"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A importância de engatinhar para o bom desenvolvimento cognitivo-intelectual da criança


Google Imagens

Por Cintia Liana Reis de Silva

Ver o filho se desenvolver bem é ótimo, mas desenvolver-se rápido demais e pular etapas naturais podem trazer vários problemas à crianças, sobretudo às etapas posteriores. Novos estudos mostram que não engatinhar o suficiente pode fazer com que a criança desenvolva dislexia.

A dislexia é uma desordem cognitiva e na linguagem, na abstração, na formação dos conceitos e das metáforas. É uma perturbação apresentada por crianças e adultos,. Essa perturbação estão nos processos abstratos, como deduzir, interferir, generalizar, conotar, associar, categorizar, etc. Denomina-se uma desordem da linguagem, porque impede as relações entre linguagem auditiva e a linguagem visual (receptiva e expressiva).

A dislexia é o  distúrbio mais encontrado nas salas de aula. Pesquisas mostram que aproximadamente 10 a 15% da população mundial é disléxica.

Esse transtorno traz problemas e lentidão na aprendizagem da leitura, escrita e soletração, dificuldades com a ortografia, disgrafia, discalculia, dificuldades com a matemática, com a memória de curto prazo e com a organização. Dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar sequências de tarefas complexas, dificuldades para compreender textos escritos e em aprender uma segunda língua. Poderá também trazer dificuldade na percepção espacial e confusão entre direita e esquerda.

A dislexia deve ser tratada por uma equipe multiprofissional que inclui o psicólogo.

Há quem pense que a dislexia é um problema de baixa inteligência, mas na verdade, além do componente hereditário-neurológico, há seus fortíssimos componentes ambientais-educativos que dizem respeitos aos estímulos que a criança receberá em casa.

Explorar a posição no prono (barriga para baixo) e, posteriormente, engatinhar são etapas importantíssimas do desenvolvimento psicomotor infantil, que devem ser vivenciadas de maneira significativa, pois além de fortalecer e desenvolver toda a musculatura dos ombros, braços e pescoço, fortalece também músculos que auxiliam na respiração; coordena os dois lados do corpo e, assim, facilita o desenvolvimento da lateralidade. Engatinhar também auxilia na habilidade da coordenação motora fina (atividades manuais delicadas, como escrever); integra vários reflexos primitivos vitais para o ganho de complexas habilidades motoras; facilita a comunicação dos dois hemisférios cerebrais, cruzando assim, a linha média cerebral e gerando habilidades para uma boa leitura. Psicologicamente fortalece o senso de estar seguro, enraizado no chão, dando um senso de autonomia para explorar o ambiente e entender que pode começar a se locomover sozinho, do modo correto, como pede o seu pequeno corpo naquele momento.

Há quem evita que o filho fique no chão de casa pensando ser uma atividade anti higiênica, ou que o coloca para usar o andador, pensando que o fará andar mais rapidamente, fortalecendo os músculos das pernas, mas essa prática, além de forçá-las de modo errado antes do tempo, pode fazer com que elas fiquem tortas. De todo modo, o andador já é proibido aqui na Itália, não se fabrica mais e já está sendo tirado de circulação do mercado. No Brasil os médicos querem aboli-lo, pois além de causarem atrasos no desenvolvimento infantil, é causador de acidentes domésticos.

Aproveito esse texto para lembrar que se faz necessário a compreensão de muitos fatores para poder estimular e educar bem os filhos, que vão muitíssimo além de impor limites educativos e de não acostumá-los mal. Os pais devem trabalhar seus próprios medos. Há até os que não deixam o filho correr. As crianças precisam descobrir os seus próprios limites, só assim conseguirão usar a sua liberdade com segurança e sabedoria no futuro.

Por Cintia Liana Reis de Silva
 
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