"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

domingo, 10 de janeiro de 2016

Não. Os bebês não são como nos é dito

We Heart it

Autora desconhecida. Texto retirado da página Facebook "Parto Normal"

Não. Os bebês não são como nos é dito
Não. Os bebês não são como nos é dito. Os bebês não gostam de dormir num berço. Rodeados por grades. Presos numa gaiola. Não. Os bebês querem dormir ao lado do corpo da sua mãe, quentes, seguros, protegidos, amados, tocados.
Não. Os recém-nascidos não querem nem sequer estar numa posição horizontal. Eles querem dormir no seu peito, na vertical, balançando-se ao som do seu coração. Horizontalizados retardam a digestão, têm vômitos, têm cólicas, assustam-se, sentem-se vulneráveis.
Não. Os bebês não se acostumam aos braços: nascem já acostumados. Desde o início sabem bem o que é bom.
Não. Os bebês não dormem toda a noite. Eles acordam a cada minuto. Para comer e para não comer. Para verificar se está ao seu lado e se se importa. Para certificar-se da sua presença, que é a sua segurança. Para tocá-la e cheirá-la.
Não. Os bebês não querem ficar sozinhos. Eles não querem perdê-la de vista por um minuto, querem estar consigo no centro da vida.
Não. Os bebês não querem brincar sozinhos num parque. Eles querem brincar consigo, sorrir, serem atendidos, treparem-te para cima, rastejarem pela sala.
Não. Os bebês não querem beber leite de outra espécie. Eles querem o seu leite.
Não. Os bebês não querem chupar todo o dia um pedaço de plástico. Eles querem chupar os seus seios, as suas pequenas mãos, os seus dedos… pele humana.
Não, os bebês não querem que os vistam, nem que lhes coloquem tecidos que picam, nem brincos nas orelhas, roupas apertadas, fitas, rendas e outras coisas irritantes. Eles querem estar nus, correndo descalços, apreciando o toque da natureza na sua pele, estar pele com pele consigo.
Não. Os bebês não querem ficar parados. Eles querem que se mova, que mexam neles, que os embalem, que ande, passeie e os leve consigo. Assim que eles podem, querem gatinhar, correr, saltar, explorar, chegar a toda a parte… Sim, os bebês são naturalmente curiosos. Eles querem e precisam tocar em tudo. Incluindo aquelas coisas que a vêem usar: controles, relógios, telefones, computadores… A sua riqueza sensorial desenvolve-se a partir daí.
Não. Os bebês aprendem o que vivem. Se estão sempre a ouvir “não”, estarão sempre prontos para dizerem não. Se tem medo de tudo, em breve terão medo de tudo.
Não. Os bebês não são macro-exigentes. Nós é que somos micro-pacientes, micro-tolerantes, micro-disponíveis e micro-respondedores.
Não. Os bebês não querem que os deixem. Eles querem ir consigo a todos os lugares, você é o seu exemplo, a sua segurança, a sua referência, o seu único universo.
Goste ou não goste, assim são os bebês humanos, primatas, mamíferos. Se quiser confirmar, basta ter um. Nenhuma outra espécie desconhece e prejudica tanto as suas próprias crias. Se queremos um mundo um pouco mais humano, faríamos bem em entender isto. Não é como nos disseram “Eles são infinitamente melhores e mais inteligentes.” Quem quer que visse estes filhotes diria: que espécie tão avançada! E como é que eles se tornaram no que são? 
(Autora desconhecida)

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