"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

Mostrando postagens com marcador psicólogo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador psicólogo. Mostrar todas as postagens

domingo, 6 de novembro de 2011

Papel e importância do psicólogo no processo de adoção

A psicóloga Cintia Liana

Qual o principal desafio do psicólogo no processo de adoção?

Os desafios do psicólogo é ter total consciência de todo esse processo em que está envolvido. Saber que neutralidade absoluta não existe e como pode atuar neste cenário da melhor forma. Entender que os seres humanos são capazes de resignificar, é se permitir trazer "incertezas" ao processo. É conhecer os limites do saber, é não se sentir o senhor do conhecimento e da verdade, o todo poderoso. É enxergar com uma visão ampliada, trabalhar seus próprios preconceitos cotidianos, desenvolver uma atuação transdisciplinar, enxergar os modelos e tendências reducionistas, elementares, é usar uma lupa com humildade.

Desafio também é saber que se espera que ele traga certezas para respaldar atitudes jurídicas em um campo com infinitas possibilidades de mudança e aprendizado que envolve é a alma humana, os sistemas móveis. É saber lidar com o estresse que isso causa, saber lidar com as exigências e poder “educar” o judiciário se houver chances. É ter noção do tamanho de sua responsabilidade e ainda assim não perder a humanidade e o compromisso em ajudar. É não perder jamais as esperanças e a sensibilidade no trato humano.

Qual a importância do psicólogo no processo de adoção?

O psicólogo, perito da vara da infância, deve emitir em cada processo um parecer favorável ou desfavorável sobre a habilitação ou processo de adoção daquela pessoa ou casal e para isso se respalda em teorias científicas psicológicas.

Por exemplo, o processo de habilitação é feito em forma de entrevista psicológica, onde o profissional saberá o número necessário que pode variar entre uma ou mais entrevistas, onde são verificados estrutura familiar dos requerentes, comportamento, pensamentos, crenças, inseguranças, medos, preconceitos, se as expectativas condizem com a realidade, perfil da criança desejada, os motivos deste perfil, o que pensam da paternidade, maternidade e educação e a motivação verdadeira (inconsciente) que leva o requerente a pleitear a adoção, que deve ser baseada em cima de um desejo legítimo de ter um filho, não por outro motivo, por companhia, caridade ou filho “salvação”, filho não deve ser visto como companhia ele é quem precisa de companhia e cuidados, caridade é algo pontual e um filho é para vida toda é uma relação fortíssima, que irá se estabelecer durante a vida toda, assim como na parentalidade biológica e para salvação seria muito cruel usar um ser indefeso para mudar a própria vida, isso não se iniciaria de modo saudável.

O psicólogo pode utilizar técnicas de avaliação como um teste projetivo de personalidade para a análise mais aprofundada dos requentes. Eu, além das entrevistas e do teste HTTP, realizava reuniões onde dava palestras, acolhia as dúvidas, respondia a todas perguntas e conversávamos sobre os sentimentos que surgem no processo de "gestação emocional", com a espera do filho adotivo.

O psicólogo é de exterma importância, até porque ele vai norterar o juiz e os promotores sobre a realidade emocional dos futuros pais, suas reais intenções com a adoção e o preparo desses em desenvolverem a complicada tarefa de educar. O juiz baseará sua sentença em cima dos laudos da equipe multidiciplinar, na qual o psicólogo está inserido.

Como a participação do psicólogo é recebida pelas demais partes envolvidas?
O psicólogo deve ter empatia e demonstrar firmeza e humildade em sua postura, lembrar que está avaliando, mas que tem interesse em ajudar no amadurecimento dos envolvidos. Assim ele consegue cooperação e até faz “amigos”.

Parte da entrevista cedida a estudantes da UNIP.

Por Cintia Liana

sábado, 27 de agosto de 2011

Texto de Cintia Liana em homenagem ao dia do psicólogo

Cintia Liana em entrevista

Parabéns a todos os psicólogos, sobretudo àqueles que amam a profissão e se dedicam com a "alma".

Por Cintia Liana Reis de Silva
Publicado em 10 de março de 2010 no blog Fina Presença

Dar conselhos não é profissão, conselhos se dá de graça

Dando continuidade às reflexões sobre o que sofrem os psicólogos com a falta de informação do que seja tal profissão, tenho outra consideração a fazer.
Já ouvi a frase: “ela era a psicóloga e eu é quem estava dando conselhos”. Essa frase é tão estúpida que chega a ser engraçada.
Para dar conselhos basta abrir a boca (sei que existem pessoas que nos iluminam com suas palavras em determinados momentos) e para ser psicólogo se deve estudar 5 anos, fazer pós graduação, psicoterapia e outros tantos estudos para não cair na mediocridade.

Em primeiro lugar psicólogo não dá conselhos, “ele te dá uma lanterna, para você achar o caminho meio a escuridão que pode estar instalada em determinado momento, em determinada situação”.
Se essa pessoa soubesse um pouquinho da complexidade desta profissão jamais diria tal besteira.
Vou mostrar então um pouquinho desta complexidade.

Para ser um psicoterapeuta precisa-se ter em mente não só a necessidade da neutralidade, mas prioritariamente o entendimento de que neutralidade absoluta não existe. O psicólogo não é uma caixa preta, livre da subjetividade, ao contrário. Gonzáles Ray (apud SILVA, 2008) explica que ele faz parte do cenário. O que faz dele competente não é a neutralidade, é a consciência do lugar dele naquele cenário, como ele pode funcionar ali da melhor forma e ajudar o paciente a se dar conta do que é necessário para o seu crescimento.

É indicado que o psicoterapeuta faça terapia não só por que precisa experimentar o caminho da subjetividade, da transpessoalidade, sentir que existe um grande material inconsciente, mas também para saber qual é o seu lugar dentro de cada história, como cada história que ouve o toca, se toca, por que e como pode entender isso. Ou seja, além de ser uma busca da subjetividade é um reconhecimento da vivência desta subjetividade.

Existe a modalidade “aconselhamento psicológico” dentro da área, mas ainda assim não se trata conselhos. O profissional, no geral, auxiliará a pessoa a achar o caminho mais maduro, dentro de um sentido maior da situação, que será processado no sething terapêutico.

Na psicoterapia ninguém te dirá em como fazer nada e nem se baseará em tuas experiências pessoais, pois o psicólogo não faz isso, por mais que suas experiências o tenham ajudado a construir o seu self. O profissional conhece um conjunto de seus pressupostos teóricos, epistemológicos, é cuidadoso e sensível à sutileza das características singulares da subjetividade, onde podemos encontrar o passado e o presente e todos os aspectos da existência. (SILVA, 2008)

No sething o profissional pode auxiliar “na integração de elementos de sentido e de significação que caracteriza a organização subjetiva de um âmbito da experiência do sujeito, ação, construção, história, transações e trocas sociais e cultura como configurações subjetivas da personalidade. É um complexo de articulações e possibilidades contraditórias e processos de ruptura. Está ligado à diversidade de questões presentes no sujeito cotidiano, irregular.” (SILVA, 2008)

Ele terá consciência dos mecanismos de defesa do paciente, de algumas memórias anteriores relatadas, ajudará a fazer livres associações, a enxergar sua sombra, reforçar aspectos positivos, entender os padrões, te situar dentro dos grupos, dos sistemas, ver tua função e papéis em que está assumindo dentro da cada grupo e muito, muito mais.

Então por favor, dê conselhos, mas não desqualifique o psicólogo que te ouve. Por mais que sejam bem vindos em alguns momentos e que alguns amigos o façam com muito boa intenção, nos ilumine e que eles ajudem bastante, mas a verdade é que os conselhos falam muito mais da gente do que de qualquer outra coisa, mesmo que ajudem. Não pagamos por conselhos e nem precisamos estudar para aconselhar ninguém.
Com todo respeito às outras profissões, mas ainda temos que ouvir que manicure é meio psicóloga, aquela certa amiga também, a secretária, o taxista... O mundo é repleto de gente que quer ouvir uma história interessante, transformar algumas em fofoca e dizer o que acha para se sentir mais sábio. O mundo está cheio de “achismos” também. Para se ajudar alguém e atendê-la em seus questionamentos e anseios é preciso ter noção da grande responsabilidade disto, de respeito pela vida alheia e da necessidade de preparo adequado.

Se a profissão de psicólogo se resumisse em dar conselhos, ouvir e em ser experiente nem existiria faculdade para isso e nem as diversas especializações, era só esperar uma boa idade chegar e se intitular tal profissional.

Fecho com um pensamento de Hermann Hesse que resume tudo isso:
"Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo.
Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma.
Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave.
Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo."

Referência: (Meu livro)
Silva, Cintia L. R. de. Filhos da Esperança: Reflexões sobre família, adoção e crianças. Rio de Janeiro: Agbook, 2011.

Por Cintia Liana

domingo, 6 de junho de 2010

Avaliação Psicológica para Adoção

Foto: Cintia Liana com Isabela, sua estagiária de Psicologia, e Priscila, secretária, em 2007.

Os interessados em adotar passam por avaliação psicológica com perito da vara da infância, que emite um parecer favorável ou desfavorável sobre a habilitação daquela pessoa ou casal e, para isso, se respalda em teorias científicas psicológicas. Esse parecer respaldará a sentença do Juiz, mas não é determinante.

Normalmente a avaliação é feita em forma de entrevista psicológica, onde o profissional saberá o número necessário de encontros que pode variar entre uma ou mais entrevistas, onde são verificados estrutura familiar dos requerentes, comportamento, pensamentos, crenças, inseguranças, medos, preconceitos, se as expectativas condizem com a realidade, perfil da criança desejada, os motivos do desejo deste perfil, o que pensam da paternidade, maternidade e educação e a motivação verdadeira (inconsciente) que leva o requerente a pleitear a adoção, que deve ser baseada em cima de um desejo legítimo de ter um filho, não por outro motivo, por companhia ou caridade, filho não deve ser visto como companhia, ele é quem precisa de companhia e cuidados, e caridade é algo pontual e um filho é para vida toda, é uma relação fortíssima, que irá se estabelecer e fortalecer durante toda a vida, assim como na parentalidade biológica, se houver a desejo.

O psicólogo pode utilizar técnicas de avaliação como um teste projetivo de personalidade para a análise mais aprofundada da psiquê dos requentes. Eu, além das entrevistas e do teste, realizava reuniões onde dava palestras, acolhia as dúvidas, respondia a todas perguntas e conversávamos sobre os sentimentos que surgem no processo de "gestação emocional", com a espera do filho adotivo.

Para adotar se deve ter mais de 18 anos, mais velho 16 anos que o adotado, que não sejam avós ou irmãos e que ame a criança verdadeiramente como filho. É essencial que seja uma pessoa saudável, que tenha uma vida responsável, que saiba assumir compromissos, principalmente com relação a futura paternidade, que deseje vivê-la e que isso seja legitimo e não para mostrar nada a ninguém, que possa dar uma vida digna a um filho.

Adotantes casais não são mais bem parados que adotantes solteiros, heterossexuais não são mais maduros que homossexuais, tudo vai depender da pessoa e não dessas condições.

Na época em que eu era perita e coordenadora do serviço de psicologia de uma Vara da Infância e Juventude eu realizava palestras e reuniões, que muitas vezes eram confundidas com "cursos". Esse nome não era muito bem vindo, pois antes o Judiciário não podia "preparar" e há alguns meses o curso de adotantes se tornou obrigatório e o Judiciário tem que oferecer.

Acho excelente esse espaço de acolhimento, reflexão, pois todos alí estão no mesmo barco, esperando, cheios de dúvidas, medos, expectativas, alegres, vibrando com essa “gravidez emocional” e todos acham maravilhoso compartilhar emoções e sentimentos. Isso valida e mostra que o que eles sentem é importante, que não estão sozinhos e traz uma sensação de respeito por esta espera tão importante que leva ao amadurecimento de diversas questões voltadas para a parentalidade, que é sempre reafirmada com a ida ao Judiciário. Se também existissem grupos de reflexão e preparação para a paternidade biológica o mundo estaria bem diferente.

Usar a adoção para outra coisa que não seja para a realização da paternidade é algo que o perito deve avaliar também e é algo muito sério. Usar a adoção para salvar o casamento, por exemplo, pode fazer o casal se separar ainda em processo de adoção, pois tudo vem a tona, a adoção é um processo de nascimento, renascimento da família, é um "parto". Os estudos mostram que tudo pode acontecer nestes casos mas, no geral, desaconselho totalmente qualquer uso da adoção que não seja para a realização legítima da parentalidade. Se não está preparado procure ajuda, faça terapia, melhore sua realidade e só depois procure se habilitar. A criança não espera pais perfeitos, isso não existe, mas espera alguém que possa dar-lhe uma boa base suportiva para a sua caminhada, principalmente no momento de sua chegada, na adaptação.

Ao mesmo tempo que devemos ser muito rigorosos com a avaliação, os estudos mostram que é preciso enxergarmos a capacidade de aprendizado, transformação das pessoas, de reconstrução de sua própria história, de construção do apego, do fascínio da capacidade de amar e não uma compreensão moralista e alienada em relação a consciência sócio histórica da família.

Como diz Lídia Weber (2008), devemos abandonar o pensamento tradicional e desenvolver um pensamento pós-moderno, pensamento este que entende que o ser humano tem capacidade de abarcar sistemas que são móveis e esse espaço é atemporal e ilimitado e demanda e permite um pensamento híbrido, abertura e transformação em todos os setores da vida. O pensamento conquistado na pós-modernidade é o pensamento “transdisciplinar, transparente, que lida com a possibilidade do ser-e-não-ser e com as infinitas cores do jogo de luzes de um caleidoscópio”. Fluidez paradgmática também é outra característica do pensamento pós-moderno, o que não mais permite a postura maniqueísta e parcial, pois existe uma gama de solicitações existenciais. É preciso ajustar o velho com o novo e adquirirmos equilíbrio nesse momento de revolução paradigmática. Quem está apto a selecionar “bons pais” em duas ou três entrevistas psicológicas?

Neste sentido, relembro da frase do construcionismo social que diz que “o olhar do observador deforma a realidade”, ou seja, todas as nossas observações, análises sentimentos e percepções frente ao objeto, a um acontecimento, a uma pessoa, é vista e sentida de acordo com a nossa bagagem, a nossa história anterior, essa forma está relacionada com o que aprendemos. Então não existe neutralidade absoluta e que o terapeuta, por exemplo, vê o paciente de uma forma peculiar que, por mais que exercite a neutralidade, a forma como ele vê é muito própria e está influenciada, contaminada por seu olhar carregado de sua história pessoal.

O bom psicólogo deve perceber que não é infalível, deve ver a sua participação no cenário e enxergar tudo isso, além de analisar essas tantas outras variáveis. O bom psicólogo também traz dúvidas ao processo, as dúvidas podem nos trazer outras riquezas no olhar e isso deve ser discutido com o Juiz, se necessário e possível, é claro.

Nós, analistas, observadores do comportamento nunca conseguiremos fazer uma análise igual entre nós, pois os analistas são pessoas diferentes. Diz o construcionismo que não somos "experts", nem engenheiros sociais, pois a realidade não é objetiva, nem representacional. Devemos ser arquitetos do diálogo, numa relação democrática, enxergando identidades não fixas e nos dando chances sempre de melhorar tudo e mostrando ao outro que também é capaz de construir novos significados.
Bateson desenvolveu uma concepção do processo interacional e suas indagações antropológicas e compartilha com outros teóricos a importância de introjetarmos o referencial da cibernética simples e da cibernética da cibernética na relação terapêutica. Principalmente no que diz respeito a segunda, que defende a ordem de recursão e reconhece o observador como parte integral do sistema observado, afastando qualquer premissa de “objetividade”, indo além dela e da subjetividade, como propõe a cibernética da cibernética. (BATESON apud REY, 2005).

Rey (2005) explica que Bateson defende que o melhor caminho seja a ética, pois para compreendermos os elementos fundamentais da epistemologia percebemos que ao “conhecer”, devemos observar que a visão do terapeuta fala também dele mesmo, a visão do observador participa do observado.

No que diz respeito a psicoterapia propriamente dita - e que não deixa de conter nela um grau de avaliação, e avaliação essa que é feita de forma direta nos setores de adoção - a concepção de uma epistemologia auto-referencial situa o terapeuta plenamente dentro da terapia e vai de encontro com o conceito de que a família atua como uma “caixa preta” e o terapeuta não atua neste sistema. Ele declara que qualquer mecanismo está circunscrito por ordens superiores de controle de retroalimentação, ou seja, a partir do momento que o terapeuta se insere no sistema, representa uma ordem superior. Nesta ordem superior de recursão, o terapeuta faz parte do sistema como totalidade e está sujeito às implicações e restrições de sua retroalimentação. Deste modo, é impossível exercer um controle unilateral, e pode ora facilitar, ora bloquear, a auto-correção indispensável.

Ao entendermos que o terapeuta está entrelaçado com o cliente, entendemos que a descrição do observador descreve mais ele mesmo do que o acontecimento. E nesta perspectiva, poderemos aprender continuamente em nosso trabalho clínico na relação com o cliente, tendo como base nossas próprias formulações e hipóteses, contribuindo para uma epistemologia do nosso próprio trabalho, da nossa própria atuação e de nós mesmos.

Edgard Morin (apud SANTOS, s/d) diz que “a ciência não é somente uma acumulação de verdades verdadeiras (...) é um campo sempre aberto onde se combatem não só as teorias, mas também os princípios da explicação, isto é, também as visões de mundo e os postulados metafísicos”.

Santos (s/d) também cita Paulo Freire que diz, “tenho pena e, às vezes, medo do cientista demasiado seguro da segurança, senhor da verdade e que não suspeita sequer da historicidade do próprio saber”.

O bom psicólogo que avalia candidatos a adoção, além de muita sensibilidade, deve ter muito estudo e humildade. Devemos proteger as crianças e respeitar os cidadãos.


Referência:
Encontra-se completa na barra direita de livros sobre adoção.

Por Cintia Liana

Livro da Psicóloga Cintia Liana sobre o percurso de construção da família através da adoção e seus aspectos psicológicos
Para comprar ou visualizar:
http://www.agbook.com.br/book/43553--Filhos_da_Esperanca
(2ª Edição - 2012)

sábado, 5 de junho de 2010

Trabalho de um Psicólogo na Vara da Infância e Juventude

Foto: Cintia Liana

Após muitas entrevistas, resolvi postar aqui este texto. É para estudantes, profissionais e pais que querem conhecer mais sobre a atuação do Psicólogo Jurídico que atua com adoção é família.
Estas são as possíveis atribuições a um psicólogo que atua numa Vara da Infância e Juventude como perito:

- Avaliar as condições intelectuais, emocionais, relacionais e psíquicas de partes envolvidas em processos judiciais de habilitação para adoção, adoção, guarda, tutela e medidas de proteção;

- Atuar em diversos tipos de processos judiciais, ligados a proteção da criança e do adolescente, como perito, elaborando laudos e pareceres, quando designado;

- Realizar acompanhamento psicológico aos adotantes e às crianças ou adolescentes que estejam em período de convivência à família substituta até a finalização do processo de adoção;

- Realizar acompanhamento psicológico de crianças, adolescentes e/ou famílias que estejam envolvidos em processos judiciais e situação de risco, quando necessário e solicitado;

- Realizar palestras ou grupos de reflexão para habilitação à adoção, adotantes e/ou famílias;

- Realizar visitas, acompanhamento e avaliação psicológica de crianças e adolescentes abrigadas, quando necessário ou quando designado pelo Juiz.

- Participar, quando determinado, de audiências para esclarecer aspectos técnicos em Psicologia;

- Realizar acompanhamento psicológico de adolescentes inseridos em programas ligados a Vara da Infância e Juventude, quando solicitado;

- Realizar visitas domiciliares e/ou visitas institucionais, quando necessário ou designado pelo Juiz;

- Assessorar autoridades judiciais no encaminhamento a práticas psicológicas e médicas específicas, quando necessário;

- Participar de reuniões de equipe para discussão de casos e procedimentos técnicos quando necessário;

- Contribuir para criação de mecanismos que venham agilizar e melhorar a prestação do Serviço;

- Participar da elaboração e execução de programas sócio-educativos destinado a crianças em situação de risco;

- Atuar em pesquisa e programas de prevenção à violência;

- Oferecer supervisão, treinamento e avaliação aos estagiários de Psicologia que prestam serviço a Vara da Infância e da Juventude;


Por Cintia Liana

Livro da Psicóloga Cintia Liana sobre o percurso de construção da família através da adoção e seus aspectos psicológicos
Para comprar ou visualizar:
http://www.agbook.com.br/book/43553--Filhos_da_Esperanca
(2ª Edição - 2012)