantando ver o que precisam mudar para serem mais maduros nesta nova jornada, a partir destas reflexões se amadurece a maternagem e paternagem.

Se o adotante já tem um filho, ele deverá participar de todo o processo de amadurecimento do desejo do novo membro da família, de esperar do irmão, ele deve ser incluído e respeitado no seu desejo. É indicado que ele também seja avaliado durante a habilitação para que diminua as chances de uma rejeição acontecer. Se o futuro irmão tiver dificuldades isso deve ser tratado com o casal que é o responsável por preparar a família e usar de sua autoridade na hierarquia familiar se preciso. O tornar-se irmão também é natural, assim como ocorre no processo biológico. O amor pelo irmão que está na barriga também ocorre assim. A idéia do irmão vem sendo aceita, maturada e o espaço psíquico para ele surge com tranquilidade. Se existir uma dificuldade acentuada por parte deste filho biológico e o casal estiver muito coinvolto a habilitação pode ser negada.

A partir daí , de todos em coerência neste desejo, terão energia suficiente para organizar o fora, o lar e normalmente o espaço que a criança terá na casa reflete o espaço psíquico reservado para ela, para este amadurecimento do espaço do filho nesta família. Este processo de amadurecimento para a atitude adotiva, para o torna-se pai, mãe e irmão na adoção se assemelha a gravidez.

Como todo ser humano, uma criança precisa ter seu próprio espaço, um quarto, uma cama, armário onde possa guardas seus pertences. Um espaço onde possa desenvolver sua individualidade, ter privacidade, um terrítório seu. Isso é importante para todo ser humano em desenvolvimento. Se ele deve dividir o quarto com alguém que seja com um irmão, pessoa que condividirá experiências semelhantes e no mesmo nível de desenvolvimento como ele. Não deve dividir o quarto com os pais ou dormir na sala. Isso tudo é avaliado pela assitente social no momento da visita domiciliar e revisto na avaliação psicológica.

Partes da entrevista cedida a alunos da UNIP.

Por Cintia Liana

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Atenda ao telefone. Responsabilidade já!

Alastair Magnald

Quem trabalha com o público em geral, lembre-se que ao responder uma ligação e responder a uma dúvida de alguém você pode estar resolvendo um grande problema para ela, que precisa tomar uma decisão baseada naquela resposta. Hoje é sexta-feira, mas é dia de trabalhar. Nossos atos e boa vontade podem mudar a vida de uma pessoa mesmo na sexta-feira.

Eu trabalho com adoção internacional, entendo que as crianças não podem esperar finais de semana, feriados, recessos, carnavais, porque são vidas e isso é mais importante que divertimento pessoal.
RES-PON-SA-BI-LI-DA-DE JÁ!

Por Cintia Liana

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Inadequação de crianças adotadas, adoção ilegal e Varas da Infância

Tumblr

Há diversos trabalhos e opiniões divergentes sobre o fato de quê crianças adotivas, por sua condição teriam tendência em apresentar problemas psicológicos ou de inadaptação social no ambiente escolar ou em casa, qual a sua opinião sobre este tema?
Não concordo, vejo que todos nós temos lacunas e dificuldades existencias a serem resolvidas, vistas, curadas, todos precisamos crescer.

Leio pesquisas que apontam que filhos adotivos não presentam mais dificuldades que filhos biológicos. Todos os seres humanos podem apresentar dificuldades sobre aspectos seus, o que vai diferenciar é a forma de lidar com eles, o temperamento. Um filho adotivo pode lidar com seu passado de modo muito maduro, ele precisa ser preparado e fortalecido pelos pais adotivos.

Quando um filho biológico tem problemas todos encaram como se fosse natural aquela fase ou reação, mas quando é adotivo colocam a responsabilidade na adoção, simplificam, querem achar respostas para tudo e acham logo essa. Muitas pessoas cometem atrocidades e ninguém aponta para a condição dela de filha biológica ou perguntam como foi educada pelos pais, mas se ela foi adotada jogam a “culpa” nisso. Acontece que as pessoas estão condicionadas a fazerem esta ligação do problema com a adoção.

Numa escola tem muitas crianças que apresentam os mais diversos problemas, mas todos encaram como natural, mas se entre elas tem só um adotado observem se não é o que chama mais atenção! Ele sofre preconceito e discriminação até por parte de alguns professores por ignorância profissional.

Quando existe um problema com a criança ele não começa e termina nela, ela não é a causa, se trata de um sistema dinâmico e complexo, uma combinação de todos os fatores, onde muitas vezes o problema da criança é somente um sintoma de um adoencimento maior de toda a família, que pode ser causado por algo não-dito, por um segredo, algo passado de modo indireto, uma crença errada, uma mágoa não trabalhada, excesso de expectativas, preconceitos, excesso de controle, ou a combinações de muitas dessas e outras coisas. Por esses e outros motivos que é de extrema importâcia a preparação e amadurecimento correto dos adotantes.

 Como é desenvolvido o processo adotivo com  outras instituições como por exemplo abrigos e Vara de Infância?

O processo de adoção nacional se dá exclusivamente através das Varas da Infância e Juventude (VIJ), os abrigos operam de acordo com as leis e a justiça e ouvem ordens do juiz ou juízes da infância responsáveis por aquela comarca.

A criança deve ser preparada pelos profissionais que estão perto dela e avaliada pelo psicóloga da vara, mas muitas varas operam de modo diferente, cada juiz faz suas regras dentro da lei.

O psicólogo tem algum tipo de atuação diante de casos de adoção ilegal, em caso positivo, qual a sua atuação?
Adoção ilegal entendo como aquela em que o adotante registra a criança como se filho biológico dele fosse. O psicólogo pode ser acionado para fazer uma avaliação psicológica das partes envolvidas, se o caso for denunciado e for parar na Vara da Infância e Juventude e Ministério Público.

Eu acredito que tudo deve ser feito dentro da lei, até para que a criança sinta a tranquilidade em todos os passos dados pelo futuros pais. Não acho que uma adoção ilegal possa ter um bom significado para a família, eu sou totalmente contra. A adoção deve seguir um rumo digno. A criança merece isso, ela está iniciando sua vida.

Diante do perfil das crianças a serem adotadas, geralmente sendo raro a adoção de mais velhos, como a psicologia pode atuar junto a essas crianças que ficam muito tempo em abrigos ou instituições?
Não é raro a adoção de crianças maiores de 5 anos não, já participei de muitas. Infelizmente muitas dessas crianças não fazem interface com um psicólogo. Se nem lembram de todas para lhes dar pais não lembrarão também para lhes possibilitar acompanhamento psicológico.

O trabalho a ser feito é de psicoterapia, de escuta terapêutica, fortalecimento da auto estima e identidade.

Partes da entrevista cedida a estudante da UNIP.

Por Cintia Liana

sábado, 12 de novembro de 2011

Felicidade é autoconhecimento

Cintia Liana

Por Cintia Liana Reis de Silva

No fundo, bem lá no fundo dá muito medo ser feliz, medo de ter e perder, a psicologia explica. Mas ser feliz é autoconhecimento. É escolha, é preciso entender o propósito, entrar em contato com nosso merecimento e trabalhar nossos sentimentos de culpa.

Ser feliz nada tem a ver com momentos. Felicidade é conquista de maturidade, é instituir espaço para essa presença na vida, rever prioridades, se policiar, se esforçar com dignidade.

É aprender a estar no mundo com razão e coração na medida certa, sim, na medida certa, e porque não?

È diferenciar-se, individuar-se, trabalhar os padrões familiares. É ser flexível, dar e dividir com jóia. Duvidar das próprias convicções, mudar. É uma maravilha mudar, é liberdade em si mesmo.

É aprender a conviver e mergulhar nos nossos próprios dilemas e dores sem aceitar ser vítima de nada e nem de ninguém. É se livrar das próprias amarras, da hipocrisia, trabalhar a inveja. É encontrar novos rumos, ter esperança e estar consciente de todas as escolhas com a noção da nossa responsabilidade sobre tudo, sobre o nosso futuro.

É fazer questão da ética e da virtude, buscar ter tolerância para lidar com as pessoas. Ser forte, espalhar ternura, mesmo sem encontrá-la fora. É acreditar no milagre do amor.

É se amar, se aceitar, se gostar na perfeita imperfeição, sentir com encanto que não há, em nenhum lugar do mundo inteiro, alguém igual a você, cheio de mistérios a serem descobertos, alguém cheio de infinitas e belas possibilidades.

O mundo inteiro está dentro de nós mesmos, todas as respostas, todas as conquistas, basta olhar dentro para ser feliz.

Cintia Liana Reis de Silva é psicóloga e psicoterapeuta, especialista em psicologia conjugal e familiar e adoção. É autora do livro "Filhos da Esperança" e dos blogs http://www.psicologiaeadocao.blogspot.com/ e http://www.finapresenca.blogspot.com/. Ela vive na Itália.

Se copiar cite o autor, plágio é crime!

Por Cintia Liana

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Acompanhamento psicológico pós adoção


Há um acompanhamento pós-adoção à criança e a família adotante? Como este trabalho é desenvolvido?

Pós adoção não, isso não compete mais a vara da infância. Pode existir na vara o acompanhamento psicológico durante o estágio de adaptação, o que chamamos de estágio de convivência, o momento que antecede a sentença judicial, quando se dá adoção propriamente dita. Ele pode ser feito só para avaliar o fortalecimento do vínculo familiar como também com o caráter de orientação psicológica para pais e apoio psicológico a criança.

"O momento da adaptação é fundamental para o sucesso do vínculo porque acontece a integração de elementos de sentido e de significação que caracteriza a organização subjetiva de um âmbito da experiência dos sujeitos, ação, construção, história, transações, trocas sociais e culturais como configurações subjetivas da personalidade. É um complexo de articulações e possibilidades contraditórias, processos de ruptura e renascimento, tudo deve ser visto com sensibilidade e não com um olhar determinista, universalista, as coisas acontecem e tudo é bem vindo para que a relação tome sua própria forma e não uma forma mágica aprendida em livros de contos de fadas". (SILVA, 2011)

O tempo do estágio vai depender da idade da criança. Estágio de convivência com bebês é curto, pois são pequenos. Já com crianças maiores de 1 ou 2 anos pode durar alguns meses, maiores de 6 anos pode durar mais de 1 ano. Quem determinará esse tempo é o juiz, baseado nos laudos da equipe tecnica, que diz como está caminhando o vínculo afetivo.

(Uma das respostas da entrevista cedida a alunos da UNIP-SP.)

Silva, Cintia Liana Reis de. Adoção, palavra de urgência para muitas crianças. 2011.

Por Cintia Liana

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Casal americano aguarda nascimento de seu 20º filho

O casal Jim Bob e Michelle Duggar (Foto: The Duggar Family)

O casal Jim Bob e Michelle Duggar e seus 19 filhos. http://www.duggarfamily.com/

O casal Jim Bob e Michelle Duggar, famoso nos Estados Unidos por sua numerosa família no programa de TV "19 Kids and Counting" (19 Crianças e Contando), anunciou nesta terça-feira que aguarda o nascimento de mais um filho.

Michelle, de 45 anos, confirmou sua gravidez com uma mensagem no site oficial da família, e disse que dará à luz em 2012. "Depois do nascimento de Josie (sua filha número 19), não sabíamos se poderíamos ter mais", disse ela, que correu risco de vida, assim como sua filha, que nasceu prematura em um quadro de pré-eclâmpsia.

A mulher fez menção ao ocorrido dizendo que "aquela experiência foi uma das mais aterrorizantes" pelas quais ela e sua família passaram, mas dá graças a Deus por esse "milagre". "Há muitos anos, Jim Bob e eu decidimos entregar a Deus este aspecto de nossas vidas, e cada um de nossos filhos está agradecido por estar aqui. Nosso objetivo é ensiná-los a amar Deus e servir ao próximo", disse.

O casal, que vive no estado de Arkansas e teve há dois anos seu primeiro neto, garante jamais ter utilizado métodos anticoncepcionais. Autodenominados "cristãos conservadores", Jim Bob e Michelle têm filhos em idades compreendidas entre 23 e 2 anos, todos com nomes iniciados pela letra "J".

O casal explicou em seu site que a Bíblia os guia diariamente, e que o livro sagrado dos cristãos "contém todas as respostas para as perguntas sobre a vida", como, por exemplo, a procriação.

"Confiamos que o publico sabe que somos pessoas normais, com nossas fragilidades e imperfeições individuais, mas servimos a um Deus extraordinário que se compadece ao demonstrar seu poder", disseram os Duggar. EFE

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/casal-americano-aguarda-nascimento-20-filho-221647959.html



Postado Por Cintia Liana

domingo, 6 de novembro de 2011

2 anos do Blog "Psicologia e Adoção"

Cintia Liana

Hoje meu blog completa dois anos!
Obrigada pelo carinho de todos.

Cintia Liana

Papel e importância do psicólogo no processo de adoção

A psicóloga Cintia Liana

Qual o principal desafio do psicólogo no processo de adoção?

Os desafios do psicólogo é ter total consciência de todo esse processo em que está envolvido. Saber que neutralidade absoluta não existe e como pode atuar neste cenário da melhor forma. Entender que os seres humanos são capazes de resignificar, é se permitir trazer "incertezas" ao processo. É conhecer os limites do saber, é não se sentir o senhor do conhecimento e da verdade, o todo poderoso. É enxergar com uma visão ampliada, trabalhar seus próprios preconceitos cotidianos, desenvolver uma atuação transdisciplinar, enxergar os modelos e tendências reducionistas, elementares, é usar uma lupa com humildade.

Desafio também é saber que se espera que ele traga certezas para respaldar atitudes jurídicas em um campo com infinitas possibilidades de mudança e aprendizado que envolve é a alma humana, os sistemas móveis. É saber lidar com o estresse que isso causa, saber lidar com as exigências e poder “educar” o judiciário se houver chances. É ter noção do tamanho de sua responsabilidade e ainda assim não perder a humanidade e o compromisso em ajudar. É não perder jamais as esperanças e a sensibilidade no trato humano.

Qual a importância do psicólogo no processo de adoção?

O psicólogo, perito da vara da infância, deve emitir em cada processo um parecer favorável ou desfavorável sobre a habilitação ou processo de adoção daquela pessoa ou casal e para isso se respalda em teorias científicas psicológicas.

Por exemplo, o processo de habilitação é feito em forma de entrevista psicológica, onde o profissional saberá o número necessário que pode variar entre uma ou mais entrevistas, onde são verificados estrutura familiar dos requerentes, comportamento, pensamentos, crenças, inseguranças, medos, preconceitos, se as expectativas condizem com a realidade, perfil da criança desejada, os motivos deste perfil, o que pensam da paternidade, maternidade e educação e a motivação verdadeira (inconsciente) que leva o requerente a pleitear a adoção, que deve ser baseada em cima de um desejo legítimo de ter um filho, não por outro motivo, por companhia, caridade ou filho “salvação”, filho não deve ser visto como companhia ele é quem precisa de companhia e cuidados, caridade é algo pontual e um filho é para vida toda é uma relação fortíssima, que irá se estabelecer durante a vida toda, assim como na parentalidade biológica e para salvação seria muito cruel usar um ser indefeso para mudar a própria vida, isso não se iniciaria de modo saudável.

O psicólogo pode utilizar técnicas de avaliação como um teste projetivo de personalidade para a análise mais aprofundada dos requentes. Eu, além das entrevistas e do teste HTTP, realizava reuniões onde dava palestras, acolhia as dúvidas, respondia a todas perguntas e conversávamos sobre os sentimentos que surgem no processo de "gestação emocional", com a espera do filho adotivo.

O psicólogo é de exterma importância, até porque ele vai norterar o juiz e os promotores sobre a realidade emocional dos futuros pais, suas reais intenções com a adoção e o preparo desses em desenvolverem a complicada tarefa de educar. O juiz baseará sua sentença em cima dos laudos da equipe multidiciplinar, na qual o psicólogo está inserido.

Como a participação do psicólogo é recebida pelas demais partes envolvidas?
O psicólogo deve ter empatia e demonstrar firmeza e humildade em sua postura, lembrar que está avaliando, mas que tem interesse em ajudar no amadurecimento dos envolvidos. Assim ele consegue cooperação e até faz “amigos”.

Parte da entrevista cedida a estudantes da UNIP.

Por Cintia Liana

sábado, 5 de novembro de 2011

Objetivos do Conselho Tutelar

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Têm muitos casos onde não tem nada a ver com o conselho tutelar. Ele acaba por encaminhar as pessoas ao Juizado da Infância.

Pedido de adoção, guarda, tutela, medidas de proteção, denúncias, por exemplo. Isso tudo não é feito pelo conselho, quem faz é a Vara da Infância.

Um dos objetivos do conselho é manejar as relações da criança dentro da família, zelar, juntos aos pais de origem também, faz a manutenção das relações se necessário, promove que sejam atendidos e assegurados os direitos da criança dentro da família, na sociedade, nos grupos, aciona o juiz, mas não move processos, não as tiram dos genitores, esses casos eles encaminham para a Vara da Infância, é de competência do juiz atender aos direitos (o que não é o caso dos conselhos) e lá eles fazem todo o processo de avaliação.

Cintia Liana
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Conselho tutelar - a sua função NÃO É ATENDER DIREITOS; É ZELAR PARA QUE OS QUE DEVEM CUMPRIR OS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES, EFETIVAMENTE OS CUMPRAM. Por isso, pelo Estatuto, os conselheiros tutelares necessariamente não precisam ser técnicos, nem ter qualquer formação universitária ou curso superior. A sua finalidade é zelar, é ter um encargo social para fiscalizar se a família, a comunidade, a sociedade em geral e o Poder Público estão assegurando com absoluta prioridade a efetivação dos direitos das crianças e dos adolescentes, cobrando de todos esses que cumpram com o Estatuto e com a Constituição Federal.
Este é o Conselho Tutelar que muda usos, hábitos e costumes em relação à criança e ao adolescente, cotidianamente enxergados como objetos, indivíduos incapazes e passíveis de medidas jurídicas e sociais julgadas(?) de seu melhor interesse. O NOVO CONSELHO TUTELAR não se caracteriza por atender direitos não atendidos, não cumpridos ou não satisfeitos regularmente por quem tinha o dever de cumprir; não é um órgão que age em substituição ou como uma conditio sine qua non para se obter os direitos que já estão assegurados na lei; é sim um órgão que força mudanças socias, que tenciona as estruturas do sistema para a ampliação do atendimento e da proteção aos direitos, que promove a apuração da responsabilidade dos que descumprem seus deveres ou os cumprem de forma irregular, que indica ao Conselho de Direitos as carências/ausências de recursos e de programas de atendimento, apontando necessidades de investimento das verbas do fundo municipal, que mobiliza e congrega sua comunidade, a sociedade e o Poder Público, chamando e organizando suas vontades e seus esforços, que participa ativamente nos fóruns políticos, que cria e propõe soluções alternativas no sentido da garantia à prioridade absoluta dos direitos das crianças e adolescentes.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Cada Estado trabalha de um modo (Desabafo)

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Soube ontem de manhã em uma reunião em Roma que existem crianças para adoção no Brasil menores de 5 anos que não encontram famílias que as adotem. Por quê? Em suas cidades não tem ninguém que as adotem. Algumas comarcas trabalham isoladamente, alienadas, não usam o CNA (que é só teoria e conto de fadas em boa parte do Brasil) e as crianças não vão para nenhuma outra lista em cidades onde possam achar seus pais, elas acabam por serem indicadas diretamente para adoção internacional.

Soube que uma criança de 1 ano, sã, foi adotada há poucas semanas por um casal francês. Em teoria seria contra o bom senso tão pequena assim ser encaminhada para internacional, primeiro tem que se tentar a nacional, é direito da criança ter chances de crescer em seu País de origem. Mas o fato é que muita coisa acontece e é contra o bom senso mesmo, começando pela falta de comunicação entre as varas da infância e CEJAS’s.

Entendam, cada Estado trabalha de um modo, não dá para achar que existe padronização, prática unisona para facilitar a vida de quem trabalha para as crianças. Se nem o CNA funciona, que dirá um trabalho modelo, informações modelo, regras modelo. Esqueçam! É triste essa confusão, são vidas de crianças, injustiçadas pela falta de vontade de trabalhar e fazer acontecer.

Dica: a velha prática de mandar a cópia da habilitação para uma comarca específica ainda vale para muitas varas do interior de alguns Estados esquecidos. Goiás, por exemplo, trabalha de modo especial. Procurem se informar, tentar, têm profissionais nas varas que também trabalham com boa vontade. As crianças estão esperando por pessoas que realmente se importam com elas, o resto é uma bagunça, pura política.

Por Cintia Liana