Este blog me traz muito presentes e mais um deles foi a amizade da psicóloga Ana Paula Ribeiro que fez contato comigo falando do lindo projeto do qual faz parte, da ONG Associação Santos Inocentes/Cidade da Criança.
Localizada na Cidade de Irati, Paraná.
Um projeto que merece ser conhecido.
A descrição dele me foi enviado por ela, assim como as fotos.
Vamos conhecer?
A psicóloga Ana Paula Ribeiro
Apadrinhamento
Afetivo:
O Afeto que
transforma a Vida
O Afeto que
vai além das paredes do acolhimento institucional.
Projeto
Padrinho do Coração
O
acolhimento institucional de crianças e adolescentes é uma medida de proteção
que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei Federal
8069/1990), deve ser de caráter provisório e excepcional. Porém, antes da Lei
12.010 de 29 de julho de 2009, rubricada como nova Lei da Adoção, observava-se
que esse caráter provisório nem sempre se fazia real, ocorrendo casos em que a
criança ou o adolescente permanecia por vários anos na instituição de
acolhimento (IPEA, 2004). Pensando em uma forma de minimizar as possíveis
consequências negativas que esta situação acarretaria, foi (re) implementado, na
Associação Santos Inocentes/Cidade da Criança, Irati/Paraná, o Programa
Apadrinhamento Afetivo. Este teve início no ano de 2014, por iniciativa da
Equipe Técnica desta Organização Não-Governamental, composta na época pela
Assistente Social Maria Helena Orreda e pela Psicóloga Ana Paula Ribeiro e,
solicitação da Direção da entidade. Seu principal objetivo é garantir às
crianças e adolescentes acolhidos a possibilidade de convivência familiar e
comunitária prevista no art. 4º, do Estatuto da Criança e Adolescente, o qual
afirma que:
É
dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.
Neste
sentido, o Projeto Padrinho do Coração visa proporcionar experiências e
referências afetivas fora do contexto do acolhimento institucional, ou seja, os
acolhidos que fazem parte do projeto tem a oportunidade de vivenciarem
situações do cotidiano além das paredes da instituição. Ter adultos
significativos é fundamental na vida de qualquer criança ou adolescente,
especialmente daqueles que passaram por violações promovidas por aqueles que
deveriam exercer principalmente o cuidado e/ou zelo. Sendo assim, a existência
de projetos de apadrinhamento afetivo que promovam a convivência com adultos e
exponham os acolhidos ao Mundo externo (retirando-os por um período do contexto
do acolhimento institucional) é essencial.
Critérios: Detalhes que fazem a diferença !
No Projeto de Apadrinhamento Afetivo realizado
pela Cidade da Criança qualquer pessoa que tiver mais de 21 anos, porém respeitando a
diferença de ter 16 anos a mais que a criança ou adolescente, ter
disponibilidade para participar efetivamente da vida do afilhado, participar das Oficinas e Reuniões
com a equipe responsável pelo projeto, apresentar documentação exigida (além de
documentos pessoais, apresentar também Atestado de Antecedentes Criminais e
para Casais é necessário apresentar declaração de concordância do conjugue,
certidão de casamento ou declaração de união estável), consentir visitas da
equipe multiprofissional em sua residência e respeitar as regras e as normas
estabelecidas, então poderá apadrinhar uma criança ou adolescente, ou seja,
estará apto. A escolha é feita foi afinidade e empatia. Há uma entrevista com a
Equipe Técnica, onde as Coordenadoras do Projeto - Psicóloga Ana Paula e a Assistente Social
Elisane Aparecida Fernandes, através de uma entrevista semi-aberta coletam
dados destes futuros padrinhos do coração. O padrinho e a madrinha tornam-se
uma referência na vida da criança, mas não recebem a guarda, pois o guardião
continua sendo a instituição de acolhimento. Os padrinhos podem visitar a
criança e, mediante autorização e supervisão, realizar passeios e até mesmo
viagens com as crianças.
Os
afilhados: Buscam laços de Proteção.
Serão
apadrinhadas as crianças e adolescentes acima de 7 anos de idade que estão com
os vínculos familiares rompidos ou com previsão de longa permanência na
entidade, podendo estes estar ou não destituídos do Poder Familiar ou crianças
e adolescentes institucionalizadas a mais de seis meses, mediante avaliação da
equipe multiprofissional, visando a ampliação da rede de apoio afetivo, social,
comunitário, para além da entidade. A criança e ou o adolescente indicado para
o Projeto também são orientados sobre a proposta para poderem compreender a
diferença entre o apadrinhamento e a adoção e discutir as possibilidades de
vínculo.
Concluindo ... Construindo laços de Afeto !
O Apadrinhamento Afetivo aparece como um programa
que tem a tentativa de amenizar os efeitos trazidos pela institucionalização
acompanhando os objetivos apresentados pelo ECA, ou seja, se caracteriza pela
participação e acompanhamento do padrinho na vida de uma criança ou adolescente
em acolhimento institucional, o que lhe proporcionará uma nova vivência
familiar e de integração psicossocial, composta por apoio, carinho, atenção,
amor e além de novas experiências em família. Enfatiza-se que a proposta de
terceiros oferecerem tempo, orientação e exemplos de vida além das paredes do
acolhimento institucional é uma alternativa às crianças e adolescentes em
situação de abrigamento, proporcionando-lhes os direitos dos quais estão
privados.
Psicóloga
Ana Paula Ribeiro
Observação: O Projeto referenciado neste artigo é de iniciativa da ONG
Associação Santos Inocentes/Cidade da Criança.
Localizada na Cidade de Irati, Paraná.
O Projeto Padrinhos do Coração foi reimplantado em 2014 pela Assistente
Social Maria Helena Orreda e pela Psicóloga Ana Paula Ribeiro. Hoje a Maria H.
é voluntária do projeto. A atual assistente social que coordena juntamente com
a psicóloga chama-se Elisane Aparecida Fernandes.
Presidente: Renato Pachude
Direção: Irmã Anice Bebber
Administração:
Tatiane Maria Horst Cardoso
Na época o projeto foi aprovado pela Juíza da Infância, pelo Ministério
Público e foi apresentado no CMDCA de Irati (Conselho Municipal da Criança e do
Adolescente).
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Parabéns a todos vocês por essa iniciativa tão importante para esses menores, para terem um futuro com mais consciência da importância dos laços de amizade e de amor.
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