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Soube ontem de manhã em uma reunião em Roma que existem crianças para adoção no Brasil menores de 5 anos que não encontram famílias que as adotem. Por quê? Em suas cidades não tem ninguém que as adotem. Algumas comarcas trabalham isoladamente, alienadas, não usam o CNA (que é só teoria e conto de fadas em boa parte do Brasil) e as crianças não vão para nenhuma outra lista em cidades onde possam achar seus pais, elas acabam por serem indicadas diretamente para adoção internacional.
Soube que uma criança de 1 ano, sã, foi adotada há poucas semanas por um casal francês. Em teoria seria contra o bom senso tão pequena assim ser encaminhada para internacional, primeiro tem que se tentar a nacional, é direito da criança ter chances de crescer em seu País de origem. Mas o fato é que muita coisa acontece e é contra o bom senso mesmo, começando pela falta de comunicação entre as varas da infância e CEJAS’s.
Entendam, cada Estado trabalha de um modo, não dá para achar que existe padronização, prática unisona para facilitar a vida de quem trabalha para as crianças. Se nem o CNA funciona, que dirá um trabalho modelo, informações modelo, regras modelo. Esqueçam! É triste essa confusão, são vidas de crianças, injustiçadas pela falta de vontade de trabalhar e fazer acontecer.
Dica: a velha prática de mandar a cópia da habilitação para uma comarca específica ainda vale para muitas varas do interior de alguns Estados esquecidos. Goiás, por exemplo, trabalha de modo especial. Procurem se informar, tentar, têm profissionais nas varas que também trabalham com boa vontade. As crianças estão esperando por pessoas que realmente se importam com elas, o resto é uma bagunça, pura política.
Por Cintia Liana
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