We heart it
Por Cintia Liana Reis de Silva
A amamentação é um Universo a parte no mundo da maternidade quando comparado a quantidade de informações que nele compreende. É um mundo delicado, sutil e ao mesmo tempo selvagem que é preciso ser mergulhado e explorado.
Têm coisas que ninguém nunca fala ou nunca te falou sobre amamentação, mas agora eu lhe direi e, para isso, também utilizarei a ótica da terapia familiar:
1 - Para uma nova mãe conseguir amamentar com mais facilidade, sem tanta dor física e estresse por medo de não descer o leite, é importante que ela descubra e entenda a sua própria história de amamentação, já que as dificuldade familiares são passadas inconscientemente de pais para filho. Os “erros” normalmente se repetem. Quase todos nós guardamos mágoas do nosso período de amamentação e essa mágoas precisam ser vistas e curadas. A nova mãe deve entrar em contato com seu universo ancestral, esquecido ou negado.
2 - Se fala que o leite materno desce no máximo 4 ou 5 dias após o parto, dependendo se foi natural ou cesáreo respectivamente, mas o leite pode descer com 10 dias também, porque não? Não desista, achando que com 6 dias não descerá mais, continue tentando nos primeiros meses. Se concentre na necessidade de alimentar o seu filho. Nas primeiras horas após o parto o bebê está com a capacidade mais forte de sugar, mas se ele for distanciado da mãe por algum motivo médico, depois de se reaproximar, ele deve recuperar esta capacidade e, para isso, ele deve ser estimulado, ser colocado sobre o seio da mãe, que deve ter paciência e respeitar o seu tempo, para que ele aprenda a sugar e a lutar pelo seu alimento. Deve ser criado esse espaço físico e emocional no qual o bebê sinta que ele tem todo o tempo que precisar e sobretudo sentir o real desejo da mãe de alimentá-lo.
3 – Para se produzir leite, é importante que a mãe a os membros mais próximos da família criem um espaço de intimidade entre mãe e filho. Então não receba visitas de amigos e parentes nas primeiras duas semanas após o parto, que são as semanas mais importante para que se fortaleça a produção de leite e quanto maior for a sua privacidade mais fácil será a produção e, ao mesmo tempo, beba bastante água e não dê atenção aos "opinionistas".
4 – Se o teu leite não for o suficiente para alimentar o seu filho, se pode dar um complemento com leite artificial, mas não veja isso como um problema e não desista de colocá-lo o máximo em contato com o seu corpo para que se estabeleça um equilíbrio na díade mãe-bebê, para que a real necessidade de o seu leite ser suficiente venha a tona. Pode acontecer de seu leite dobrar ou até triplicar de quantidade no segundo mês de vida do teu pequeno ou até mais. Acontece. Seja tenaz!
5 – Se você se sentir cansada de levantar para amamentar, porque não colocar o teu filho para dormir junto a você? Não no meio do casal, mas ao seu lado. O homem é a única espécie de mamíferos que não acompanha o filhote durante todo o período de amamentação e que não dorme junto a ele, em detrimento da imposição da falsa ideia de estimular a independência do bebê desde os primeiros dias de vida. Bebês são e devem ser totalmente dependentes da mãe e do corpo dela, afinal estão em completa fusão emocional. Após ter a base do contato com a mãe nos dois primeiros anos é que se poderá desenvolver uma verdadeira autonomia sadia. Aproveite esse momento, pois passa muito rápido e ninguém se torna eternamente dependente porque ficou muito nos braços, mas o contrário sim, aquilo que não foi satisfeito na infância fica suspenso no futuro. Os mais importantes estudiosos vanguardistas da psicologia infantil do mundo dizem que os bebês devem dormir nos braços da mãe e, que a partir disso, tudo flui com muito mais harmonia.
6 – Até os 6 meses de vida a amamentação é exclusiva, o leite materno sacia a fome e a sede, não é preciso dar água ao bebê. Mas a partir dos 6 meses começa o desmame. Algumas pessoas introduzem as frutas no quarto mês a as papinhas no quinto, mas tenha muita paciência com o seu filho, não precisa ter pressa, ele precisa assimilar os novos gostos e tornar os novos hábitos um prazer, para que não criem conflitos na fase oral. Faça ele experimentar uma verdura por vez na papinha, depois comece a combinar, mas não exija que ele coma tudo, como uma obrigação. Ele vai comer quando você também sentir o alimentá-lo como um prazer e não como uma obrigação.
7 – Até o primeiro ano de vida o leite materno deve ser o alimento principal, então não use a alimentação do seu filho como elemento para criar conflitos, deixe que ele descubra os alimentos, as frutas, os gostos. Não dê alimentos artificiais e com conservantes. Existem alimentos que substituem a carne vermelha e são cheios de proteína. E se você ainda o amamenta e dá outros alimentos, para quê dar leite artificial? O ser humano não precisa do leite de supermercado e nem de outros animais em sua alimentação.
8 – O organização mundial da saúde (OMS) indica que a criança seja amamentada até completar 2 anos de idade, mas cada mãe deve ter a sensibilidade para intuir o momento adequado em torno a essa idade para tirar completamente o peito e o leite, pois se ela deixar passar o “time” justo, a retirada pode ser muito difícil e conflituosa, mas se fizer antes do momento em que o bebê está preparado pode representar uma trauma para ele, e gerar um sentimento de abandono afetivo.
9 – Os bebês babam e colocam as coisas na boca devido a fase oral, que vai até aproximadamente os 18 meses, segundo a teoria Freudiana do desenvolvimento psicossexual infantil. Para se alimentar os bebês irão sempre preferir o seio materno, ele sim está diretamente relacionado ao reflexo da saciedade da fome e da sede e também representa o aconchego e a segurança materna, então quando seu bebês te olha comendo, não é porque é guloso e está interessado no gosto da comida, pois ele nem sabe que aquilo é comida. Ele quer experimentar as texturas dos objetos que estão a sua volta, ele não sabe o que é alimento e o que não é, então pare de chamá-lo de guloso, ele é somente um bebês querendo descobrir o mundo através da boca.
10 – Com 1 ano, ocorre a anorexia do 1º ano. Muitos bebês começam a preferir só alimentos sólidos, rejeitam a papinha em forma de creme (sobretudo os que estão colocando os dentinhos) e muitos nem querem comer, se voltando só para o peito novamente. Isso não é um retrocesso, mas uma reação ao início da descoberta de ele não é uma continuidade da mãe e a negação por separar-se dela. Tenha paciência, não obrigue seu bebê a comer, tenha criatividade, faça comidinhas gostosas, diferentes, com mais gosto e saudáveis e deixe ele continuar mamando o quanto quiser para que se sinta seguro da relação de vocês dois e assim não causar ansiedade. Não crie conflitos e não compita de modo algum. Para os bebês é uma tempestade de mudanças e estímulos novos, ele precisa de tempo para assimilar tudo. E não esqueça, consulte sempre um psicólogo de família ou infantil, ele é quem entende os processos mentais, emocionais, comportamentais ligados a educação do bebê, enquanto o pediatra cuida da parte física.
11 – Os bebês não fazem do peito da mãe um bico, não desvalorize assim o seu peito. Eles precisam de um estímulo oral para dormir, é natural essa solicitação, é prazeroso e, ao mesmo tempo, eles se alimentam da energia afetiva da mãe. Quem não tem o peito se contenta em adormecer com o bico. Os bebês são muito incompreendidos e criticados, a ciência ainda tem muito a descobrir sobre a mente infantil, sobretudo do recém nascido, não crie seu filho com críticas e julgamentos.
São pontos a refletir para se dar o melhor a quem está aprendendo a viver. Os bebês precisam entender que o mundo não é hostil e competitivo (ao menos nesse momento não mesmo), para poder aceitá-lo e chegar nele com vontade e serenidade. Não economize amor.
Cintia Liana Reis de Silva, psicóloga, especialista em psicologia de casal, família, infância e adoção, seu blog recebe mais de 15.000 visitantes ao mês, o http://www.psicologiaeadocao.blogspot.com.
Têm coisas que ninguém nunca fala ou nunca te falou sobre amamentação, mas agora eu lhe direi e, para isso, também utilizarei a ótica da terapia familiar:
1 - Para uma nova mãe conseguir amamentar com mais facilidade, sem tanta dor física e estresse por medo de não descer o leite, é importante que ela descubra e entenda a sua própria história de amamentação, já que as dificuldade familiares são passadas inconscientemente de pais para filho. Os “erros” normalmente se repetem. Quase todos nós guardamos mágoas do nosso período de amamentação e essa mágoas precisam ser vistas e curadas. A nova mãe deve entrar em contato com seu universo ancestral, esquecido ou negado.
2 - Se fala que o leite materno desce no máximo 4 ou 5 dias após o parto, dependendo se foi natural ou cesáreo respectivamente, mas o leite pode descer com 10 dias também, porque não? Não desista, achando que com 6 dias não descerá mais, continue tentando nos primeiros meses. Se concentre na necessidade de alimentar o seu filho. Nas primeiras horas após o parto o bebê está com a capacidade mais forte de sugar, mas se ele for distanciado da mãe por algum motivo médico, depois de se reaproximar, ele deve recuperar esta capacidade e, para isso, ele deve ser estimulado, ser colocado sobre o seio da mãe, que deve ter paciência e respeitar o seu tempo, para que ele aprenda a sugar e a lutar pelo seu alimento. Deve ser criado esse espaço físico e emocional no qual o bebê sinta que ele tem todo o tempo que precisar e sobretudo sentir o real desejo da mãe de alimentá-lo.
3 – Para se produzir leite, é importante que a mãe a os membros mais próximos da família criem um espaço de intimidade entre mãe e filho. Então não receba visitas de amigos e parentes nas primeiras duas semanas após o parto, que são as semanas mais importante para que se fortaleça a produção de leite e quanto maior for a sua privacidade mais fácil será a produção e, ao mesmo tempo, beba bastante água e não dê atenção aos "opinionistas".
4 – Se o teu leite não for o suficiente para alimentar o seu filho, se pode dar um complemento com leite artificial, mas não veja isso como um problema e não desista de colocá-lo o máximo em contato com o seu corpo para que se estabeleça um equilíbrio na díade mãe-bebê, para que a real necessidade de o seu leite ser suficiente venha a tona. Pode acontecer de seu leite dobrar ou até triplicar de quantidade no segundo mês de vida do teu pequeno ou até mais. Acontece. Seja tenaz!
5 – Se você se sentir cansada de levantar para amamentar, porque não colocar o teu filho para dormir junto a você? Não no meio do casal, mas ao seu lado. O homem é a única espécie de mamíferos que não acompanha o filhote durante todo o período de amamentação e que não dorme junto a ele, em detrimento da imposição da falsa ideia de estimular a independência do bebê desde os primeiros dias de vida. Bebês são e devem ser totalmente dependentes da mãe e do corpo dela, afinal estão em completa fusão emocional. Após ter a base do contato com a mãe nos dois primeiros anos é que se poderá desenvolver uma verdadeira autonomia sadia. Aproveite esse momento, pois passa muito rápido e ninguém se torna eternamente dependente porque ficou muito nos braços, mas o contrário sim, aquilo que não foi satisfeito na infância fica suspenso no futuro. Os mais importantes estudiosos vanguardistas da psicologia infantil do mundo dizem que os bebês devem dormir nos braços da mãe e, que a partir disso, tudo flui com muito mais harmonia.
6 – Até os 6 meses de vida a amamentação é exclusiva, o leite materno sacia a fome e a sede, não é preciso dar água ao bebê. Mas a partir dos 6 meses começa o desmame. Algumas pessoas introduzem as frutas no quarto mês a as papinhas no quinto, mas tenha muita paciência com o seu filho, não precisa ter pressa, ele precisa assimilar os novos gostos e tornar os novos hábitos um prazer, para que não criem conflitos na fase oral. Faça ele experimentar uma verdura por vez na papinha, depois comece a combinar, mas não exija que ele coma tudo, como uma obrigação. Ele vai comer quando você também sentir o alimentá-lo como um prazer e não como uma obrigação.
7 – Até o primeiro ano de vida o leite materno deve ser o alimento principal, então não use a alimentação do seu filho como elemento para criar conflitos, deixe que ele descubra os alimentos, as frutas, os gostos. Não dê alimentos artificiais e com conservantes. Existem alimentos que substituem a carne vermelha e são cheios de proteína. E se você ainda o amamenta e dá outros alimentos, para quê dar leite artificial? O ser humano não precisa do leite de supermercado e nem de outros animais em sua alimentação.
8 – O organização mundial da saúde (OMS) indica que a criança seja amamentada até completar 2 anos de idade, mas cada mãe deve ter a sensibilidade para intuir o momento adequado em torno a essa idade para tirar completamente o peito e o leite, pois se ela deixar passar o “time” justo, a retirada pode ser muito difícil e conflituosa, mas se fizer antes do momento em que o bebê está preparado pode representar uma trauma para ele, e gerar um sentimento de abandono afetivo.
9 – Os bebês babam e colocam as coisas na boca devido a fase oral, que vai até aproximadamente os 18 meses, segundo a teoria Freudiana do desenvolvimento psicossexual infantil. Para se alimentar os bebês irão sempre preferir o seio materno, ele sim está diretamente relacionado ao reflexo da saciedade da fome e da sede e também representa o aconchego e a segurança materna, então quando seu bebês te olha comendo, não é porque é guloso e está interessado no gosto da comida, pois ele nem sabe que aquilo é comida. Ele quer experimentar as texturas dos objetos que estão a sua volta, ele não sabe o que é alimento e o que não é, então pare de chamá-lo de guloso, ele é somente um bebês querendo descobrir o mundo através da boca.
10 – Com 1 ano, ocorre a anorexia do 1º ano. Muitos bebês começam a preferir só alimentos sólidos, rejeitam a papinha em forma de creme (sobretudo os que estão colocando os dentinhos) e muitos nem querem comer, se voltando só para o peito novamente. Isso não é um retrocesso, mas uma reação ao início da descoberta de ele não é uma continuidade da mãe e a negação por separar-se dela. Tenha paciência, não obrigue seu bebê a comer, tenha criatividade, faça comidinhas gostosas, diferentes, com mais gosto e saudáveis e deixe ele continuar mamando o quanto quiser para que se sinta seguro da relação de vocês dois e assim não causar ansiedade. Não crie conflitos e não compita de modo algum. Para os bebês é uma tempestade de mudanças e estímulos novos, ele precisa de tempo para assimilar tudo. E não esqueça, consulte sempre um psicólogo de família ou infantil, ele é quem entende os processos mentais, emocionais, comportamentais ligados a educação do bebê, enquanto o pediatra cuida da parte física.
11 – Os bebês não fazem do peito da mãe um bico, não desvalorize assim o seu peito. Eles precisam de um estímulo oral para dormir, é natural essa solicitação, é prazeroso e, ao mesmo tempo, eles se alimentam da energia afetiva da mãe. Quem não tem o peito se contenta em adormecer com o bico. Os bebês são muito incompreendidos e criticados, a ciência ainda tem muito a descobrir sobre a mente infantil, sobretudo do recém nascido, não crie seu filho com críticas e julgamentos.
São pontos a refletir para se dar o melhor a quem está aprendendo a viver. Os bebês precisam entender que o mundo não é hostil e competitivo (ao menos nesse momento não mesmo), para poder aceitá-lo e chegar nele com vontade e serenidade. Não economize amor.
Cintia Liana Reis de Silva, psicóloga, especialista em psicologia de casal, família, infância e adoção, seu blog recebe mais de 15.000 visitantes ao mês, o http://www.psicologiaeadocao.blogspot.com.
[Título em italiano: 11 cose che nessuno ti ha mai detto sull'allattamento e lo svezzamento]
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