"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Mães depois dos 33 têm o dobro das probabilidades de viver até aos 95 anos

Os genes que permitem às mulheres ter filhos naturalmente em idades mais avançadas são também os responsáveis por uma maior longevidade.
Em Portugal, no ano 2011 a maternidade surgia apenas aos 29,2 anos

As mulheres que têm filhos depois dos 33 anos sem tratamentos de fertilidade têm maiores probabilidade de viveram até mais tarde do que as que foram mães pela última vez antes dos 30, conclui um estudo divulgado esta quinta-feira.

A investigação da Boston University School of Medicine, publicada na edição de Junho da revista científica "Menopause", estima que os mesmos genes que permitem às mulheres ter filhos naturalmente em idades mais avançadas são os responsáveis por uma maior longevidade, que pode ir até aos 95 anos.

Os resultados do estudo da Boston University School of Medicine são consistentes com anteriores descobertas que estabelecem uma relação entre a idade maternal aquando do nascimento do último filho e a longevidade excepcional.

O estudo baseou-se na análise dos dados do "Long Life Family Study", um estudo genético de 551 famílias com vários membros que viveram até idades excepcionais, 95 ou mais anos.

Os investigadores determinaram a idade em que cada uma de 462 mulheres tiveram os últimos filhos e até que idade viveram e concluíram que as mulheres que tiveram o último filho depois dos 33 anos tinham o dobro das probabilidades de viver até aos 95 anos ou mais quando comparadas com as que tiveram o último filho aos 29 anos. Das 462 mulheres, 274 tiveram o último filho depois dos 33 anos.
"Pensamos que os genes que permitem às mulheres ter filhos naturalmente numa idade mais avançada são os mesmos que têm um papel muito importante no retardar do envelhecimento e na descida do risco de doenças relacionadas com a idade, como as doenças de coração, acidentes vasculares cerebrais, diabetes e cancro", explicou Thomas Perls, especialista em geriatria na Boston University Medical Center e principal investigador do estudo, citado pela imprensa norte-americana.

Em Portugal, a idade das mães ao nascimento do primeiro filho tem vindo a aumentar. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2001, era-se mãe pela primeira vez aos 26,8 anos e em 2011 a maternidade surge só aos 29,2 anos.


As gravidezes após os 35 anos dispararam 47 por cento, na última década, enquanto a maternidade antes dos 20 caiu para metade.

Fonte: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/maes-depois-dos-33-tem-o-dobro-das-probabilidades-de-viver-ate-aos-95-anos-1660613

domingo, 21 de agosto de 2011

Crianças adotadas cedo não levam vantagem em relação às adotadas tardiamente, diz pesquisa

Beneath this Burning Shoreline

18/08/2011

Estudo também mostrou que filhos adotados e não adotados apresentam mesmas queixas

No sucesso de bilheteria Bruna Surfistinha, estrelado pela atriz Deborah Secco, a personagem Raquel sofre com o complexo de inferioridade e com os deboches do irmão mais velho por ser adotada. A adolescente deixa a casa e a superproteção dos pais para cair em um mundo de drogas e prostituição.

Embora a história seja uma autobiografia, ela não reflete a realidade da maioria das famílias que têm crianças adotadas. Essa foi uma das conclusões tiradas em pesquisa de mestrado em Psicologia Clínica da Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), orientada pela professora Maria Lúcia Tiellet Nunes (a pesquisa não tem relação com o filme).

Com base em prontuários de 316 meninos e meninas atendidos em clínicas-escola de Porto Alegre, a mestranda Andrea Kotzian Pereira investigou se havia diferenças nas queixas apresentadas por crianças adotadas e não adotadas no momento em que buscam atendimento psicoterápico. Do ponto de vista estatístico, a pesquisadora não encontrou diferenças significativas entre os dois grupos.

— Existe uma ideia de que crianças adotadas têm dificuldades devido à condição. Mas as queixas que mais apareceram foram em relação à agressividade e aos problemas de aprendizagem e atenção, nos dois grupos — conta Andrea.

O comportamento agressivo é a reclamação que mais aparece nos tratamentos entre adotados e não adotados (29,1% e 26,6%, respectivamente), seguido de problemas de atenção (20,2% e 17,7%). Os prontuários que integram a pesquisa são de crianças entre um ano e meio e 12 anos.

Além desse resultado, a pesquisa aponta para o fato de que as crianças adotadas mais cedo não levam vantagem em relação às adotadas tardiamente. Andrea acredita que o que interfere são as questões mais constitucionais, genéticas, e vê uma mudança na forma como o tema vem sendo tratado:
— Antigamente, a questão da adoção ficava como um segredo e, na maioria dos casos, era ilegal. Há um movimento no sentido de ser algo mais falado, mais exposto. Quando a criança não tem muito clara sua história, sua origem, é difícil para ela aprender outras coisas.



Postado Por Cintia Liana

sábado, 23 de julho de 2011

Mães entregam 2 bebês por semana à adoção em SP

Google Imagens

Levantamento inédito da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) indica que 102 mães entregaram de forma voluntária o filho recém-nascido à Justiça paulista para adoção nos últimos 12 meses, média de 1 a cada 3,5 dias. Como apenas 17% das varas judiciais do Estado responderam ao questionário do órgão, a própria coordenadoria já trabalha com possibilidade de um número maior.

O recorte do estudo incluiu apenas casos em que a mãe tem o cuidado de buscar um acolhimento institucional para o recém-nascido, atitude que está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e não constitui crime. Casos de bebês abandonados estão propositalmente fora do trabalho, porque são passíveis de punição por colocarem a criança em risco - não há estatística oficial sobre eles no Estado.

Para Eduardo Rezende Melo, juiz que coordenou o levantamento do TJ, vulnerabilidade, isolamento social e falta de informação são algumas das situações que colaboram para o abandono de recém-nascidos. E é justamente esse abandono que a Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJ-SP pretende evitar com o trabalho, que servirá de base a uma campanha - o mote será que as mulheres devem ter respeitado seu direito de encaminhar o filho à adoção.

Por lei, se a mãe manifestar em algum momento do pré-natal ou na maternidade o desejo de entregar o bebê e não criá-lo, o agente de saúde é obrigado a levar a posição da mulher ao conhecimento do juiz. No estudo do tribunal são citados como causas para entrega voluntária de bebês o desemprego, a pobreza, a falta de apoio familiar ou do pai e dificuldades habitacionais. "Temos de trabalhar a causa. Não adianta culpar essa mulher", afirma Rezende Melo.

A ideia é ajudar na formação de uma política pública para evitar o abandono em locais e vias públicas. Um dos focos da campanha do Judiciário será um trabalho de capacitação dos servidores públicos das áreas da saúde, assistência social e das varas da infância no sentido de que não seja feito juízo de valor da mulher que manifestar tal posição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Postado Por Cintia Liana

domingo, 15 de maio de 2011

Problemas no casamento afetam sono das crianças

Mandy Lynne

De acordo com estudo da Universidade do Estado de Oregon, casais que têm problemas de relacionamento podem ter filhos com problemas para dormir. E isso também pode ter impacto a longo prazo, na idade escolar.

Por Laura Lopes

O estresse entre o casal afeta o sono dos filhos

Gritos, discussões, um ambiente tenso dentro de casa... Tudo isso parece afetar a vida dos filhos de um casal que tem problemas em seu relacionamento. Pesquisadores da Universidade do Estado de Oregon, nos Estados Unidos, descobriram que a instabilidade entre casais quando a criança tem nove meses influencia o sono do bebê aos 18 meses, incluindo dificuldade para dormir e se manter dormindo. Mesmo levando em consideração fatores como as condições do nascimento propriamente dito, a ansiedade dos pais e o temperamento difícil de algumas crianças, os resultados ainda são mantidos.

"Se o problema do sono persistir, pode acarretar em problemas na escola, de falta de atenção e comportamento", diz Anne Mannering, uma das cientistas participantes. Segundo ela, os pais devem estar cientes de que o estresse no casamento pode afetar a criança, mesmo quando ela é bem pequena. Os resultados da pesquisa foram publicados no periódico especializado Child Development.

Segundo Mannering, este é o primeiro estudo a mostrar uma ligação entre os problemas conjugais e o sono das crianças eliminando a possibilidade de haver uma relação genética entre as duas coisas. Para isso, os pesquisadores entrevistaram mais de 350 famílias com filhos adotados. Para a pesquisadora, as brigas dos pais influenciam o sono infantil muito mais cedo do que já havia sido provado anteriormente. Curiosamente, os pesquisadores não provaram que o inverso seja verdade: os problemas do sono das crianças não indicam instabilidade conjugal.

Para ranquear o estresse entre o casal, os pesquisadores pediram que os pais respondessem, de um a quatro, algumas questões, como "Você já pensou em se divorciar?". Segundo Mannering, os casais era predominantemente de classe média, brancos, de boa educação e haviam adotado o filho nos primeiros três meses de vida da criança. Agora os pesquisadores estão investigando se a relação entre a instabilidade conjugal e problemas do sono infantil persiste após os dois anos de idade, e o papel que a relação dos pais com os filhos poderá ter nessa associação.

Revista Época – 13.05.2011


Postado Por Cintia Liana

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mães que abandonam seus filhos sofreram maus-tratos na infância, dizem especialistas

Mandy Lynne

"Abandonei meu filho porque queria ir no bailão". Tanto a frase quanto o ato de abandonar um bebê podem parecer absurdos, mas para psicólogos e psiquiatras acostumados a tratar mulheres com transtornos de personalidade isto é comum e deve ser compreendido.

Os especialistas concordam que mulheres que deixam seus filhos sofreram graves abusos quando eram crianças e, por isso, não desenvolvem o sentimento de amor e a relação da maternidade.

Para Joel Rennó Júnior, coordenador do projeto Pró-Mulher do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, de 10 a 25% das mulheres que têm bebês apresentam transtorno de relacionamento mãe-bebê. Este transtorno de personalidade não existe nas classificações oficiais de psiquiatria, mas deve ser incluído no novo manual de diagnóstico de saúde mental (DSM-5), que será publicado em 2013.

O psiquiatra, que presta assistência médica e psicológica a mulheres com distúrbios psíquicos relacionados ao ciclo reprodutivo feminino há mais de 10 anos, afirma que estas mulheres desenvolvem uma raiva e rejeição que atingem níveis patológicos e que não estão associados a depressão. São mulheres que sofreram rejeição, abuso físico e moral, negligência e violência na infância.

"A noção de mãe está muito desestruturada nestas mulheres. Muitas delas também não tiveram uma mãe que cuidasse delas, afirma Catalina Camas Cabrera, psiquiatra do Hospital das Clínicas, que trabalha com o grupo CA Vidas, com mulheres vítimas de abuso.

"Para se tornar um ser humano biologicamente cultural é preciso do afeto de outro ser humano, que cuide, atenda e ame. O amor foi descoberto como uma  necessidade primária. Eu não sobrevivo, ou sobrevivo muito mal, se eu não tenho cuidadores que tenham amor incondicional. Não me entendo por gente, não tenho empatia, não consigo amar outros", diz a psicóloga Lidia Natalia Dobrianskyj Weber, professora da Universidade Federal do Paraná.

A frase que abre esta reportagem foi dita à Weber em uma pesquisa com mães que abandonaram seus filhos em hospitais ou deixaram para outros criarem. Foram entrevistadas 21 mulheres que seguem o perfil e outras 21 com o mesmo nível sócio-econômico, mas que criaram seus filhos. A única diferença entre elas era o tratamento que tinham recebido dos pais. "Todas tinham a mesma escolaridade, muitas tinham companheiro na época. A diferença estatística forte era que as que abandonaram tinham claramente uma história de abandono, negligência e violência em casa. Essas mães que abandonam nunca foram filhas. Elas nunca foram sujeito de afeto e não entendem isso como importante, explica Weber.

Entender em vez de condenar
A professora destaca que é preciso entender como eram as famílias dessas mães, saber como elas foram tratadas na infância. "Alguns relatos são chocantes, mas é preciso entender esse outro lado. Elas não passaram por um processo de vinculação afetiva".

Rennó concorda: "Temos que entender esse perfil, onde a mulher tem suas estruturas psíquicas abaladas. Ela foi abusada, rejeitada e isso deixa uma impressão que acaba passando para o filho. A criança traz todo o significado de rejeição, que algumas nem querem sentir", conta. Entretanto, ele destaca que o transtorno de relacionamento mãe-bebê não pode ser aplicado genericamente para todas as mães que abandonam seus filhos. "O diagnóstico é categorial, baseado em um manual com critérios que englobam sintomas psíquicos discriminadores".

Cabrera, que atende mulheres vítimas de violência desde 1998, diz que muitas dessas mulheres são entendidas como pessoas más, mas que a maioria delas tem auto-estima baixa e tomam a atitude de abandonar o bebê em um momento de desespero.

Vergonha
Uma das questões levantadas é porque estas mães não entregam o filho para o juizado ou para a adoção. Para Weber, especialista em abandono e adoção de crianças no Brasil, entregar a criança para a adoção também é um abandono e as mulheres sentem vergonha de assumir isso em público. "Muitas não sabem
que podem deixar seu bebê para adoção, que isto não é crime, e há toda a questão cultural do instinto materno, do amor, que ela não sente".

Segundo a psicóloga, a criança adotada é mais feliz do que a rejeitada que é criada pela mãe. "Uma pesquisa acompanhou o desenvolvimento de crianças por anos e concluiu que as que foram abandonadas e depois adotadas apresentam melhores resultados cognitivos e psicológicos do que aquelas que a mãe teve o
desejo de abandonar, mas não abandonou".

Depressão pós-parto
A depressão pós-parto, apontada por muitos leigos como causa para tais atos, é excluída como causa principal pelos especialistas. "Cada caso deve ser analisado individualmente, mas o que há de comum entre depressão pós-parto e este estado psicótico é que as mulheres não se acham capazes de cuidar de
seus filhos", diz Cabrera.

De acordo com Rennó, as mães com depressão pós-parto se sentem culpadas por não terem energia para cuidar do bebê e acabam deixando a tarefa para alguém da própria família. A falta de culpa é um ponto destacado pelos especialistas, o que leva também, à maior dificuldade de encontrar estas mulheres, já que elas não buscam ajuda e não são identificadas ao abandonar seus filhos. "Elas não acreditam que
alguém possa ajudá-las. São pessoas que precisam ser ajudadas e não julgadas", ressalta a psiquiatra.

O papel do Estado
Weber acredita que o Estado deve ter maior cuidado com a família. "O papel do Estado vai desde desmistificar a culpa até acompanhar e aconselhar tais mulheres. Na França existe um programa de abandono de bebês institucionalizado. A mãe pode optar em ter o bebê e entregá-lo a adoção.

Ela tem toda a assistência que necessita, que a ampara e a faz refletir". Ela acrescenta que é necessário ainda quebrar o círculo vicioso que temos hoje. "Cerca de 88% das crianças institucionalizadas dizem que apanham ou já apanharam. Há negligência e violência nas famílias, o que só aumenta a probabilidade de que um mulher abandone ou rejeite seu filho no futuro", diz. "Não há uma estatística oficial de quantas crianças são abandonadas. Grande parte delas não entra nas estatísticas porque vão para a adoção informal -- quando a própria mãe já encaminha a criança para quem tem interesse em criá-la", afirma.

Weber conclui que o abandono de crianças está presente na história da humanidade há centenas de anos. "Toda a antiga bíblia e mitos estão recheados de abandono de crianças. Era comum até o renascimento, como uma forma de minimizar o infanticídio", conta.

Fonte: Lilian Ferreira/Uol


Postado Por Cintia Liana

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Brasil tem 8 mil crianças e adolescentes à espera de adoção

Foto: Esta "piccola modela" é Julinha, filha biológica de minha prima Clara Manhã. Feliz primeiro natal, priminha!

De acordo com o último balanço do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), realizado pela Corregedoria Nacional de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 7. 949 crianças brasileiras estão aptas a serem adotadas. Ou seja, se encontram destituídas do poder familiar. Os dados, referentes ao dia 3 de dezembro de 2010, indicam também que há 30.378 pretendentes à adoção, já cadastrados.

São Paulo permanece na liderança como o estado com maior número de pretendentes à adoção: 8.020 para 1.538 crianças e adolescentes cadastradas. Já o Espírito Santo lidera em número de crianças e adolescentes à espera de uma nova família: são 2.194 para 493 candidatos a pais, no estado. Já o Distrito Federal indica uma relação mais equilibrada: são 522 pretendentes para 209 crianças aptas à adoção.

O Cadastro Nacional de Adoção foi criado em abril de 2009 para facilitar as adoções. Por meio desse instrumento, os juízes das varas da infância e da juventude recebem informações unificadas sobre os procedimentos de adoção e podem dar agilidade ao processo de adoção. O Cadastro possibilita ainda a implantação de políticas públicas na área.

Por Martha Corrêa
Fonte: Agência CNJ de Notícias

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De qualquer modo, a gente sabe que este cadastro nacional informatizado ainda não funciona nem 50% como deveria. Esperamos por dias melhores e mais organização para podermos dar um futuro digno aos nossos pequenos.

Por Cintia Liana