"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

sábado, 16 de julho de 2011

Aparecida Petrowky atua em peça sobre adoção e fala como foi adotada na vida real

Aparecida Petrowky

Talentosa, a atriz acaba de entrar para o elenco da peça paulistana “Meu filho sem Nome”, com texto de Izilda Fontainha Simões e adaptação de Marcelo Romagnoli. Entre os ensaios, conversou com exclusividade ao Yahoo! e falou sobre carreira, fama e boatos de que seu romance é fake. “Esse não é meu perfil. Seria muita baixaria”, garantiu.

YAHOO!: Você está na peça “Meu filho sem Nome”, em São Paulo, que fala sobre adoção. Por ser adotiva na vida real, como é reviver essa experiência no teatro?
Minha personagem é uma jovem que se casa, quer construir uma família e não pode ter filhos. Ela encontra com a outra protagonista, que abandona o filho. Fazendo esta peça, que também é baseada em uma história real, acabo trazendo alguns sentimentos. Não sobre minha experiência, mas sobre a minha mãe adotiva, a Vera, que morreu. Lembro de algumas coisas pelas quais ela passou, como a sombra de a mãe biológica querer tomar o filho de volta...

YAHOO!: Na infância, como você encarava o fato de ter duas mães?
Minha vida foi muito feliz, não tive problema algum. A mãe que me criou falava: “você é uma menina especial, tem duas mães”. Contaram quando eu tinha cinco anos. Na verdade, minha mãe biológica não me abandonou. Ela me deu para minha tia... (Pensativa) É uma confusão tão grande que daria um livro (risos). Ficava uma semana com uma e, nos fins de semana com a outra. Cresci assim, dividida. Mas com o carinho em dobro, das duas.

YAHOO!: Em que você acha que esta criação contribuiu para a Aparecida que conhecemos hoje?
Acho que a determinação e responsabilidade com a minha vida. A Vera tinha uma situação financeira muito boa e a outra família era mais simples. Extremos demais! Ela me dava mesada, passeios, dinheiro no aniversário e depois falava “lembre-se que sua família não tem nada”. Aí eu comprava presente para meus irmãos, fazia compras para casa. Aos 15 anos, eu queria ir para a Disney, mas ela dizia “lembre-se...” (risos). Sempre tive responsabilidade, essa foi a maior herança que ela me deixou.

YAHOO!: Além desse episódio, lembro que você foi ao programa“Altas Horas” e chorou por estar no programa. Acha que está acostumada com a fama e exposição?
Confesso que é muito difícil e não estou 100% acostumada. Ainda estou me adaptando a tudo isso, sabendo como lidar. Mas deixo claro que não vou mudar meus princípios e sempre manterei a minha ética. Muita gente fala que eu só fiz uma novela, mas sou formada em fisioterapia, artes cênicas, estudo filosofia, sou escritora, tenho experiência fora do Brasil. Apesar de muitas vezes não ser fácil lidar com a fama, procuro não ficar preocupada com os comentários.

YAHOO!: Até que ponto a vida pessoal deve influenciar em sua carreira?
O Felipe tem a carreira dele, tem fã-clube, é conhecido há muito mais tempo que eu. Não gosto de misturar trabalho com vida pessoal. Mas a gente está junto e não vamos deixar de sair, mesmo que cada vez que colocamos o pé fora de casa isso vire assunto. Eu não tenho como controlar. Aquilo que posso fazer é manter a minha vida normal e investir no meu trabalho. E é claro que não é tão simples.


Postado Por Cintia Liana

Um comentário:

Meu Filho sem Nome disse...

Olá Cintia!

Sou autora da peça teatral "Meu Filho sem Nome", que está em cartaz no Teatro Brigadeiro, até 18 de setembro.

Caso você esteja em São Paulo, assista!

Fizemos um CONVITE AMIGO, no valor de 10 reais, para as pessoas que estão, de alguma forma, ligadas ao tema ADOÇÃO.

Gostaria de encaminhar o convite para você divulgar.

Este é o blog da peça:
http://meufilhosemnome.blogspot.com/

GRANDE ABRAÇO,

Izilda Simões