"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Lúcia Mascarenhas, cidadã que faz

Em 2002 trabalhei como voluntária para a Sociedade Irmãos Solidários na cidade de Salvador-Ba, quando tive a oportunidade de conhecer e estreitar os laços de amizade com Lúcia Mascarenhas, criadora da ONG e dirigente.

Semana retrasada fui à sua procura, com o desejo de fazer com que a entidade em que trabalho aqui na Itália possa ajudar na missão de Lúcia.

Ao retomar este contato, me senti feliz em ver que ela continua firme, forte e caminhando avante, levando seu trabalho que ajuda a tantas famílias carentes de um dos bairos mais pobres de Salvador.

A SIS precisa de ajuda financeira. Aqui peço ajuda a quem puder oferecer à esta entidade, que faz uma grande diferença na vida de muitas crianças.

Cintia Liana

Assistam o vídeo. Emocionante.




Para Contribuir:
Sociedade Irmãos Solidários (SIS)
Endereço: Rua São Bartolomeu, n° 92, Plataforma
Referência: Entrada para o Parque São Bartolomeu
Tel.: (71) 3401-0140
Doações: Banco do Brasil
Agência: 2967-X
Conta: 5329-5

Técnica da Serin recebe Prêmio Servidor Cidadão 2008


Foto: Serin. Lúcia Mascarenhas recebendo Prêmio

30/10/08
Ascom/ Serin

Em solenidade realizada ontem (29), o Governo do Estado da Bahia premiou o trabalho voluntário de 10 dos 82 servidores inscritos no Prêmio Servidor Cidadão 2008. A 4ª colocação ficou com a assessora técnica da Serin, Lúcia Mascarenhas, diretora-presidente da Sociedade Irmãos Solidários (SIS). A entidade atende a 140 crianças e 165 famílias na região do Parque São Bartolomeu. Além do troféu, Lúcia recebeu a quantia de R$ 3 mil, que doará integralmente à SIS. Bastante emocionada, ela aceitou conceder a entrevista que você confere a seguir.

O que te levou a desenvolver trabalhos voluntários?
Lúcia Mascarenhas:
Desde muito jovem, eu trago o sonho de montar um orfanato. As pessoas próximas a mim sabem disso e sempre me deram muito apoio. O Grêmio Espírita Perseverança e Caridade-GEPEC, localizado na Graça e onde comecei o voluntariado, também me deu muito espaço para desenvolver trabalhos de caridade. O trabalho de distribuição de sopa a cada quinze dias para moradores de rua foi o meu ponto de partida. Essa atividade continua até hoje e atende, principalmente, as regiões da Baixa do Sapateiro, Comércio e Relógio de São Pedro.

Como começou o trabalho na região do Subúrbio?
LM: Percebemos que muitas famílias carentes vinham de locais afastados do Centro, como o Pilar e Novos Alagados, para levar a sopa para casa. Então, cadastramos essas famílias e conseguimos distribuir mensalmente cestas básicas nos seus bairros. Foi assim que, em outubro de 1999, nasceu a Sociedade Irmãos Solidários (SIS). Nossa primeira sede ficava no Santo Antonio Além do Carmo. Com o desenvolvimento dos trabalhos, decidimos pela transferência para o Parque São Bartolomeu, próximo à rua das Fontes, onde mora parte significativa das crianças e famílias atendidas pela SIS. Apesar de todos os nossos esforços, até hoje corre esgoto a céu aberto na rua.


Quais os trabalhos desenvolvidos pela SIS?
LM: Oferecemos reforço escolar para 140 crianças e adolescentes na faixa de três a dezesseis anos, com ênfase para os que estão em processo de alfabetização. Além do reforço, as crianças recebem merenda, aulas de informática e são acompanhadas por médicos e nutricionistas. Damos também todo tipo de suporte às famílias da comunidade e continuamos com a distribuição da sopa para moradores de rua.


Como a entidade mantém suas atividades?
LM: Temos uma despesa mensal de R$6 mil, mas só contamos com uma receita garantida de R$ 2 mil. Assim, realizamos muitos bingos e bazares solidários para conseguir honrar os compromissos e continuar nossos trabalhos. Alguns ingleses da Ong ABC Trust conheceram a SIS e nos ajudam com o pagamento de dois professores e do monitor de informática. Mas também pagamos outros dois professores, uma merendeira, um office-boy e uma auxiliar de serviços gerais. Então geramos oito empregos diretos ao todo. Se não fosse pela ajuda de Deus e dos 16 voluntários que formam a nossa diretoria nada disso seria possível.


A quem você dedica a premiação?
LM: Em primeiro lugar a Deus. Depois aos amigos, amigas e ao povo do São Bartolomeu pelo apoio e confiança. São os três caminhos mais representativos da minha vida.


Como você se sente depois de ter recebido a premiação?
LM: Fico muito feliz por perceber que o Governo do Estado valoriza e estimula o trabalho voluntário dos seus servidores. O Governo está de parabéns por esta iniciativa. Penso que ele pode avançar ainda mais se abrir suas secretarias como a de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), a de Educação, a de Trabalho, Renda Esporte e Lazer (Setre) e entidades como as Voluntárias Sociais das instituições sociais.
Somos parceiros na tentativa de oferecer condições dignas de vida para as pessoas. Por isso, é importante fortalecer a parceria governos-iniciativa privada-sociedade civil para que seja efetivada a cidadania de muitas pessoas em situação de fragilidade social.

Quais são seus sonhos em relação à entidade?
LM: O primeiro é ver o projeto de habitações de interesse social da Conder para as famílias da rua das Fontes sair do papel. Segundo a empresa, o projeto está em fase de licitação. Os outros são obter um terreno para ampliar as instalações da SIS, criar uma creche e realizar parcerias ou obter financiamentos para projetos relacionados à educação de crianças, adolescentes e capacitação dos professores.

Como as pessoas podem ajudar a SIS?
LM: De muitas formas, principalmente, doando parte do seu tempo e de suas habilidades para o trabalho voluntário ou nos ajudando a honrar os compromissos.
Em todo caso, recomendo que, antes de tudo, a pessoa faça uma visita à instituição. Mas, como diria um sábio revolucionário, se você se indigna diante de uma injustiça, então já somos companheiros.



Postado Por Cintia Liana

Um comentário:

Deboraci disse...

Cíntia, uma fada que trabalhou conosco e nos reencontrou: parabéns pela sua belíssima trajetória de vida e muito obrigada em nome de nossas crianças.
Debi (voluntária da SIS)