Cintia Liana e as Constelações Familiares
Vim para a Itália convidada para trabalhar com adoção, e é com muita felicidade, que venho propor às famílias adotivas da minha cidade natal, que em 2008 me presenteou com o título de “Fada das famílias adotivas”, o meu workshop de constelações familiares com o tema ADOÇÃO.
"Adoção e constelação"
Bert Hellinger disse, “somente quando estamos em sintonia com o nosso destino, com os nossos pais, com a nossa origem e tomamos o nosso lugar, temos a força”. Todos nós precisamos nos sintonizar com a nossa história familiar, com os nossos ancestrais para termos equilíbrio, porque a família pode ser comparada a um sistema dinâmico, composto por suas regras precisas, em que os seus se empenham com fidelidade para levá-las adiante e, mesmo que uma pessoa seja distanciada desta, continua a sofrer influências desse sistema e a manter a lealdade.
Todos nós precisamos nos pacificar, sentir as nossas raízes para podermos voar. Existem casos em que crianças e adultos, que foram adotados, não conseguem atingir a serenidade desejada, porque sentem, inconscientemente, que falta algo em suas vidas. Essas pessoas foram “excluídas’ de um sistema, mas o campo não admite exclusões e elas mantém um vínculo e, como diz Hellinger, a necessidade de pertencer é maior que a de viver.
O método das contelações familiares, hoje mundialmente conhecido, é uma ferramenta que nos dá a chance de ver, na representação da família, dentro do campo morfogenético (descrito pelo biólogo Rupert Sheldrake), os aspectos ocultos das desordens, o que está por trás dos conflitos, e colocar as dificuldades em ordem, com base nas leis sistêmicas, liberando o indivíduo desse peso e trazendo detalhes importantes à luz, instaurando o equilíbrio na vida de todos.
Pais adotivos podem constelar. Pessoas que pretendem adotar também podem, para conseguirem entender mais ainda os sentimentos imperceptíveis, ligados a esse projeto de vida.
Para instaurar as ordens do amor, são usadas as leis sistêmicas: pertencimento, hierarquia e o equilíbrio no dar e receber, trazedo à consciência sentimentos reprimidos e não compreendidos, as sensações de culpas escondidas, as pessoas "não vistas" e também colocando cada uma delas em seus devidos lugares, com as suas responsabilidades. Essas desordens adoecem adultos e crianças do sistema.
Esse método também é capaz de ajudar o indivíduo a se liberar do emaranhamento da repetição de histórias já vividas na família biológica e entrar em contato com o seu próprio destino, sendo capaz, assim, de se realizar na felicidade.
Cintia Liana Reis de Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário