"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

terça-feira, 4 de junho de 2013

Maturidade para aceitar a evolução do pensamento humano


Getty Images
 
Por Cintia Liana Reis de Silva

Há algumas décadas se acreditava que os negros eram como animais, que não tinham a mesma inteligência dos homens brancos. Há tantos anos se acreditava que as mulheres não eram capazes e inteligentes como os homens. Ainda hoje existem tantos preconceitos contra a adoção, com as famílias adotivas, com as crianças que foram adotadas, acreditando que a adoção é uma filiação de segunda ordem e que as crianças adotadas terão como destino serem problemáticas. O mesmo absurdo, muito conveniente para a igreja, um pensamento ignorante, cometem aqueles que repetem e acreditam que os homossexuais não são pessoas sadias como os heterossexuais, que não têm capacidade de adotar, amar e educar bem uma criança, um filho.

Infelizmente ainda são tantas as pessoas que raciocinam com a cabeça da igreja católica e que não têm a liberdade de pensamento, não procuram estudar, ler, pesquisar, serão sempre escravos e vítimas dos que manipulam as mentes e o comportamento das grandes massas.

Mas não importa, mesmo que essas pessoas batam os pés como crianças birrentas e mal acostumadas, querendo ter razão como uma espécie de competição, de guerra para medir quem tem mais força, a ciência já provou que a homossexualidade não é uma doença ou uma disfunção e continua a estudar e a falar nos Países mais desenvolvidos e com as leis mais avançadas que as crianças que têm pais adotivos homossexuais são pessoas emocionalmente e intelectualmente tão sadias quanto as outras de famílias biológicas nucleares.

Lembrando que muitas famílias nucleares, ou seja, formadas por pais heterossexuais e filhos, também podem educar muito mal, serem agressivas, violentas e não saberem amar.

Ser um bom pai adotivo não é uma questão de ser homo ou heterossexual, e sim uma questão de maturidade e boa educação. Nós, psicólogos que avaliamos psicologicamente os candidatos a adoção, sabemos o que observar de importante e relevante nos adotantes. Com certeza podemos dizer cientificamente, com base na antropologia, sociologia, filosofia, medicina e psicologia, que uma família não é feita somente de um homem, uma mulher e filhos biológicos, mas sim de seres humanos que são capazes de ter o sentimento de pertencimento, que se aceitam por aquilo que são, que se respeitam e conseguem respeitar os outros porque têm um bom exercício de respeito em casa e sobretudo de seres que se amam. E aqueles que não querem viver ou aceitar essa verdade já provada estará sempre vivendo em atraso, de acordo com uma grande hipocrisia e a brigar com a evolução do mundo que, ainda bem, é inevitável.

O fato de fazer parte de um grupo do que chamamos de minorias, nos faz ao menos esperar que os homossexuais possam ensinar uma bela coisa a seus filhos adotados - que muitos pais heterossexuais estão esquecendo por não ter a capacidade de serem tolerantes - a respeitar as diferenças sem brigar com o mundo somente para provar a si mesmos que têm algum valor por ter razão, porque uma coisa é justa e muito boa, todos somos humanos, mas ninguém é igual.

É uma tristeza, um desgosto que ainda existam tantas crianças experimentando a dor do desamparo e da insegurança sem ter uma família em muitos Países com leis atrasadas, como as da Itália, por exemplo, também pelo fato de muitos ainda acreditarem que não poderiam ter pais homossexuais, talvez porque os seus governantes a muitos cidadãos, que não lutam para mudar as suas leis, já terem esquecido o que é ser criança.

Por Cintia Liana Reis de Silva

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