"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

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domingo, 23 de fevereiro de 2014

10 fotos de seu filho que não deveriam estar na internet


Blog da Diiirce
Manter a segurança e a privacidade das filhos é obrigação dos pais: proteja as fotos de crianças.

A infância é tão efêmera… Quando a gente vê, já passou. Deve ser por isso que nós, mães e pais, tiramos tantas fotos. Tentamos aprisionar o momento em imagens.

Mas vivemos a geração do compartilhamento, em que uma frase, uma foto se espalha entre milhares de pessoas numa questão de minutos. E aquela foto de seu filhote fazendo graça, que você postou para que seus amigos e familiares pudessem acompanhar o desenvolvimento do pequeno, acabou caindo nas mãos erradas.

Pedofilia, sequestro, roubo, bullying. Uma simples imagem pode dar uma dor de cabeça para uma vida toda.

É extremamente difícil controlar dados on-line: uma vez postada uma imagem, ela estará disponível para sempre, pois ainda que você a delete, alguém pode tê-la salvado.

Estar 100% seguro é quase impossível, mas seguindo as dicas abaixo ao postar fotos de crianças você diminui as chances de sua família ser vítima de gente mal intencionada.

10 FOTOS QUE JAMAIS DEVEM SER POSTADAS NA WEB

1) Fotos da criança nua, no banho ou de fraldas: Você não gostaria de saber que fotos de seu filho circulam pelas redes de pedofilia, que chegam a pagar mais de 1.000 reais por uma imagem, né?

2) Fotos da criança de uniforme: Pelo computador, tablet ou smartphone, é possível embaçar, pintar ou colar uma imagem sobre o logo da escola. Adoramos postar fotos das crianças felizes em ir à escola, mas de forma alguma queremos que um desconhecido mal intencionado saiba onde ela estuda.

3) Fotos que deem pista de onde a criança mora: a foto é de seu filho fazendo gracinha, mas ao fundo tem o número da casa, o nome de uma loja, um ponto de referência qualquer que dê pistas de onde a criança mora. Com o Google, é possível encontrar qualquer endereço.

4) Fotos que seu filho não gostaria de ver publicada quando ele estiver maior: Uma gracinha da criança hoje pode vir a ser o bullying no futuro. Imagine seu filho adolescente vendo a foto que você está publicando: ele se importaria? A imagem é dele, e é pela privacidade deste indivíduo que devemos zelar.

5) Foto que você não publicaria num outdoor: Aquilo que você não gostaria de ver exposto num outdoor no meio da cidade não deve ser publicado. O que é se posta na web fica registrado para sempre e jamais poderá ser totalmente deletado. Basta lembrarmos do caso da Cicarelli.


6) Fotos de crianças sem que os pais tenham autorizado: Nós, empiricamente, conhecemos todas as pessoas de nosso círculo nas redes sociais. Mas e os amigos de nossos amigos? Portanto não faça com o filho dos outros o que você gostaria que fizessem com o seu. Antes de publicar a foto em que uma criança está presente, consulte seus pais previamente. E se a foto de seu filho foi compartilhada sem sua autorização, não hesite em pedir que a pessoa a retire.

7) Fotos que estejam marcadas pelo GPS do seu aparelho: redes sociais, como Facebook e Instagra, e algumas câmeras são capazes de registrar o local em que as fotos são tiradas. Desabilite esta função nas configurações do dispositivo (veja como fazer isso no Instagran), assim criminosos terão mais trabalho em saber onde está sua família neste momento.

8) Fotos que avisem onde você está: #partiupraia, “Até que enfim a viagem”, “Chegando a …”. Postagens deste tipo denunciam que sua casa está livre, e você vira presa fácil de gente mal intencionada. Veja um exemplo aqui.

9) Fotos compartilhadas publicamente: Quanto mais gente vir a foto, mais chance ela tem de cair nas mãos erradas. Por isso, ajuste as configurações de privacidade para que apenas seus amigos vejam suas fotos (como fazer isso no Facebook e no Instagran). Se quiser ser ainda mais específico, agrupe seus amigos em listas e compartilhe as fotos apenas com as listas em que você confia (veja como fazer isso no Facebook). 

10) Fotos que não estejam guardadas numa pasta com senha: Mesmo sendo precavidos ao postar as fotos de nossos filhos, nossos aparelhos podem ser roubados, e nossos dados podem cair nas mãos de criminosos. Guardar nossas fotos em arquivos protegidos por senha dificulta o acesso, resguardando a privacidade de nossa família. Confira aqui apps para proteger as fotos de seu smartphone e como fazer isso no seu computador.

Fonte: http://diiirce.com.br/fotos-de-criancas/?fb_action_ids=10203691252140931&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%2210203691252140931%22%3A600989993309345%7D&action_type_map=%7B%2210203691252140931%22%3A%22og.likes%22%7D&action_ref_map=%5B%5D

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A ética na exposição dos filhos

Tumblr

Por Cintia Liana Reis de Silva

Hoje em dia se fala muito sobre a ética em relação a exposição dos filhos nas diversas mídias, mas pouco se fala sobre o que está por trás desta necessidade. Primeiro, obviamente, o que vem em mente é querer mostrar a todos como ele é belo, e isso é muito natural, e daí vem o desejo de mostrá-lo, usando os veículos mais comuns, que são fotos e publicidades para a TV.

Mas será que as crianças desejam serem mostradas, expostas desta ou de outras maneiras? E que consciência elas têm desta exposição? Outras perguntas também aparecem como, que resultado isso traz para a vida de cada uma? O que isso tem a acrescentar para o seu desenvolvimento “psicoafetivosociocultural”?

Muitos pais podem procurar expor os filhos e torná-los uma espécie de celebridade com o intuito de asceder socialmente ou de buscar uma certa luz ou brilho para preencher suas próprias faltas. Iluminar o filho é como se talvez estivessem iluminando a sua infância plena de memórias de carências afetivas. Ver o filho brilhar e ser reconhecido é não só se iluminar com a mesma luz naquele momento por ser pai ou mãe daquele ser que é visto como especial, mas é, de certa forma, iluminar a criança ferida e frustrada dentro de cada um.

Dentro deste tema poderemos levantar vários aspectos a serem levados em consideração, não só os motivos subjascentes que levam os genitores a buscarem fama para os filhos, como também os diversos pontos positivos e negativos que essa exposição causa na vida objetiva do menor e em sua vida social; como ela assimila isso tudo e quais são os reflexos em seu comportamento futuro. São muitas perguntas delicadas a serem feitas.

Podemos observar várias crianças que foram protagonistas de filmes famosos que depois desapareceram da mídia porque ficaram marcadas por aquele personagem com o estigma negativo. Isso marca toda uma vida. Outras que fizeram papéis em novelas e depois buscaram outros rumos quando adolescentes. O próprio público, quando sente falta de um ator mirim na TV, imagina logo que este faliu, mas não é comum pensarem que ele pode ter escolhido outra estrada, como fazer faculdade para trabalhar em outro ramo, porque no fundo se crê que ser famoso é o que há de melhor e que esta é a forma mais confortável de provar que se tem algum valor pessoal ou social.

É importante buscar ser feliz sem precisar ser reconhecido publicamente ou por um grande número de pessoas. Não se esperar que venha dos outros e de desconhecidos o senso de valor que deve ser construído dentro de cada um é algo a se entender e isso é algo importante para dar e ensinar aos filhos em seu processo de crescimento, que o que ele faz, independente de que os outros vejam, deve fazer sentido para ele e que deve ser algo valoroso e honroso porque é digno e isso não precisa ser reconhecido externamente. O reconhecimento externo é um detalhe que pode ocorrer, mas não deve ser o principal e nem o objetivo central, senão tudo se perde.

A questão é que os pais devem estar atentos porque são eles que decidem tudo para a criança no início de sua vida, porém algo pode ser tão potente neste início e comprometer todo o seu futuro sem que a nova “pessoinha” se dê conta que quem escolheu aquele seu presente foram os pais. Algumas pessoas só entendem isso quando já têm suas vidas totalmente traçadas pelos outros e já estão vivendo coisas que não a agradaram como deveria.

Precisa ter bom senso quando se usa a imagem do filho, justamente porque este não tem consciência do que faz e do que acarretará em sua vida futura.

Se deve entender que não se nasce pronto para ser pai ou mãe, que esse é um processo que deve ser construído com sabedoria, muita reflexão e autoconhecimento, para que saibamos com inteireza que educar um filho e ajudá-lo em seu crescimento é uma tarefa muito complexa, onde se pode formar um ser que depende de aplausos para ser feliz ou outro que busca ser feliz com seus próprios recursos internos e vê os aplausos como reforços positivos, mas não como o objetivo principal.

Artigo da psicóloga Cintia Liana Reis de Silva publicado no site Indika Bem no dia 23 de janeiro de 2013

Fonte: http://indikabem.com.br/psicologia/a-etica-na-exposicao-dos-filhos/