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Há algumas décadas se acreditava
que os negros eram como animais, que não tinham a mesma inteligência dos homens
brancos. Há tantos anos se acreditava que as mulheres não eram capazes e
inteligentes como os homens. Ainda hoje existem tantos preconceitos contra a
adoção, com as famílias adotivas, com as crianças que foram adotadas,
acreditando que a adoção é uma filiação de segunda ordem e que as crianças
adotadas terão como destino serem problemáticas. O mesmo absurdo, muito
conveniente para a igreja, um pensamento ignorante, cometem aqueles que repetem
e acreditam que os homossexuais não são pessoas sadias como os heterossexuais,
que não têm capacidade de adotar, amar e educar bem uma criança, um filho.
Infelizmente ainda são tantas as
pessoas que raciocinam com a cabeça da igreja católica e que não têm a
liberdade de pensamento, não procuram estudar, ler, pesquisar, serão sempre
escravos e vítimas dos que manipulam as mentes e o comportamento das grandes
massas.
Mas não importa, mesmo que essas
pessoas batam os pés como crianças birrentas e mal acostumadas, querendo ter
razão como uma espécie de competição, de guerra para medir quem tem mais força,
a ciência já provou que a homossexualidade não é uma doença ou uma disfunção e
continua a estudar e a falar nos Países mais desenvolvidos e com as leis mais
avançadas que as crianças que têm pais adotivos homossexuais são pessoas
emocionalmente e intelectualmente tão sadias quanto as outras de famílias
biológicas nucleares.
Lembrando que muitas famílias
nucleares, ou seja, formadas por pais heterossexuais e filhos, também podem
educar muito mal, serem agressivas, violentas e não saberem amar.
Ser um bom pai adotivo não é uma
questão de ser homo ou heterossexual, e sim uma questão de maturidade e boa
educação. Nós, psicólogos que avaliamos psicologicamente os candidatos a
adoção, sabemos o que observar de importante e relevante nos adotantes. Com
certeza podemos dizer cientificamente, com base na antropologia, sociologia,
filosofia, medicina e psicologia, que uma família não é feita somente de um
homem, uma mulher e filhos biológicos, mas sim de seres humanos que são capazes
de ter o sentimento de pertencimento, que se aceitam por aquilo que são, que se
respeitam e conseguem respeitar os outros porque têm um bom exercício de
respeito em casa e sobretudo de seres que se amam. E aqueles que não querem
viver ou aceitar essa verdade já provada estará sempre vivendo em atraso, de
acordo com uma grande hipocrisia e a brigar com a evolução do mundo que, ainda
bem, é inevitável.
O fato de fazer parte de um grupo
do que chamamos de minorias, nos faz ao menos esperar que os homossexuais
possam ensinar uma bela coisa a seus filhos adotados - que muitos pais
heterossexuais estão esquecendo por não ter a capacidade de serem tolerantes -
a respeitar as diferenças sem brigar com o mundo somente para provar a si
mesmos que têm algum valor por ter razão, porque uma coisa é justa e muito boa,
todos somos humanos, mas ninguém é igual.
É uma tristeza, um desgosto que
ainda existam tantas crianças experimentando a dor do desamparo e da
insegurança sem ter uma família em muitos Países com leis atrasadas, como as da
Itália, por exemplo, também pelo fato de muitos ainda acreditarem que não
poderiam ter pais homossexuais, talvez porque os seus governantes a muitos
cidadãos, que não lutam para mudar as suas leis, já terem esquecido o que é ser
criança.
Por Cintia Liana Reis de Silva
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