"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

quarta-feira, 7 de março de 2012

Reflexão

Google Imagens

Por Daniela Santos

Se a mulher não adota em seu coração a criança que pariu o filho não nasce, apenas aparece no mundo e ela não se torna mãe, apenas puérpera (mulher que pariu).

Sinônimos para adotar: escolher, preferir, aceitar, assumir, aprovar, tomar, admitir, receber, reconhecer.

Me causa estranhesa homens e mulheres ainda hoje discriminarem, ainda que "sem querer" ou sem perceber, o fato de alguém ou algum casal adotar uma criança e tornarem-se mãe, pai e filho desta forma e não através dos laços de sangue, da famosa barriga.

Uma mulher criou, educou, ensinou, cuidou e amou uma criança por 12 anos e, por voltas que a vida dá, acabou descobrindo que aquela criança não saiu de sua barriga, foi trocada na maternidade. Perguntas: a criança deixa de ser filha daquela mulher? A mulher deixa de amar a criança após descobrir que não é de seu sangue? A mulher deixa de ser mãe daquela criança?

A sociedade é que deve dizer se uma mulher que adotou e uma criança adotada são mãe e filho? Ou pai e filho? Ou mãe, pai e filho? Ou mãe, mãe e filho? Ou Pai, pai e filho?

A mesma sociedade que discrimina uma pessoa somente pela cor da pele? A mesma sociedade que diz que o homem que trai é um garanhão, no máximo um mulherengo e a mulher que trai é tida como o mais inferior e baixo dos seres? A mesma sociedade que diz que homem não chora e que o lugar da mulher é no fogão?
Talvez enquanto seres humanos não tenhamos tanto assim a evoluir, mas enquanto homens e mulheres há muito o que se melhorar, na verdade HUMANIZAR.

*Daniela Santos é enfermeira e mãe de dois filhos adotados.

Postado Por Cintia Liana

2 comentários:

Claudia Martins disse...

A minha esperança é que de alguma forma, voluntária, involuntária ou obrigatória, a humanização se faça presente, tá difícil conviver com seres humanos tão mesquinhos e pequenos.
Socorro!!!!!!!!

Xale disse...

È uma pena que nos dias de hj ainda vivemos entre tantos preconceitos e pessoas mesquinhas, eu acho um absurdo quando se referen a minha filha como, "filha de criação", "pegou pra criar", ai me da vontade de gritar, mas eu respiro fundo, penso comigo, são pessoas de espirito tão pequeno, não sabem o que falam.