Um excelente método fenomenológico terapêutico para a cura de toda a família e das futuras gerações.
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Por Marcia Moss
Rio de Janeiro, 2011.
O que descrevo é ‘“uma colagem”,
fragmentos de diversos textos de livros, falas ou notas de cursos de minha
Formação em Constelação Familiar e Sistêmica com Peter e Tsuyuko Spelter e com
Bert Hellinger no Seminário de Lindoia-SP, em 2009.
Bert Hellinger, alemão,
hoje com 85 anos, filósofo e terapeuta, desenvolveu um método ou técnica de
acessar o inconsciente pessoal e coletivo através de procedimentos em grupos
terapêuticos. Deu-lhe o nome de Constelação Familiar (desde 1980), depois de
Movimentos da Alma e agora o chama de Movimento do Espírito – Hellinger Science
– uma Ciência dos Relacionamentos, junto com Sophie Hellinger.
Tem mais de um milhão de exemplares
de seus livros editados pelo mundo. Veio ao Brasil, pela primeira vez, em 1998.
Realizou Seminários de uma semana em Goiânia 2006, em Lindoia-Sp em 2008 e
2009. Seus livros são filosóficos e a CONSCIÊNCIA é seu tema para os
ensinamentos. Todo o seu trabalho é filmado em DVD.
Denominou também que seu método é
fenomenológico e que não se trata de interpretação das conclusões, mas de “ver”
algo acontecendo.
Através de uma frase-tema e um mínimo
de informação sobre o cliente a condução do trabalho desencadeia no ambiente do
grupo coisas extra-ordinárias. Na Constelação o grupo é conectado a favor da
“alma“ do cliente. Os temas-conflito revelam no desenrolar da Constelação
aprendizados que servem à atuação de profissionais das mais diversas áreas
principalmente médicos, terapeutas, advogados de família e juízes.
AS ORDENS DO AMOR NA FAMÍLIA
Bert Hellinger descobriu, através do
método, repetido milhares de vezes, e documentados em DVD, que o clã familiar
através de gerações, segue o que denominou de “ordens do amor na família”.
Essas três ordens em ação nos clãs,
através de gerações, exigem coesão e sobrevivência. Sinta que ao ler isso somos
uma prova do que nossos antepassados fizeram. De outro modo como estar
conectado agora ao que está lendo?
Hellinger observou em cada clã as
ordens que são necessárias e repetidas ao longo dos anos em todos os grupos
familiares. São elas: o pertencimento, a hierarquia e o equilíbrio.
No Pertencimento, perpetuado pelos
vínculos afetivos, por amor profundo, cada clã ou grupo familiar exige que
todos os seus membros tenham o mesmo direito de pertencer. A ordem “oculta” ou
inconsciente do clã exige compensação caso haja desordem e exclusão. Então, os
excluídos, negados ou esquecidos devem ser representados nas gerações
posteriores. A justiça não interessa à alma do clã. Uns irão tomar o lugar do
excluído e farão igual na geração posterior. Aí está o destino.
Na Hierarquia do clã ninguém pode
tomar o lugar do outro. A ordem é sempre dos mais antigos para os mais novos.
Não se pode inverter a ordem na família e os mais novos não devem tomar a si as
dores dos mais antigos. Isso enfraquece a alma dos antecessores. A desordem
assim estabelecida traz desequilíbrio e doenças. Essa compensação pode atravessar
de três a quatro gerações com os mesmos distúrbios.
O Equilíbrio no clã é restabelecido
quando o sistema fica estável e quando o dar e o tomar se equilibram. O certo é
que os pais dão e os filhos tomam – aquilo que querem. A arrogância dos filhos
para com os pais não ganha sentido positivo nas suas realizações de vida.
Fracassam e exigem um peso por demais excessivo.
Quando os pais dão a vida e tudo o
mais os filhos tomam e agradecem e seguem adiante – isso libera. Mas o dar
sempre deve ser dos mais velhos para os mais novos.
Quando há desequilíbrio na família
temos uma má consciência quando nos separamos da família – sofremos e não
sabemos por quê. Porém sentimos boa consciência quando estamos unidos. Para
equilibrar a boa e a má consciência compensamos com ações boas ou más ações –
tem um preço.
No casal os parceiros ficam juntos
quando o dar e o tomar são equilibrados pela compensação. Um dá, o outro recebe
e dá um pouco mais. O que recebe, toma e devolve um pouco acima do que tomou.
Desse modo o equilíbrio se restabelece. O sistema fica estável. Não se aplica
porém nas parcerias amorosas a mesma lei dos pais para os filhos.
O conhecimento consciente dessas
ordens traz conforto e bem-estar. Com o pertencimento ficamos inocentes e
estáveis. Observem que quando o sistema está instável as crianças sentem, e
dizem – e o mais das vezes – sem dizer agem dentro da ordem das compensações:
“deixa que eu sinta por você”; “deixa que eu morra por você”; “eu vou partir no
seu lugar!”.
Um garoto de seis anos, com o pai no
CTI, ao ver os membros da família fazerem fila para a doação de fígado para o
pai se coloca também na fila. A avó diz: Não, aqui não é o seu lugar. Essa é
uma fila de adultos. Você é uma criança. O sistema estava instável. A criança
dá um passo à frente e se oferece. Diz a avó que se lembrou de uma palestra
sobre Constelação e que isso serviu para recolocar um inocente no lugar que é
dele. Ele se acalmou.
MAS AFINAL O QUE É UMA CONSTELAÇÃO
FAMILIAR?
A Constelação familiar é um modo
terapêutico de impulsionar uma ação de “ordem” no clã, pois mostra qual o lugar
de cada um. Não é ditame, coerção nem regras fixas, mas sempre será com amor
profundo. Cada um junto com seu clã. Exerce uma profunda mudança no padrão
“oculto” do cliente e que o faz sofrer. O método recoloca o amor de cada membro
da família no seu lugar e por isso tira um peso da alma de quem carrega funções
que não lhe competem na hierarquia. Os ancestrais, na Constelação, reconquistam
o seu lugar e liberam os familiares posteriores para viver o mundo.
O método fenomenológico da
Constelação pode ser considerado como uma “cirurgia espiritual” e devem ser
aplicados em situações-limites, momentos críticos e difíceis. Seu método de
representantes de membros da família do cliente inicia um "movimento"
no campo anímico. Um sistema, e o clã é um sistema, só se modifica através de
uma ação externa. A Constelação propicia o início dessa ação. Ela tem como base
o amor e a percepção de algo significativo. Uma constelação familiar revela os
vínculos de destino.
O trabalho realiza-se em uma única
sessão e seu resultado aparece imediatamente na consciência do cliente
determinando uma mudança imediata da percepção do tema do conflito. Pode ser
realizada em grupo ou no consultório – individual.
“A solução de problemas psíquicos
associa-se à descoberta das ligações da alma, em conexão com as ocorrências e
os destinos familiares e com os grupos e os contextos maiores que os abrangem”
(Jakob Robert Schneider)
QUEM PERTENCE À MINHA FAMÍLIA?
Os bisavós, os avós, os pais e
filhos; Os irmãos e meio-irmãos; Os tios; Os que não nasceram por abortos
espontâneos ou provocados – não há julgamento; Os mortos por acidentes funestos
advindos de acidentes; Os esquecidos e excluídos (alcoólatras, assassinos,
drogados).
COMO E QUANDO ME SERVE UMA
CONSTELAÇÃO FAMILIAR?
Algo nos atormenta repetidamente,
doenças súbitas, alguém da família enlouquece e ficamos instáveis... Planos de
vida fracassam... Os filhos só brigam entre si e comigo... Depressão e luto...
Não consigo vender o terreno... tenho muito medo de me suicidar...
Como assim? Mas o que é isso?
Assim. O cliente que pede uma
Constelação está em uma situação-limite. Irá dizer em uma frase o que deseja e
qual o seu tema ao Constelador. Estará sentado ao seu lado e o grupo de
voluntários espera. Pessoas do grupo são chamadas para representar os membros
da família do cliente, se quiserem. O grupo não fala nem participa do processo.
O cliente posiciona esses representantes no espaço central do grupo. Essa
posição revela como o cliente vê seu clã familiar EM SEU INCONSCIENTE.
O Constelador ou Terapeuta observa as
ações dos representantes que se movem ou não, e expressam corporalmente o que
está se passando com eles. Nada mais é dito ou descrito pelo cliente que apenas
observa também. Os movimentos dos representantes mostram, espacialmente, as
dificuldades e seus sentimentos. (um olhar do representante do cliente expressa
a sua raiva em direção ao pai, dificuldade de olhar a mãe, sinais de
superioridade, de arrogância para os mais antigos, etc.)
Através de alguns rituais o relaxamento
ou alívio acontece no campo de “energia” quando alguns gestos, orientados pelo
Constelador, são realizadas pelo representante do cliente. Em geral, com
algumas frases muito simples e breves: “Sim”; “Obrigada”; “Por favor”; “Querido
papai”; "Querida mamãe”; com uma reverência profunda ou uma leve
inclinação da cabeça aos nossos antecessores, sem julgamentos, com amor. Coisas
que não fazemos habitualmente...
Nada é interpretado durante o
processo. Não há julgamentos. O grupo não dá palpites ou conversa. Apenas
assiste e dá suporte na energia. Por isso é chamado de método fenomenológico,
Uma manifestação que aparece e desaparece. A “alma” do cliente entende e se
sente aliviada. Algo se “movimenta” no campo representado. Muda o foco e a
configuração. Mostra o novo e o antigo em conjunção para uma solução da
situação-limite. “UNE O QUE ESTAVA SEPARADO” (Bert Hellinger).
É científico? Sim ou não? Devemos
falar ou escrever a mesma coisa dizendo que é baseado na física quântica? Na
memória celular? É DNA? (o que é isso?) Na teoria do cientista biólogo Rupert
Sheldrake? Ok serve também. A Constelação se mede apenas pela solução: Melhor
ou pior?
A consciência é diferente para cada
campo familiar ou clã. Mas no “campo” tudo se repete sempre, como hábito para aprender
e como sobrevivência. (ref.: Rupert Sheldrake - livro “O renascimento da
natureza”).
Um “campo morfogenético” ou sistema
só se modifica quando algo vindo de fora interfere e introduz uma ação. A
Constelação é um momento fugaz dessa interferência, porém duradoura.
O método da Constelação é algo
atemporal. Os processos dos grupos familiares raramente podem ser impedidos de
forma racional. Não há controle possível.
ENSINAMENTOS DA PRÁTICA DAS
CONSTELAÇÕES
Os Bloqueios, As Doenças ou
Distúrbios
Nessa prática, documentada em DVDs,
Hellinger sistematizou um modo de ver os distúrbios e as doenças. Observou que
as dificuldades e conflitos são da família, na comunidade de destino onde
nascemos e estamos, portanto sempre “emaranhados” nessa história. A história de
cada um dentro do contexto peculiar.
As doenças são olhadas como sinais de
“desordem” na alma da família. Alguém está fora de seu lugar. A mesma dinâmica
básica dos sintomas dos distúrbios resulta em diversas doenças. Não interprete
como DNA, não conclua como “Ah! Tá bem. É assim mesmo” e não diga que não tem
importância. As ordens do amor dizem respeito a cada um de nós que lê esse
artigo.
Na Constelação o que se aprende é que
todo distúrbio procede de um nível espiritual. O que acontece são processos
inconscientes, ocultos, invisíveis e imateriais.
A manifestação do distúrbio
representa uma parada do fluxo energético e o órgão atingido mostra o tipo de
bloqueio. O bloqueio aparece em geral entre dois a quatro anos após o distúrbio
espiritual (perdas ou fracassos no sistema). O órgão corporal atingido está em
conexão com alguém excluído, não reconhecido e o órgão então trabalha em dobro
- por dois ou três excluídos (ele estressa - entra em falência). Se olhar com o
coração vê que o órgão está em outra dimensão mais alta. Não há desconexão
entre a pessoa, seu distúrbio e o sistema familiar. E não pode haver mesmo.
Somos uma ressonância de nossas experiências. Em geral tais distúrbios
apresentam saídas tais como: muito trabalho e agitação, na profissão pela
dedicação extremada; com a racionalidade pensando muito...; ou com negligência
corporal... Ou ainda na supervalorização... Na depressão e melancolia.
O que está escrito a seguir são
“notas” do livro “O amor do espírito” de Bert Hellinger e dos ensinamentos do
Seminário de Lindóia, 2009. Terapeutas de família “sabem“ “sentem” “já viram”
“lembram”... São fenômenos que ocorrem nas Constelações e foi observado
repetidamente, que:
A GAGUEIRA - São duas pessoas
tentando falar ao mesmo tempo; distúrbios da fala mostram atitudes
conflitantes; existe um segredo na família. Significa que alguém foi mantido em
segredo; não podia estar presente ou não teve a palavra. O gago olha primeiro
para um lado, como que perguntando se pode falar.
ALCOOLISMO ou DROGAS - Esse é um
assunto que tem a ver com as mulheres; O que falta ao filho ou filha? Algo
falta = o pai. Pergunte-se: o que leva o homem ao bar? Hellinger aconselha a
terapeutas que quando quiserem ajudar um alcoólico ou drogado acolha o pai do
cliente no seu coração. A solução, nas constelações, é que o pai seja trazido
de volta respeitado e considerado – mesmo bandido – não há julgamento. Um homem
que tem a rejeição e desprezo de sua mulher. ... Será que uma mulher
(terapeuta) pode ajudar um alcoólico? Onde o pai é desprezado pela mulher aí a
criança é levada para o vício.
PSORIASE – DERMATITES – HERPS - Um
parceiro anterior fica de mal com a pessoa e o sentimento ruim é deslocado para
um filho do segundo casamento e esse filho tem dermatites. Então como fazer as
pazes com esse parceiro abandonado? Na Constelação a representante da segunda
mulher deve pedir pelas suas crianças - "olhe com benevolência para os
nossos filhos”
TRANSPLANTES - O órgão transplantado
não morreu, pois senão como poderia entrar e funcionar em outro corpo? A doação
liga as duas famílias - do doador e quem recebe. Nas Constelações os
“representantes” dos órgãos gritam... Observe uma cena de sala cirúrgica. Volte
sua imaginação para cenas primitivas de canibalismo. O que sente? No
canibalismo comer os órgãos dos inimigos de guerra trazia força e coragem aos
vencedores. Não julgue. Era uma homenagem.
Quanto à doação de sangue: parece que
como é renovado freqüentemente há menores conseqüências, mas já foi observado
mudança de personalidade.
A PSICOSE – ESQUIZOFRENIA –
BIPOLARIDADE – Hellinger diz que “todos nós somos psicóticos”. Chamar o outro
de psicótico nos qualifica como incluídos e excluímos o “louco”.
Observa-se sempre na Constelação que
houve uma cena violenta e há um assassinato na linhagem dos ancestrais da
família do pai ou da mãe. Sempre aparece um agressor e existe a vítima. O
cliente “psicótico” que apresenta os sintomas ou distúrbios exerce ambos os
papéis alternados – e mostra que a paz não foi selada nas gerações anteriores.
O distúrbio pode passar de geração em geração. Nos grupos de constelação “o
agressor” e a “vítima” demonstram desagrado com a vingança desejada por ambas
as famílias. A solução e o alívio acontecem quando a vítima concorda com uma
frase dita pelo agressor: “Sinto muito”. Isso libera as famílias do peso da
vingança.
A EPILEPSIA - Há um impulso assassino
em direção a membros da família e a convulsão impede o impulso.
OBESIDADE – o terapeuta corre perigo.
Está entre a mãe e o cliente. E essa posição é inviável (vejam o DVD do
Seminário com Bert Hellinger sobre Saúde e Doença – Ed Atman)
DESTINOS, PROFISSÃO E SUCESSO
NA PROFISSÃO EXERCIDA TODO O PASSADO
SE REVELA
Por quê? Porque talentos e
habilidades são herdados – são heranças, são “dons”, presentes de nossos
antepassados (gostamos de ser o que somos por nós mesmos. Os pais gostam disso.
Sim, houve empenho, mas olhe à volta. Estamos sós?)
Quando o trabalho é um peso ou
alegria? Quem pode viver sem sucesso? Quem não tem sucesso como se sente?
Depois do sucesso o homem pode alimentar a família; o homem foi feito para isso
– sem julgamentos, olhe à volta.
Como se sente o homem em casa e a
mulher trabalhando?
Para o homem o trabalho vem em
primeiro lugar (as mulheres pedem o impossível – que o homem coloque a família
em primeiro lugar ) – eles concordam, mas sabem que o trabalho é mais
importante; sabe que pode alimentar e ter a sua família. E até várias famílias!
As mulheres sabem disso. Pergunte se gostam de ter o homem sem trabalho em
casa.
O DINHEIRO
O dinheiro deve ser empregado a
serviço da vida, pois o dinheiro é uma imagem da vida e quem desrespeita o
dinheiro desrespeita a vida. O dinheiro é sempre representado nas Constelações
por uma mulher – por quê? Porque o dinheiro é fértil.
O sucesso dos negócios e na profissão
vem com a bênção da mãe. Sem isso só há fracassos, pois o dinheiro tem a imagem
da mãe; quem rejeita a mãe permanece pobre.
A mulher segue o marido e o homem
serve ao feminino; nas organizações quando a mulher organiza e o homem segue,
dá errado. Um genro que usa o dinheiro do sogro em geral leva o negócio à
falência. O homem que vai morar na casa dos pais da mulher em geral leva o
relacionamento ao fracasso. Pois é.
O dinheiro é adquirido através de
algo que fazemos; dinheiro vindo pelo nosso empenho nos faz feliz e serve a
vida, mas, como a vida, o dinheiro quer ser gasto a serviço da vida. O dinheiro
herdado não foi por empenho ou trabalho - por isso acontecem falências. É mais
fácil de gastar.
Por isso despedir-se do campo da
pobreza e movimentar-se em direção ao campo da riqueza é uma conquista
espiritual.
E o Movimento do Espírito, aquele do
título inicial? Para mim aparece quando os representantes da família do
cliente expressam exatamente os sentimentos dos seus membros sem nada saber do
cliente e de sua história pessoal!
Muito obrigada pela sua atenção. Quem
leu até agora já sabia disso tudo.
Marcia Moss
Referências:
Hellinger, Bert “O amor do espírito”
Editora Atman (veja livros, artigos e DVDs)
A base desse artigo foi inicialmente
preparado para uma palestra sobre Universo do Corpo no Século XXI: abordagens
terapêuticas funcionais e expressivas, na Casa do Rio, de Martha Zanetti.
Fonte: http://constelacaofamiliar.com.br/index.php/artigos/141-o-movimento-do-espirito-na-constelacao-familiar
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