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Por Cintia Liana Reis de Silva
1 - A adoção pode ajudar a diminuir o abandono de crianças? Como?
A adoção por si só já tira uma criança do abrigo, do abandono. Na adoção busca-se em primeiro lugar atender os direitos de uma criança e um deles é a convivência familiar. Os adotantes vêm na adoção uma forma de se realizarem enquanto pais, de terem um filho, essa deve ser a motivação real do pedido de habilitação a adoção e, de fato, se realizam plenamente, pois o amor é constrído na convivência quando o desejo desta relação existe.
2 - Qual a importância da adoção?
Para os adotantes é uma forma de realizarem o desejo de serem pais, de exercitarem a paternagem e maternagem, de aumentarem sua família, assim como ocorre na relação biológica.
Para as crianças é uma nova oportunidade de terem pais, de serem amadas, se sentirem amparadas e protegidas e terem um futuro em família.
Para a sociedade é ver as crianças bem inseridas em um lar harmonioso e com a menor possibilidade de ver mais crianças virando adolescentes sem família, desamparados, saindo dos abrigos sem perspectivas.
3 - Como combater o abandono de crianças?
Com investimento em educação, saúde, informações sobre planejamento familiar e sobretudo deixar claro que doar um filho para adoção não é um crime, pode ser uma escolha consciente colocar a adoção como uma alternativa para alguém que não pode criar o filho e que não tem o apoio da família e nem o desejo em tê-lo. O que é crime é o abandono de crianças em via pública, colocando em risco sua vida.
4 - Além da adoção, vocês acreditam que a legalização do aborto também é uma saída?
Não acredito que a legalização do aborto seja uma saída para o abandono. Aborto não é método anticonsepcional, a mulher que aborta muitas vezes leva consigo o peso insuportável por ter matado um ser que existia em seu ventre. Mas também muitas mulheres morrem ou sofrem na mesa de cirurgia de clínicas clandestinas.
Não me cabe aqui me colocar contra ou a favor do aborto, essa é uma resposta muito dífícil porque é uma decisão muito séria que envolve uma série de questões de ordem social, primeiro se deve investir em informações.
Mas ficam as perguntas: Por que é melhor abortar que dar em adoção? É referível pensar no filho morto que nos braços de outra mãe que desejava tanto uma criança?
4 - O que leva uma mãe a abandonar um bebê recém-nascido?
Vários fatores podem impulsionar a genitora e fazer um plano de adoção para o seu filho, alguns deles são a falta de condições financeiras; ausência do desejo em ser mãe, de cuidar; vida material e financeira desorganizada; falta do apoio do genitor ou desconhecimento deste; envolvimento com algum tipo de droga; falta de apoio ou má relação com a família extensa.
5 - Como combater situações como esta?
Para o Juizado aceitar que uma criança vá para adoção antes é feita uma investigação onde são esgotadas todas as possibilidades de reinserção da criança em sua família biológica. Tios, avós ou alguém muito ligado a família pode pedir sua guarda. Se ninguém tiver o interesse na guarda da criança é que se cogita a adoção, pois tenta-se preservar o direito da criança em permanecer no seio de sua família biológica.
Outra possibilidade é que nas Varas da infância existem programas ou convênios com programas do Governo onde esta genitora pode ser inserida juntamente com o filho e ambos podem ser ajudados em sua realidade para que a criança não vá para adoção.
Por Cintia Liana
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