"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

sábado, 31 de março de 2012

A mente de 4 a 6 anos

Google Imagens

Por Marilena Henriques Teixeira Netto

Nessa idade, o começo de uma socialização se inicia e os grupos começam a se formar. Grupo de meninos e grupo de meninas. É fácil de se entender o motivo de tal separação, mas quando voltamos às características da fase de 2 a 4 anos, entendemos melhor o porquê.


Como é comum a brincadeira de colocar roupas dos pais para tentarem entender como esses pais se comportam, (e assim fazer a distinção entre o EU e o OUTRO) o menino imagina que caso comece a brincar com os brinquedos de menina ele poderá se tornar uma delas e vice-versa.

É comum vermos então meninos na idade de 6 anos, “desprezando” as meninas e seus brinquedos.
Inútil será nessa fase, a tentativa dos pais de tentarem aproximar os dois grupos.

Como é uma fase dos “Por quês?” é natural que já perguntem “Por onde sai o bebê?”

O importante aqui é satisfazer cada curiosidade da criança respondendo APENAS ao que ela pergunta. Geralmente nessa hora, alguns pais já se adiantam e imaginam que precisem discorrer sobre toda a concepção, etc… Isso não é necessário. Se ela ouvir uma explicação resumida como: “Tem um buraquinho em baixo e o bebê sai por ali.” e isso não a satisfizer ela perguntará mais. E a cada pergunta, uma única resposta.

A curiosidade sobre “como entram os bebês” ou “como se fazem os bebês” só virá mais tarde perto dos 8 ou 10 anos; variando de criança para criança.

Uma ótima oportunidade de valorizar seu filho nessa época, é jogar o Jogo da Memória com ele. Enquanto o adulto tem uma visão mais geral, eles têm a memória de curto prazo e facilmente ganharão.

Muitas mães reclamam de dão ordens às crianças e passam o dia todo gritando. Mas desconhecem que nessa fase, a variedade de informação é tão grande, e acontece com tanta rapidez, que eles absorvem uma profusão enorme dessas informações, juntamente com as ordens e gritos da mãe. Nesse momento, o mais prático é entrar no campo de visão da criança, segurar sua cabecinha, fazer com que ela olhe para você e lhe dizer o que quer que ela faça.

Inútil, também, querer que ela acompanhe a noção de tempo. Dizer-lhe que ela só vai brincar 10minutos e depois terá de parar e tomar banho, será uma recomendação inútil. Ela não irá compreender e nem você entenderá porque ela não obedeceu.

Caso você queira que ela já comece a ter noção de tempo, deixe um relógio com ela de ponteiros grandes e lhe mostre como funciona o ponteiro maior. Ex: quando o ponteiro chegar aqui nessa posição, ou nesse número, você já pode parar de brincar…..

Com situações assim, a criança estará mais apta a entender o que você pede, e você evitará os desgastes e conflitos nessa fase.

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