Curso de parto Leboyer, di Letizia Galiero e Sonia Di Pascali.
Nepi, Roma.
E imersa em um percurso de busca da plena consciência da gravidez, parto, nascimento, e pós parto descobrimos que a sociedade não sabe absolutamente nada sobre esses temas. As mulheres estão desaprendendo a parir, o parto virou um business, ele foi “roubado” pela ciência, pela medicalização.
As pessoas não fazem ideia de como é melhor para mãe e crianças serem “preparados” pelos hormônios no parto espontâneo. De como o ser espremido na hora da passagem prepara a criança psicologicamente para enfrentar a vida. O parto é um fenômeno da natureza. Se podemos escolher, então que sejamos pela natureza.
E o que me assusta é que muitas mulheres são induzidas a caírem na armadilha do cesáreo. Tem gente que as aterrorizam. A maioria dos médicos inventam as coisas mais inimagináveis para conduzi-las ao cesáreo e elas acreditam! Por desinformação, por inexperiência, por medo. Muitas nunca se darão conta depois de que foram enganadas e as que se dão conta buscam um segundo parto natural com todas as forças, mas nem todas as estruturas de hospitais são preparadas para um parto Vbac (Vaginal Burn after Cesarian - parto vaginal depois do cesáreo), então elas têm que se desdobrar para buscar as "pessoas certas".
Parto domiciliar hoje é luxo, não só no Brasil como na Itália, mas é mais luxo ainda porque as pessoas que o procura são aquelas que têm uma compreensão diferente do parto e aquelas que se permitem o melhor.
Eu desejo às mulheres mais consciência, mais informação, mais força, que escolham experimentar a dor do parto sem medo, porque essa dor tem todo um sentido especial para existir, as auguro mais partos espontâneos e domiciliares, porque a nossa "toca" é o lugar mais seguro e acolhedor do mundo, mais hospitais humanizados, mais acolhimento, mais intimidade, sabedoria e desapego a antigas crenças a esquemas familiares para se unirem a homens que as apoiem emocionalmente e em todos os outros sentidos. Leiam Leboyer, mulheres!
Nós não podemos aceitar mais violência obstétrica em favor da ganância, da ignorância e do dinheiro, devemos ser o instrumento de força para que a mudança aconteça e que seja uma mudança para o que há de mais autêntico, saudável e verdadeiro para a humanidade.
Cintia Liana Reis de Silva, psicóloga
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