Projeto 21
Por Fabiana Gadêlha
Pouca gente sabe, mas existe algo a mais no universo da Adoção, idealizado para resolver a difícil equação: filhos sem família e famílias em busca de seus filhos.
Há cerca de cinco anos, quando nem se fala em Cadastro Nacional de Adoção - CNA, uma iniciativa solitária e comprometida com a inclusão familiar de quem não tem voz para gritar seu abandono, começou a ecoar e a incomodar: era a busca ativa de famílias para crianças mais velhas e com necessidades especiais.
Denominado como movimento ATE - Adoção Tardia e Especial - Carla Penteado, de São Paulo, mãe da Marcela e da Luana, resolveu fazer algo diante da inércia e do pragmatismo que via diante de seus olhos.
Tomada de paixão pelas filhas, nascidas através da adoção especial, Carla idealizou o que hoje seria o papel do CNA, que mesmo implantando ainda não apresentou resultados significativos. Ela promove a busca mais que ativa de famílias para as crianças que conhece nos abrigos de São Paulo e que toma conhecimento através de voluntários de outros Estados.
Através de uma ferramenta moderna e simples, chamada orkut, a rede social mais acessada do Brasil, ela criou a comunidade do ATE e divulga seu trabalho, cativando famílias e promovendo verdadeiros encontros de amor.
É um trabalho árduo, que envolve brigar diariamente com o descaso dos abrigos, verdadeiros depósitos de gente, com a indiferença do Poder Judiciário e das entidades de defesa da infância e da juventude com a questão das crianças e adolescentes excepcionais.
Há cerca de cinco anos, quando nem se fala em Cadastro Nacional de Adoção - CNA, uma iniciativa solitária e comprometida com a inclusão familiar de quem não tem voz para gritar seu abandono, começou a ecoar e a incomodar: era a busca ativa de famílias para crianças mais velhas e com necessidades especiais.
Denominado como movimento ATE - Adoção Tardia e Especial - Carla Penteado, de São Paulo, mãe da Marcela e da Luana, resolveu fazer algo diante da inércia e do pragmatismo que via diante de seus olhos.
Tomada de paixão pelas filhas, nascidas através da adoção especial, Carla idealizou o que hoje seria o papel do CNA, que mesmo implantando ainda não apresentou resultados significativos. Ela promove a busca mais que ativa de famílias para as crianças que conhece nos abrigos de São Paulo e que toma conhecimento através de voluntários de outros Estados.
Através de uma ferramenta moderna e simples, chamada orkut, a rede social mais acessada do Brasil, ela criou a comunidade do ATE e divulga seu trabalho, cativando famílias e promovendo verdadeiros encontros de amor.
É um trabalho árduo, que envolve brigar diariamente com o descaso dos abrigos, verdadeiros depósitos de gente, com a indiferença do Poder Judiciário e das entidades de defesa da infância e da juventude com a questão das crianças e adolescentes excepcionais.
Sem recursos, apenas com sua vontade, um computador e um telefone, ela faz verdadeiros milagres e vem cativando adeptos de todo o Brasil. Para tanto, utilizando de seu forte poder de convencimento, de sua coragem em afrontar abrigos, Promotores e Juízes, ela já fez 50 adoções especiais em 5 anos, um número motivador, considerando a realidade de um perfil ignorado pela sociedade, pela justiça e pelos próprios candidatos.
A adoção especial se tornou seu ideal de vida de outras famílias que permitiram conhecer essa realidade. O movimento do ATE não busca levantar uma bandeira para que todos os candidatos resolvam adotar uma criança especial, mas para falar de algo necessário: o seu filho pode estar escondido atrás de uma deficiência, de uma doença intratável e pode proporcionar muita felicidade e amor.
A adoção especial se tornou seu ideal de vida de outras famílias que permitiram conhecer essa realidade. O movimento do ATE não busca levantar uma bandeira para que todos os candidatos resolvam adotar uma criança especial, mas para falar de algo necessário: o seu filho pode estar escondido atrás de uma deficiência, de uma doença intratável e pode proporcionar muita felicidade e amor.
O lema do ATE é falar das circunstâncias da adoção especial, das dificuldades, sim, porque elas existem e são muitas, mas falar, também, dos aspectos positivos e da viabilidade de um encontro dessa natureza.
A proposta do ATE é viabilizar a abertura do perfil e o estudo da real possibilidade de acolher um serzinho especial. Sabemos que a adoção envolve questões que ultrapassam a limitação de um perfil, pois envolve intuição, sensibilidade, espiritualidade na concepção do encontro com o pequeno a ser recebido como filho.
Falar de crianças deficientes é um dos assuntos que mais incomoda, porque constrange, porque cobra posturas, porque confronta nossos preconceitos e medos. Para tanto, é preciso ter informação, antes, durante e após a adoção para que ela realmente seja uma adoção consciente, baseada no amor e na razão e não na piedade.
De qualquer lado que se observe os olhinhos desses serzinhos carentes de amor, pode-se perceber que eles podem ser filhos de alguém, independente de sua condição física ou intelectual. Essa prova foi tirada a partir das 50 histórias colecionadas cujas famílias ousaram reconhecer seus filhotes atrás de uma deficiência. São adoções legais, que seguiram todos os trâmites processuais e que formaram famílias conscientes e felizes.
Quem se interessa pela adoção, sente de uma forma estranha e incongruente que seu filho a espera em algum lugar, e pode ter certeza, ele o espera e por mais longo que seja esse caminho, um dia haverá o grande encontro.
Essa é a missão do ATE, propor reconhecer além da deficiência a possibilidade de adotar. Hoje, o movimento é formado por mães voluntárias que multiplicam os gestos originais de Carla, na busca dinâmica e consciente de novas famílias, em todos os Estados Brasileiros.
Fabiana Gadêlha
Um comentário:
Olá Cintia, é um prazer enorme ter encontrado seu blog. Eu sou mãe adotiva de dois meninos lindos e moro na Suíça, pertinho de você.
Queria te convidar a conhecer meu cantinho, onde conto de tudo um pouco, sobre adoção, vida de expatriada, tem de tudo...
Te aguardarei, ok?
www.contosdeumamaepandora.blogspot.com
Um abraço, Juliana
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