"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

sábado, 22 de outubro de 2016

Lugar de bebê é no colo!

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23 de novembro de 2015
Por Fernanda Fock
Site "se as mães soubessem"
Um dos mitos mais difundidos da maternidade é que colo demais ‘estraga’, mal acostuma e mima o bebê. Infelizmente, ainda é comum ouvir discursos como este, especialmente quando a mãe recém pariu o seu bebê. Mas tranquilize-se, ninguém estraga por dar amor demais, carinho demais, muito menos colo demais.
Assim que nasce, o bebê se depara com um mundo completamente diferente daquele que ele conhece, com novas sensações dentro e fora do seu corpo. Tudo é uma grande novidade, o estômago digerindo, o intestino funcionando, a fome, o sono, a luminosidade, os sons que nunca ouviu, etc.
Talvez, se tivéssemos a memória dos nossos primeiros dias, seria mais fácil entender o que se passa na percepção dos bebês. É preciso apoiá-lo nesta descoberta do novo mundo. Mostrar para ele que aqui fora pode ser tão confortável quanto dentro na barriga da sua mãe, que aquelas sensações que davam prazer, conforto e segurança podem ser simuladas em sua adaptação para a nova vida.
Aliás, por isso mesmo que bebês pequenos são chamados de “bebês de colo”. Porque o colo é uma necessidade para o bebê. Os bebês humanos nascem completamente dependentes de seus pais. São os mais indefesos entre todos os mamíferos e precisam sentir-se acolhidos, seguros e guiados por seus pais.
A teoria da extero-gestação, apresentada pelo antropólogo Ashley Montagu popularizada pelo pediatra Harvey Karp, afirma que os bebês humanos nascem antes de estarem totalmente prontos ou maduros. A teoria descreve que ao longo da evolução do ser humano, para que ele pudesse caminhar, houve transformações fundamentais, dentre elas o estreitamento do osso da pelve por onde os bebês passam ao nascer. Portanto, se aguardássemos o desenvolvimento completo do sistema nervoso, cerca de mais três meses, não haveria espaço suficiente para a passagem no nascimento.
Como a própria palavra sugere, extero-gestação significa que o bebê continua a se desenvolver, porém fora do útero. Ele precisa vivenciar um ambiente acolhedor, que traga as mesmas sensações de segurança do ambiente intrauterino, para continuar em pleno desenvolvimento. Sentir-se seguro é fundamental para o bebê e a segurança pode ser promovida através do colo, do contato pele a pele, do som do coração, do acalento, da amamentação em livre demanda, da canção de ninar, da massagem, etc.
Tudo o que os bebês precisam é de muito amor e apoio nessa transformação de vida. Se carregar o bebê cansa seus braços, utilize um sling para mantê-lo próximo. Inspirados em carregadores de bebês tradicionais de diversas culturas, o uso destes carregadores de pano permite que o bebê permaneça em contato direto com seu cuidador pelo máximo de tempo possível, como se estivesse dentro de uma bolsa de canguru.
Essa proximidade promove uma interação mais sutil, facilita a comunicação do bebê com o pai ou mãe, fortalece os laços afetivos, tranquiliza o bebê e para o cuidador é uma maneira confortável de estar com o bebê e com suas mãos livres.

Fernanda Fock
Fonte: http://seasmaessoubessem.com.br/2015/11/23/lugar-de-bebe-e-no-colo/

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