"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A experiência da maternidade não se dá só no ventre

Mandy Lynne

A adoção dá a mulher a experiência da maternidade, não é algo dado só pela experiência da gestação no ventre como disse a personagem de Esther ontem na novela Fina Estampa.

A gestação pode ser uma experiência ímpar, mas não é a única forma de ser mãe e nem será algo decivivo para que a mulher sinta amor pela criança que gera.

A experiência da maternidade se dá pelo desenvolvimento do amor no cotidiano, é um processo subjetivo, único, de cuidar, proteger e desejar e o filho adotivo também é desejado e sentido como filho mesmo antes de acontecer o encontro. Esse não é só um fenômeno biológico, é antes de tudo um fenômeno psicológico.

O amor que gesta o filho se passa pelo coração em sintonia com o cérebro, com as células do corpo, é um dialética com a alma, não é algo somente oferecido pelo ventre.

Uma mãe adotiva não é menos mãe que uma mulher que gerou seu filho. A única via para ser mãe é adotar seu filho, seja ele vindo do seu corpo ou de outro.

Não há nada mais importante que o desejo e o amor. Herança genérica, memórias, nada é mais forte que o vínculo entre aqueles que se amam.

Por Cintia Liana

3 comentários:

Claudia Martins disse...

Olá Cintia, tudo bem?
Adorei o post, concordo com vc.
Um beijão!!!

Renata Palombo disse...

Na novela Fina Estampa a Esther deu uma entrevista para um jornalista e deixou claro q a ADOÇÃO não supriria seu desejo de ser mãe. Eu não julgo as pessoas que só se sentiriam mãe com a experiencia da gravidez, pq acho q isso é muito pessoal e depende da história de vida, crenças e limitaçoes de cada um.
O q eu acho q o autor da novela esqueceu foi que a filha da Esther não carrega em suas veias seu sangue e nem sua carga genética. Para se tornar MÃE a Esther teve que ADOTAR um óvulo e um esperma.

Será mesmo que a ADOÇÃO NÃO A FEZ TORNAR-SE MÃE??

Até os biológicos precisam ser adotados por seus pais para se tornarem verdadeiramente filhos!! Vemos inumeros filhos biológicos que nunca são verdadeiramente aceitos por aqueles que carregam na veia seu sangue.

Eu lamento q uma novela, com alcance de tantas pessoas tratem alguns assuntos com tanta ignorancia!!

Renata do blog www.descobrindoamaternagem.blogspot.com

Cintia Liana disse...

Cordono, Renata, não critico o desejo da personagem de ter a barriga, critico a construção da frase que do autor, no script que diz que a gravidez que daria a ela a experiência da maternidade, pois não é só ela que dá essa experiência, nem esse sentimento de ser mãe.
Discordo com relação a não carregar seu sangue, pois foi ela quem alimentou a criança através do cordão umbilical, a criança se desenvolveu dentro de suas entranhas, no seu sangue, então a menor só não tem a carga genética da doadora, que foi transmitiva pelo óvulo.
Acredito que óvulo e esperma não são adotados, não têm valor humano, mas o ser que é gerado através deles (essa junção pode até não vir a dar um fruto quando é implantado), ela só adotou a criança dentro de seu ventre a partir do momento em que esta existia de fato como humana a partir da união e desnvolvimento da duas células reprodutoras.
A criança é que foi adotada.
Com certeza, só se é filho através de uma adoção.
Obrigada pela visita.
Um abraço.