Foto: Cintia Liana com filhos de amigos do Grupo Psicologia e Adoção. (Fotos obviamente autorizadas pelos pais.)
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Foto: "A Gata Borralheira". Google Imagens.
Como se não bastasse pensar, têm pessoas que chegam a falar e a fazer comentários constrangedores frente a uma família adotiva.
Como profissional só não ouvi de tudo porque parece que tenho escrito na testa que amo a adoção e passo uma segurança imensa no que acredito. Mesmo assim, sempre respondo com amorosidade, porque entendo não se tratar de hostilidade, e sim, de ignorância, de falta de informação.
Darei exemplos:
"Se já é difícil criar um filho que saiu de dentro de mim, imagine um que não coloquei no mundo..."
"Tem que ter muita bondade para adotar uma criança que não se sabe de onde veio."
"A gente sabe que filho adotivo não é igual a filho biológico, não é?"
Essa eu já cheguei a responder assim:
Eu? Eu sei que filho adotivo é normalmente muito mais protegido e dizem até que mais amado que o biológico. (faço o jogo do contrario só para chocar rsrs)
"Esse é o menino que você está criando?"
"...Mas ele não é filho legítimo..."
(Legítimo vem da palavra lei e a adoção é respaldada pela lei)
"Você sabe quem são os pais?"
Já orientei gente que sofria a falar sorrindo levemente, "Sei, somos eu e meu marido."
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Foto: "A Gata Borralheira". Google Imagens.
Uma vez, uma assistente social que trabalhava comigo me falou que uma senhora ligou para o Serviço Social e disse:
- Alô! Eu quero saber como se faz para adotar uma criança.
Assistente Social respondeu:
- A senhora tem que vir até aqui, pegar uma lista de documentos, providenciar todos, voltar para entregá-los e fazer o estudo social. Depois marcará avaliação psicólógica no Serviço de Psicologia, seu processo de habilitação passará pelo Ministério Público e pelo Juiz. Sendo aprovado seu pedido de habilitação, a senhora irá esperar numa fila até ser disponibilizada uma criança dentro do seu perfil de preferência para um estágio de convivência, paralelamente serão feitas as devidas avaliações psicossociais, seguido de setença judicial, finalizando assim o processo de adoção.
E a senhora finalizou:
-Não minha filha, isso é muito complicado! Eu só queria uma menina para "passar uma vassoura" em minha casa!
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Como podemos discutir com uma pessoa que tem essa idéia de adoção?
Não discuta, não se constranja, ensine!
Por Cintia Liana
3 comentários:
Parabéns pela beleza e pelo conteúdo tão profundo do seu blog.
A idéia de adoção já é vista nos livros sagrados, Gênesis e outros, desde os primórdios dos tempos. No livro Êxodo está narrada a história de adoção de Moisés. Recém nascido no Egito , quando todos os varões que nascessem nas famílias israelitas deveriam ser mortos, foi ocultado por três meses por sua mãe que, não podendo mais o ocultar, o colocou cuidadosa e inteligentemente à beira do rio Nilo, onde a filha do faraó iria banhar-se. Encontrado por ela, foi adotado pelo faraó. O amor, o carinho, a acolhida, a adoção, reverteu em benefício da humanidade com o Moisés que recebeu os dez mandamentos e que conduziu do Egito em direção a Canaã, durante quarenta anos, mais de três milhões de israelitas. Em todos os tempos vemos histórias vitoriosas de pessoas que abriram seus corações para o outro.
Assim, Cíntia, quem abraça uma causa tão importante de facilitar, de ajudar, de encorajar, de orientar, de aproximar pessoas que precisam dar vazão a um amor tão grande que brota dentro de si e abraça o outro, um ser indefeso carente desse afeto, desse carinho, tem um mérito especial e, sem dúvidas, é uma FADINHA que faz a mágica de tornar corações felizes.
Aqueles que ainda tratam esse assunto com preconceito, se não conseguirem mudar seus paradigmas, que procurem dentro de si aquela pequenina chama de amor que ainda deve existir, lembrem-se que Jesus Cristo foi um filho "de coração "de São José, que O recebeu, O amou e O acompanhou até o dia de Sua morte para salvar a humanidade.
Cíntia Liana, parabéns pelo compromisso, entusiasmo, dedicação, carinho e amor incondicional com que trata de um assunto tão delicado e de suma importância.
Continue seu belo trabalho, linda FADINHA DA ADOÇÃO.
Um abraço. Roza
Cintia, adorei a sua idéia: ORIENTAR ADOÇÃO. Que belo trabalho você realiza. A adoção tem um caráter especial. Considero uma atitude divina. Deus nos criou para sermos felizes, e deixou em nós a capacidade para realizar a nossa felicidade, fazendo a felicidade dos outros. Você, além de realizar um trabalho grandioso através da psicologia, abraça uma causa encantadora. A causa de fazer felizes dois lados igualmente importantes: o adotando e o adotado.
Vejo em seu texto a respeito de comentários sobre adoção um espírito voltado para o amor. Amor este direcionado à felicidade de pessoas. Quem adota uma criança realiza o sonho de fazer alguém feliz e de sentir-se feliz por isto. Pouco importa se haverá percalços. Eles somente engrandecem o ato praticado.
Adotar um filho é procurar dividir alegrias e dificuldades. O mais importante é quando se olha para traz e vê o que se pode construir com amor e carinho.
Adotar é dar ao ser humano o que há de mais belo: UM LAR! E é no lar onde se divide tudo, onde se soma tudo e onde se pode sentir FELICIDADE!
Que Deus lhe dê forças e alegria para continuar nessa nobre missão.
Parabéns! José Teles
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