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Por Ana Maria Morateli da Silva Rico
família nuclear clássica como era conhecida, quer sejam, pai, mãe e filhos, está em plena transformação há algum tempo. Como fato comprovado, o número de divórcios por ano quase se iguala ao de casamentos efetuados no mesmo período. O aumento de separações por motivos vários, faz parte de uma triste realidade que causa profundo impacto nos filhos.
Apesar disso e, pelo fato de ter se tornado uma situação mais comum dentro dos lares, a criança tem maior facilidade em encontrar outra também de pais separados, favorecendo a troca de sentimentos e funcionando como suporte emocional uma da outra.
Com o tempo e após se refazerem do doloroso processo de separação, os pais começam a dar continuidade à própria vida pessoal. Muitos conhecem um novo parceiro e iniciam uma vida conjugal sólida e amorosa. Por vezes, ainda, o novo parceiro também traz seus próprios filhos da união anterior, aumentando consideravelmente a família.
Desta forma, todos os envolvidos direta ou indiretamente, terão que se rearranjar a fim de que se faça um lugar físico e emocional para todos. Não é fácil, pois há muito a se considerar. Se para um adulto é complicado, imagine para crianças de diferentes idades e fases de vida.
Primeiramente e, se possível, civilizadamente, ao perceber que se trata de uma ligação estável e duradoura e que de fato a pessoa fará parte da família, deve-se conversar com o ex-cônjuge, da melhor maneira, para que possa se tornar uma aliado e ajudar no momento de dar a notícia para a criança.
Esta atitude demonstra respeito e compreensão para com os sentimentos dela. Importante é não julgar a reação que tiver, pois é uma situação delicada e complexa, devendo dar-lhe tempo para que possa refletir e assimilar a grande novidade.
Em segundo lugar, vem a participação para o filho. Há de se ter tato, pois é difícil para ele incluir um estranho no lugar que é da mãe ou do pai. Dependendo com quem a criança vive, pode manifestar maior ou menor sentimento de rejeição, ciúme e ou raiva, pois teme deixar de ser amada por aquele que está vivendo com os filhos do novo par.
Tolerância, compreensão e amor devem ser redobrados, para a criança se reassegurar de que é amada e de que será bem recebida na nova família. Mas, em nenhum momento, abrir mão da imposição dos limites para não se perder de vista as regras familiares e sociais, que devem nortear a educação infantil.
Ana Maria Morateli da Silva Rico
Psicóloga Clínica
Postado Por Cintia Liana
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