"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

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sábado, 14 de maio de 2016

Quero que a minha filha cresça respeitando

Foto: HuffPost Brasil

Quero que a minha filha cresça vendo casais andando de mãos dadas na rua. Me incomodo somente quando um casal, independente da orientação sexual, demonstrando afeto como se fosse iniciar uma relação sexual em público. Mas quero que, do mesmo jeito que ela vê um casal de hetero se beijando, quando passamos na rua, que também possa ver dois rapazes ou duas moças dando um selinho e o respeito das pessoas em torno. Porque quero que ela cresça sabendo que o amor é o mais importante e que todos devem respeitar a opção sexual alheia sem se rebelar com nada que não os ofende. Quanto a demonstração de afetos dos gays em público, como um beijo, não afeta e nem ofende à minha família em nada, absolutamente nada, não mete medo e nem ameaça à educação que dou à minha filha, não me oprime, mas se me fizesse mal em algum nível o problema seria meu e não do outro que só quer ter o direito de amar. Quem é de fato feliz, deseja que os outros também sejam. E se esse tipo de foto ainda te incomoda o problema ainda é teu, somente teu.

Cintia Liana, psicóloga, especialista em psicologia de casal e família

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Não Deixe o seu bebê chorando!

Excelente texto. Confirma o que eu venho há alguns meses sustentando insistentemente.
 
Cintia Liana
 
Movimento Internacional Não Deixe O Seu Bebê Chorando!
 
Por Josie Zecchinelli em 11/05/2010
 
Homens e Mulheres, pesquisadores e profissionais de saúde que trabalhamos em distintos campos da vida e do conhecimento, mãe e pais preocupados com o mundo em que nossos filhos e filhas vão crescer, cremos que é muito necessário nos manifestarmos.
 
Concordamos que é frequente que os bebês de nossa sociedade ocidental chorem, porém não é certo que “seja normal”. Os bebês choram sempre por algo que lhes produz mal estar: sono, medo, fome, frio, calor… além disso, da falta de contato físico com sua mãe ou outras pessoas do seu entorno afetivo.
 
O choro é o único mecanismo que os lactentes tem para nos comunicar sua sensação de mal estar, seja qual for a razão do mesmo; nas suas expectativas, no seu continuum filogenético não está previsto que este choro não seja atendido, pois não tem outro meio de avisar sobre o mal estar que sentem, nem podem por si mesmos tomar as medidas para resolvê-lo.
 
O corpo do recém nascido está desenhado para ter o seio materno tanto quanto necessita, para sobreviver e para sentir-se bem: alimento, calor, apego; por esta razão não tem noção da espera, já que, estando no lugar que lhe corresponde, tem a seu alcance tudo que necessita; o bebê criado no corpo a corpo com a mãe desconhece a sensação de necessidade, de fome, de frio, de solidão, e não chora nunca. Como afirma a norte-americana Jean Liedloff, na sua obra The Continuum Concept, o lugar do bebê não é no berço, na cama, e nem no bebê-conforto, senão no colo materno.
 
Isto é o melhor durante o primeiro ano de vida; e nos dois primeiros anos de forma quase exclusiva (por isto a antiga famosa “quarentena” das recém paridas). Depois, os colos de outros corpos de familiares podem ser substitutos por alguns momentos. O próprio desenvolvimento do bebê indica o fim do período simbiótico: quando se chega a determinados graus de desenvolvimento neuro-psico-motor e o bebê começa a sentar, depois a engatinhar e por fim a andar. Ou seja, pouco a pouco vai tornando-se autônomo e a desfazer este estado simbiótico.
 
A verdade é óbvia, simples e evidente.
 
O lactente toma o leite materno idôneo para seu sistema digestivo e além disso pode regular sua composição com a duração das mamadas, com a qual é criado no peito de sua mãe sem ter uma série de problemas infecciosos, alérgicos…
 
Quando chora e não se atende, chora com mais e mais desespero porque está sofrendo. Há psicólogos que asseguram que quando se deixa de atender o choro de um bebê depois de três minutos, algo profundo se quebra na integridade deles, assim como na confiança em seu entorno.
 
Os pais, ainda que sejam educados na crença de que “é normal que os bebês chorem” e que “há que deixá-los chorar para que se acostumem”, e por isto estamos especialmente insensibilizados para que seu pranto não nos afete, as vezes não somos capazes de tolera-lo. Como é natural, se estamos um pouco perto deles, sentimos seu desespero e o sentimos com nosso sofrimento. Revolvem nossas entranhas e não podemos consentir com a sua dor. Não estamos de todo desumanizados. Por isto os métodos condutistas propõem ir pouco a pouco, para cada dia aguentar um pouquinho mais este sofrimento mútuo. Isto tem um nome comum, que é a “administração da tortura”, pois é uma verdadeiro suplício que infligimos aos bebês quando fazemos isto, e também a nós mesmos, por mais que estas sejam normas de alguns pedagogos e pediatras.
 
Vários pesquisadores americanos e canadenses (biólogos, neurologistas, psiquiatras, etc.), na década de 90, realizaram diferentes investigações de grande importância em relação a etapa primal da vida humana; demonstraram que o contato pele a pele, do bebê com sua mãe e demais familiares mais chegados, produz moduladores químicos necessários para a formação de neurônios e do sistema imunológico; enfim, que a carência de afeto corporal transtorna o desenvolvimento normal das criaturas humanas. Por isto os bebês, quando os deixamos dormir sozinhos em seus berços, choram reclamando o que por sua natureza lhes pertence.
 
No Ocidente se criou, nos últimos 50 anos, uma cultura e uns hábitos, impulsionados pelas multinacionais, que eliminam este corpo-a-corpo da mãe com a criança e desumaniza o cuidado: ao substituir a pele pelo plástico e o leite materno por um leite artificial, se separa mais e mais a criatura de sua mãe. Inclusive se fabricam modelos de “walkyes talkys” (babás eletrônicas) especiais para escutar o bebê de habitações distantes das dos pais. O desenvolvimento industrial e tecnológico não se coloca a serviço das nossas crias, chegando a robotização das funções maternas a extremos inimagináveis.
 
Simultaneamente a esta “puericultura moderna”, se medicaliza cada vez mais a maternidade; o que tenderia a ser uma etapa prazerosa de nossa vida sexual, se converte em uma penosa enfermidade. Entregues aos protocolos médicos, as mulheres adormecem a sensibilidade e o contato com seus corpos, e se perde uma parte de sua sexualidade: o prazer da gestação, do parto e da extero-gestação – o colo e a amamentação. Paralelamente, as mulheres decidiram pelo mundo do trabalho e profissional masculino, feito pelos homens e para os homens, e que, portanto, exclui a maternidade; por isto a maternidade na sociedade industrializada ficou encerrada no âmbito do doméstico e do privado. Contudo, durante milênios, a mulher realizou suas tarefas e suas atividades com seus filhos pendurados a seus corpos, como todavia ocorre nas sociedades ainda não ocidentalizadas. A imagem da mulher com seus filhos deve voltar aos cenários públicos, aos locais de trabalho, sob pena de comprometer o futuro do desenvolvimento humano.
 
A curto prazo, parece que o modelo de criação robotizado não é daninho, que não é nada demais, que as crianças sobreviverão; porém, pesquisadores como Dr. Michel Odent (1999 – .primal-health.org), apoiando-se em diversos estudos epidemiológicos, têm demonstrado a relação direta entre diferentes aspectos desta robotização e doenças na idade adulta. Por outro lado, a violência crescente em todos os âmbitos, tanto públicos, como privados, como tem demonstrado a psicóloga suíço-alemã Alice Miller (1980) e o neurofisiólogo americano James W. Prescott (1975), por citar somente dois nomes, também procede do mau trato e da falta de prazer corporal na primeira etapa da vida humana. Também há estudos que demonstram a correlação entre a dependência às drogas e os transtornos mentais com agressões e abandonos sofridos na etapa primal. Por isto os bebês choram quando sentem falta do que lhes tiraram; eles sabem o que necessitam, o que lhes corresponderia neste momento de suas vidas.
 
Deveríamos sentir um profundo respeito e reconhecimento ao choro dos bebês, e pensar humildemente que não choram porque sim, ou muito menos, porque são “manhosos”… Elas e eles nos ensinam o que estamos fazendo de incorreto.
 
Também deveríamos reconhecer o que sentimos em nossas entranhas quando um bebê chora; porque podem confundir a mente, porém é mais difícil confundir a percepção visceral – nossos instintos. O local do bebê é o nosso colo: nesta questão, o bebê e nossos instintos estão de acordo, e ambos tem suas razões.
 
Não é certo que dormir com os nossos filhos (“co-lecho”) seja um fator de risco para o fenômeno conhecido como Síndrome da Morte Súbita. Segundo The Foundation for the Study of Infant Deaths, a maioria dos falecimentos por “morte súbita” se produz quando os lactentes estão no seu berço. Estatisticamente, portanto, é mais seguro para o bebê dormir na cama com seus pais que dormirem sozinhos (Angel Alvarez – .primal.es).
 
Por tudo que expomos, queremos expressar nossa grande preocupação com a difusão do método proposto pelo neurólogo E. Estivill em seu livro Duérmete Niño ou na edição em português: NANA NENÊ (baseado por sua vez no método Ferber divulgado nos EUA), para fomentar e exercitar a tolerância dos pais ao choro de seus bebês; se trata de um condutismo especialmente radical e evidentemente nocivo, tendo em conta que o bebê está ainda em uma etapa de formação. Não é um método para tratar os transtornos do sono, como se apresenta, senão para submeter a vida humana em sua mais tenra idade. As gravíssimas conseqüências deste método têm começado a aparecer.
 
Necessitamos de uma cultura e uma ciência para uma educação de nossos filhos que seja compatível com a natureza humana, porque não somos robôs, senão mamíferos, que sentimos e sofremos quando nos falta o contato físico com aqueles que amamos. Para contribuir com este movimento, para que teu filho ou tua filha deixe de sofrer já, e se sentes mal quando escutas chorar o seu bebê, atenda-o, pegue-o em seus braços para entender o que ele está solicitando; possivelmente seja só isto o que ele queira e necessita, o contato com o seu corpo. Não o negues.
Quando um recém nascido aprende em um berçário que é inútil gritar, está sofrendo sua primeira experiência de submissão e abandono. (Michel Odent)
Fonte: http://www.maternidadeconsciente.com.br/artigos/nao-deixe-seu-bebe-chorando/

domingo, 18 de março de 2012

Personalidade Forte


Aquilo que comumente chamamos de "personalidade forte" não tem nada de forte, ao contrário, alí se esconde a fraqueza e a ilusão da vaidade com a raiva de uma criança ferida e infeliz. Mas a firmeza, a coerência, a honestidade consciente com a docilidade sim, significam força, muita força. Devemos rever nossos conceitos e valores, aprofundar o olhar.

Quello che è chiamato comunemente “forte di carattere” non ha niente di forte, anzi là si nasconde la debolezza e l’illusione della vanità con la rabbia di un bambino ferito e infelice. Invece la fermezza, la coerenza, l’onestà consapevole con la dolcezza sì, significano forza, molta forza. Dobbiamo rivedere i nostri concetti e valori, approfondire lo sguardo.

Por Cintia Liana 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A mãe que pensa em doar o filho

Foto: Google Imagens

Hoje uma possível leitora escreveu um comentário em meu blog, que queria doar o filho dela para adoção, que ainda está na barriga, e pediu a minha ajuda.

Não divulguei o comentário, claro, e pedi ajuda a uma assistente social do TJ do Estado em que a mulher morava (vi pelo prefixo do telefone em que ela deixou para contato).

A assistente social ligou para ela e descobriu que é uma adolescente de 18 anos, com 1 mês de gravidez. Duas outras assistentes sociais do TJ da sua cidade lhe darão o devido atendimento e orientação. A menina grávida se sentiu aliviada por ter este amparo, talvez nem doe mais o filho.

Outra coisa, que isso vem mostrar e a falta de esclarecimento do povo, de não saber que é a Vara da Infância que tem que ser comunicada nesses casos, que filho não pode ser doado assim diretamente a ninguém. Isso deixa a criança e as pessoas envolvidas vulneráveis, a Justiça tem que estar conduzindo tudo, por mais burocrática que seja. 

De qualquer modo, entendo que ela deva ter se sentido protegida e deve ter confiado em mim para me escrever, isso me deixa feliz, significa que passo confiança. Fiquei comovida.

A menina não tem o apoio dos pais e estava assustada com a nova realidade, mas o mais interessante é que ela não pensou em aborto. Isso é legal, se ela não ficar com o filho, deve fazer alguma família feliz e a criança terá um futuro, mesmo sabendo de antemão que aborto e adoção não são "métodos anticoncepcionais".

É importante lembrar que as mães que "abandonam" ou "doam" fazem parte da classe menos vista e respeitada no "universo da adoção". Senti muita compaixão pela menina e quero que ela saiba que a respeito muito por qualquer escolha que faça e sei que fará com o coração. Ela ainda deve saber que muitas coisas podem mudar e esse filho pode fazer a vida dela tomar outra forma, outro rumo, que tudo pode acontecer de bom, mesmo enfrentando dificuldades.

Um abraço para você querida, que teu futuro e de teu filho sejam repletos de muita luz e muito obrigada pela confiança que depositou em mim. Espero que a tenha ajudado de algum modo.


Por Cintia Liana

domingo, 28 de novembro de 2010

Uma Reflexão sobre o Preconceito atrás da Palavra

Foto: Google Imagens

...isso é o aprendizado. De súbito você compreende algo
que havia precedido vida inteira, mas de maneira nova.

Por Doris Lessing

Em nosso dia-a-dia costumamos utilizar muitas expressões e termos que denotam preconceito sem que tenhamos plena consciência disso. Assim, as novelas, os meios de comunicação de massa e as propagandas estão repletos de chavões preconceituosos, muitas vezes mascarados em sátiras e situações engraçadas, as quais servem simplesmente para manter um determinado status quo que um segmento social acha recomendável. Rimos da mocinha “bonita e burra” de determinado programa de televisão e não percebemos o quanto isso é estereotipado e preconceituoso. Ouvimos e vemos, a todo o momento, expressões que denotam preconceito racial, étnico, estético e muitos outros. É preciso parar para refletir um pouco. Alguns termos transformam-se em diagnósticos de vida. Foi o que ocorreu com o termo “menor”. Menores eram sempre os filhos dos outros, aqueles que estavam na rua, era a cultura menorizada. O nosso filho era sempre uma criança ou adolescente, mas o filho do outro, do menos favorecido era um “menor”. Tomando consciência desse fato a sociedade aboliu o termo menor e passou a chamar todos os filhos de crianças e adolescentes, culminado com o fim do código de menores e com a promulgação do Estatuto da Criança e Adolescente.

Com os discursos e a literatura das famílias adotivas tem acontecido algo semelhante, onde se percebe, por trás da semântica, e que fazemos aqui uma moção para que isso seja modificado. Algumas pessoas perguntam para a mãe adotiva se “essa é a criança que você pegou para criar”; se a família possui filhos biológicos e adotivos, as pessoas costumam apontar para um deles e perguntar: “é esse o seu”?; Ou ainda, após saber da adoção, pessoas podem perguntar, mas “você conhece a mãe verdadeira dele”? Todas essas frases demonstram uma falta de esclarecimento associada ao preconceito em relação à esta constituição familiar.

De maneira geral, quando se fala em família adotiva, utiliza-se a antítese “família verdadeira”, “família natural”, “família legitima”. Temos por convicção, por força dos dados científicos, que a família adotiva não é artificial não, mas é tão verdadeira e legitima quanto a outra. Sua essência não é diferente, mas somente a contingência de como foi constituída. Então, sugerimos que sejam utilizados os termos família de sangue, família biológica, família de origem em contraposição à família adotiva. Da mesma forma, quando se fala em filho adotivo, a antítese mais comum é falar “filho verdadeiro”, “filho natural”, “filho legítimo”, “filho meu mesmo”. Sugerimos que sejam utilizados os termos filho de sangue e filho biológico, pois o filho adotivo não é artificial, nem falso ou ilegítimo e é filho mesmo dos seus pais adotivos!

Texto extraído de WEBER, Lídia. Laços de ternura. 2.ed. Curitiba: Juruá Ed, 1999. p.124-125.



Postado Por Cintia Liana

domingo, 26 de setembro de 2010

História real de adoção homoafetiva - Parte 4

Foto: Google Imagens

Parte 4

5) Bom, o nosso filho foi adotado com 4 anos e 4 meses (está com 7 anos e 4 meses) e a nossa filha nós conhecemos com 6 meses e conseguimos a guarda com 7 (Já tem certidão final também), hoje está com 1 ano e 7 meses.

Nunca sentimos preconceito algum, nem social nem jurídico (acho que tudo é questão de conduta). A escola que o nosso filho estuda (e a nossa filha vai estudar no próximo ano) é muito boa e trabalha com o conceito de respeito as diversidades.

As famílias extensivas e amigos amam os 2 e nada é escondido. O fato de não ser nada escondido também não quer dizer que gostamos de exposição. As poucas vezes que permitimos a publicação de algo teve que ser feito preservando nomes.

Temos aqui muito da presença feminina o que dá de certa forma uma referência feminina para nossos filhos, mas isto é somente um fato e não sei se é tão necessário porém no nosso caso acho bom. Li alguns artigos de psicólogas que falam sobre o assunto e dizem que o que existem são funções de pai e funções de mãe que podem ser exercidas tanto pelo pai quanto pela mãe (ou por ambos). Eu sou o mais rígido dos dois (Característica do Pai) porém sou o que não consegue tirar o olho um minuto com medo que aconteça algo (Característica da mãe).

Para terminar. Espero que um dia termine este termo “adoção homo-afetiva” pois eu sou a favor da adoção por pessoas ou casais que tenham realmente condição de ser pai e/ou mãe, seja esta adoção feitas por solteiros, homossexuais, casal homo-afetivo, casal hetero, adoção inter-racial e todas as formas de adoção aonde realmente exista a adoção de fato, mas sou contra as mesmas adoções quando a pessoa ou casal não tem condições de adotarem de fato. Em resumo, sou contra rótulos como se o simples fato de um casal homo, um casal hetero ou uma pessoa solteira poder ou não adotar, dê ou retire de todos os outros com o mesmo rótulo carimbo de capacidade. Quem vai definir não são os rótulos, e sim o estudo Psicossocial aliado a conduta do adotante.

Abs.

PS: Para quem quer saber mais, nós autorizamos que fosse feito um TCC sobre um estudo de caso (ou seja, deste nosso caso em relação a 1ª adoção ), este TCC foi feito por um psicólogo que, na época, estava terminando o curso de direito (hoje já advogado ). O TCC se transformou em artigo de uma revista jurídica e tem um link na Internet que passo abaixo. A Nosso pedido os nomes foram mudados. Eu sou o João do estudo.

Texto original da exposição (todas as 4 partes expostas aqui também):

http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=229210&tid=5486002928856943274&kw=adocao+homoafetiva


Maravilha, João! Obrigada novamente pela contribuição!
Cada vez mais percebo que quando existe preparo e coração aberto todas as portas se abrem!
Um abraço para toda a família!

Postado Por Cintia Liana

domingo, 7 de março de 2010

Politicamente Honesta [Em Português]

Foto: Cintia Liana com 9 meses

Por vezes me sinto um tanto ingênua por não saber fazer lobi. Há algum tempo comecei a desconfiar que perco muito por não conseguir simular que está tudo bem ao lado de alguma injustiça, falsidade ou preconceito.
Quando gosto de alguém me entrego a amizade, não importa a religião, nível social, cultural ou econômico, o que faz às vezes me decepcionar, pois nem todos sabem valorizar alguém simples, verdadeiro e espontâneo.
Fui criada ouvindo que é belíssimo ser sincero, e que é sinal e inteligência saber dizer o que sente e, neste sentido, cresci desejando ser bela e inteligente. Mas será que ainda sou infantil? Porque não sei ser hipócrita.
Não sou uma pessoa que se deixa levar somente pelo ímpeto emocional, sei colocar a razão a frente de tudo quando é necessário, mas se não concordo digo, se não gosto me afasto, se erro assumo, se estou triste demonstro, se estou ferida choro. Não consigo fazer vista grossa para algo desumano para conseguir o apoio de alguém, desta forma me sentiria vendida, pequena, pobre, não conseguiria me olhar no espelho, encarar meus próprios olhos.
Apesar de entender exatamente o significado de ser politicamente correto, não tenho a pretenção de ser-lo e nem tampouco de fazer a "boa moça", mas preservo a gana de ser justa, digna, nobre e honesta, mesmo que para isso eu tenha que perder alguma coisa, por que algo lá no fundo diz que tem um sentimento maior que move todas as coisas e acho que esse sentimento se chama amor.
Fazendo uso de metáfora, se depender de hipocrisia e conchavos meu programa sai do ar, viro as costas para os aplausos e vou a falência total, por que não me contento com dinheiro e imagem e muito menos sei conviver com o vazio da aparência.
Talvez seja por isso que me dou tão bem, entendo e gosto tanto de crianças.
Por Cintia Liana
["Sempre que quiser usar o texto de alguém, cite o autor. Respeite a obra alheia."]


Foto: Cintia Liana

Felizmente encontro pessoas maravilhosas nesta vida e, aproveitando, resolvi postar aqui um e-mail de uma ex-aluna minha da IBES, que me deu um feedback que me emocionou muito. Na verdade não sendo injusta com outros tão lindos e afetuosos como esse, mas como não posso postar todos de uma vez vou começar devagarzinho, afinal não quero guardar só para mim palavras tão belas e que confirmam que estou no caminho certo, quando distribuo amor por onde eu passo além, é claro, de saber brigar quando é preciso. rsrs

"Quero que saiba que sua presença marcou a vida de muitos alunos na IBES. Prova disso é que mesmo no 3º semestre vários alunos ainda comentam sobre você com outros alunos e dizem: "Professora boa era Cintia", ou então: "Você não conheceu Cintia....? Ali era professora de verdade."
Por algum motivo, mesmo quando não conhecemos alguém no convívio diário, algumas pessoas nos marcam de forma misteriosa (rsrsrsr) e nos deixam lições, impressões, não sei bem explicar..."

"Pode colocar o texto sim. Acho que também será uma forma de nós, que fomos seus alunos, sabermos que você tem conhecimento do quanto é especial.
Particularmente creio que existe uma razão especial para conhecermos cada pessoa nesta vida e, você, tem uma característica que eu acho fascinante: meiguice (em tempo integral, até quando quer parecer brava rsrsrsrsrs). Acho lindas as pessoas com jeito doce, suavidade nos gestos. Para você, minha sempre pró, deixo ainda algumas das bem aventuranças (as que tem tudo a ver com você !!!!).

Bem-aventurados os mansos (brandos), porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;

Bem aventurada sou eu, pois tive a grande oportunidade de conviver com você (mesmo que só um pouco).

Bjão."

Priscila Moura de Souza

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Pri, como te falei antes, você realmente me emocionou com tuas palavras tão delicadas e saiba que te vejo assim também, tão delicada e meiga como você me vê. rsrs Seguramente essa semana estávamos muito conectadas mentalmente.

Vocês, meus queridos alunos, são e sempre serão muito especiais. Aprendi e aprendo demais com todos. Sinto-me afortudamente feliz por receber tanto carinho.

Obrigada!

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Loby, ou em Português Lobi: uma palavra muito utilizada em Portugal, mas que em muitos outros Países assume um significado muito diferente. Em Portugal esta palavra significa a utilização do poder econômico para pressionar o poder político, prática de tráfico de influências ou até mesmo corrupção activa.

No entanto, na maioria dos nosso restantes parceiros da União Europeia, onde as democracias são mais maduras, esta palavra assume outros significados. O Lóbi é encarado como "...uma actividade de pressão para influenciar decisões importantes tomadas pelo poder público..." (Marketing e Comunicação Política, 2009, pp.84). É considerada uma ferramenta indispensável da vida em Democracia.

Fonte da palavra Lobi: http://abuscapelasabedoria.blogspot.com/2009/09/o-que-e-um-loby-ou-em-portugues-lobi.html

Por Cintia Liana

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Aceitando a história do filho adotivo

Foto: Google

Bert Hellinger tem uma linha de pensamento muito marcante. Ele lembra que uma adoção deve ser justificada quando a criança não tem mesmo condições de ficar com sua família natural.
Hellinger diz ainda que os pais adotivos, se não expressarem respeito pelos pais naturais, e se sentirem, de forma secreta, superioridade frente a eles, a criança, inconscientemente, poderá manifestar solidariedade para com seus pais naturais.
Os pai adotivos têm que se conscientizar que são substitutos do pais biológicos e que são capazes de entender seus filhos adotivos e aceitar que validem seus sentimentos ligados a rejeição, desta forma os pais substitutos serão melhor aceitos pela criança, ela reconhecerá a substituição como algo positivo.

Os substitutos não são inferiores aos de origem, a relação presente será mais forte.
Os novos pais também, inicialmente, poderão ser alvo do ressentimento que a criança sente por seus pais naturais, por ter sido rejeitada e esse registro é real no interior da criança. Quando isso acontece, até pode significar que a criança confia nos pais, ao ponto de se sentir a vontade para manifestar sentimentos que o incomodam.

Hellinger também fala da importância do pais adotivos aceitarem que a criança teve dois primeiros pais e que eles chegaram para realizar o que não estava ao alcance do pais naturais, então assim a criança de fato aceitará melhor os novos pais.
Vejo isso nas adoções muito bem sucedidas, quando os pais adotivos permitem e incentivam verdadeiramente que seus filhos tenham um contato amigável com seus pais de origem, exercitando o desapego. Contato esse que ocorre no momento certo e de desejo da criança ou adolescente.

Imaginem que hoje, vocês adultos, leitores (é, você mesmo!), descobre que seus pais não são seus pais de origem, biológicos. E agora? O que sentem? Algo muda? O amor a seus pais que o criaram muda? É claro que não! Nada muda, mas as perguntas surgem: e quem é minha família de origem? De onde eu vim? Como é o rosto dos meus pais? É natural!

Depois vem o questionamento: e por que não me falaram a verdade sobre minha história?
Em vários encontros de pais adotivos as perguntas vinham mais ou menos nesta sequência. Então porque seu filho também não tem esse direito? Direito de ser dono de sua própria história? Só por causa de seus medos e falta de preparo? Só pelo seu medo de ser abandonado e rejeitado por seu filho?
Precisamos nos preparar antes de adotar. Não é justo transferir nossos medos para a vida de quem está chegando. Temos que defender os direitos da criança até nesta hora.
[Bert Hellinger é um filósofo e psicoterapêuta alemão que desenvolveu a Constelação Familiar, um recente método psicoterapêutico, com abordagem sistêmica fenomenológica, de fundo filosófico. Trabalha os padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de gerações. Traz à luz uma série de dificuldades sofridas, fazendo o terapeutizando tomar consciência, romper com padrões e mudar o curso de sua história.]
Por Cintia Liana

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Respeitando a imagem dos pais de origem

Foto: Googel Imagens

Eldridge (2004) trata da importância da criança sentir que os pais adotivos têm uma relação de respeito com as figuras dos pais biológicos, com a "memória" deles, pois as crianças manifestam uma aliança inconsciente com essas primeiras figuras parentais de sua vida, mesmo alimentando uma possível raiva da mãe biológica em virtude do suposto abandono que sofrera.

Schettini (2006) diz que Segundo D’Andrea (2002), se existir e mantiver uma dinâmica competitiva dos pais adotivos em relação aos pais biológicos, o filho ou a filha poderão sentir-se no meio, divididos entre duas famílias, como vítimas e reféns entre o biológico e o afetivo, entre o passado e o presente. Mas se, ao contrário, os pais adotivos, ao construírem um novo vínculo, auxiliarem o filho a integrar e a aceitar a sua família de origem, reconhecendo o seu valor como parte inicial, indispensável de sua vida, a filiação dupla poderá ser vivida de maneira integrada e saudável. O filho passará a enxergar a sua origem como uma etapa natural na construção do vínculo com a nova família. Pode ser que nada se saiba sobre os primeiros pais, pode se saber muito ou algo muito triste, que não demanda entrar em detalhes, o que importa é que essa história existe, não pode ser modificada e deve ser respeitada. Não há nada que se possa fazer para essa história ser mudada, não há como voltar atrás. Algo importante, sadio e nobre a se fazer é respeitar essa história. Podem encarar e assumir que isso dói, mas faz parte da história. O importante é todos estarem juntos e compartiharem os momento para que possam construir uma nova história e tentar ser felizes com o que têm. Essa atitude pode não mudar o passado, mas traz a possibilidade de um futuro feliz e é o futuro que nos espera. (SCHREINER, 2000)

Por Cintia Liana

Referência:

Eldridge, Sherrie (2004). Vinte coisas que filhos adotados gostariam que seus pais adotivos soubessem.

SCHETTINI, Suzana S. M.; AMAZONAS, M. C. L. de A.; DIAS, C. M. de S.. Famílias adotivas: identidade e diferença. Psicologia em Estudo. v. 11, n. 2, Maringá, maio/ago. 2006. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-73722006000200007&script=sci_arttext&tlng=. Acesso em: 20 de janeiro de 2007.

Schreiner, Gabriela. Vamos Falar-nos de Adoção (A revelação). Apresentado em reunião de pais do grupo NEPPAJ – Jundiaí/SP – 2000. [online] Disponível na internet via www URL: http://cecif.org.br/tt_revelacao.htm. Arquivo capturado em 20 janeiro de 2007.

A adaptação na adoção

Foto: Paulo Santos
Por Cintia Liana Reis de Silva

"Muitas vezes, os adultos fazem das crianças o repositório de sua imaginação e expectativas, não se dando conta das conseqüências futuras de suas fantasias. Os filhos carregam sobre si o peso das esperanças dos pais para depois, muitas vezes, arrastarem, também, o fardo das suas frustrações” (Nascimento et al, 1998).

Um aspecto muito importante é pouco considerado por muitos candidatos a adoção é a adaptação da criança à nova família, à nova casa, às novas relações. Nos esquecemos das dificuldades e dúvidas de quando somos crianças, nos esquecemos de que a forma de entender e ter segurança é muito diferente. Por esse motivo, os adultos costumam achar que a criança se adapta a qualquer ambiente como nós, basta ela estar um ambiente agradável ao nosso olhar. Esse é um grande equívoco, que pode dificultar ainda mais o processo de integração da criança na família substituta.

A criança necessita de tempo para entender o novo local, confiar nas novas pessoas que estão ao seu redor, acostumar-se com o novo espaço, com a nova alimentação, sentir segurança nos objetos que a cercam e ainda demanda algum tempo para sentir verdadeira segurança nos novos pais e diminuir o medo de ser novamente abandonada.

Por esse motivo, é muito natural a criança inicialmente ter enurese noturna, pesadelos, chorar em alguns momentos e sentir medo de algumas coisas. A dimensão do mundo é diferente para a criança. É preciso ter muita paciência e compreensão quando iniciar a convivência com o futuro filho adotivo, pois ele precisará de respeito e isso faz parte do amor que está sendo construído e desenvolvido entre as pessoas. A adaptação, por mais difícil que seja para a criança não precisa ser algo ruim, mas faz parte do que ela é, do seu entendimento de mundo e isso precisa ser respeitado.

O estudioso Bert Hellinger, da “Constelação Familiar”, tem uma linha de pensamento muito marcante. Ele lembra que uma adoção deve ser justificada quando a criança não tem mesmo condições de ficar com sua família natural. Hellinger diz ainda que os pais adotivos, se não expressarem respeito pelos pais naturais e se sentirem, de forma secreta, superioridade frente a eles, a criança, inconscientemente, poderá manifestar solidariedade para com seus pais naturais. Os pais adotivos têm que se conscientizar de que são substitutos dos pais biológicos e que são capazes de entender seus filhos adotivos e aceitar que validem seus sentimentos ligados a rejeição, desta forma os pais substitutos serão melhor aceitos pela criança, ela reconhecerá a substituição como algo positivo. Ser substituto não significa estar em um nível inferior, significa agregar, neste caso.

Os novos pais também, inicialmente, poderão ser alvo do ressentimento que a criança sente por seus pais naturais, por ter sido rejeitada e esse registro é real no interior da criança. Quando isso acontece, até pode significar que a criança confia nos pais, ao ponto de se sentir a vontade para manifestar sentimentos que a incomodam.

Hellinger também fala da importância do pais adotivos aceitarem que a criança teve dois primeiros pais e que eles chegaram para realizar o que não estava ao alcance do pais naturais, então assim a criança, de fato, aceitará melhor os novos pais.Vejo isso claramente em adoções muito bem sucedidas, quando os pais adotivos permitem e incentivam verdadeiramente que seus filhos tenham um contato (emocional) amigável com seus pais naturais, exercitando o desapego. Eles permitem que a memória dos pais naturais façam parte da vida afetiva da criança.
Dentre muitas adoções, lembro especialmente a de um casal de 56 e 60 anos e uma menina de 5 anos. M., ao iniciar a convivência com seus pretendentes a pais adotivos, também iniciou um processo de agressividade intensa, em que ela jogava objetos no chão, chorava muito, gritava com o casal e o testava para saber se iria ser rejeitada novamente. O casal, em acompanhamento psicológico, entendeu seu processo, estava desesperada com medo de perder o que estava conquistando, estava passando pela fase em que estava deixando de ser a garota abandonada para ser a filha querida e amada, e não estava sabendo lidar com essa nova realidade, esse novo lugar que estava ocupando.
A. e F. deram tempo ao processo emocional com muita paciência e, ao mesmo tempo, dando os devidos limites, permitindo que ela sentisse raiva, mostrando a M. que ela poderia confiar neles, dando espaço para o diálogo, mesmo M. tendo atitudes anti-sociais. M. percebeu que poderia confira nos novos pais, que eles não iriam abandoná-la, como fizeram os primeiros, entendeu que estavam alí para ajudá-la. Após dois meses de acompanhamento psicológico, a criança passou a ter uma convivência tranqüila, aos poucos atendendo as expectativas do casal e as do acompanhamento.
Hoje se expressa de forma saudável, travou com toda a família uma relação de amor e respeito e o casal continuou muito apegado à ela, a vendo cada vez mais como verdadeira filha. O que propiciou esta mudança e este equilíbrio foi a persistência e o amor incondicional que os requerentes sentiam pela criança, além disso as pessoas envolvidas se abriram totalmente para o acompanhamento psicológico.
A criança também pode manifestar tendências anti-sociais por querer mostrar que há algo de errado com ela, por estar sofrendo algum tipo de privação ou sofrendo com algum sentimento que ela não está sabendo lidar. Por exemplo, ao furtar objetos a criança pode não estar buscando o objeto em si, mas querendo buscar a mãe, buscar uma relação com os novos pais suficientemente boa. (Eldridge apud Winnicot, 2004)

Então Levinzon (2004) explica que quando os pai adotivos passam a ter fantasias como, “se fosse meu isso não aconteceria” ou “se pudesse, eu o devolveria”, devem ser colocadas em palavras, devem ser reconhecidas e os pais devem perceber a decepção e o cansaço.

Quando o casal passa a rejeitar a criança, isso faz com que a criança se distancie mais ainda tornando, às vezes, inviável a conclusão da adoção.

Eldridge alerta também para o que desencadeia a raiva do adotado, como a rejeição percebida, a falta de respeito diante de seus sentimentos ou quando a criança se sente roubada ou comprada. Raiva por medo de não ter suas necessidades básicas atendidas, medos de não ter carinho ou comida no dia seguinte ou de não ter os pais para sempre. Por todos esses motivos a adoção precisa ser um ato pensado e amadurecido e com certeza terá sucesso se as pessoas envolvidas tiverem a verdadeira disposição para aceitar e amar plenamente.


Por Cintia Liana

Referência:

Eldridge, Sherrie (2004). Vinte coisas que os filhos adotivos gostariam que seus pais adotivos soubesses.
Levinzon, G. K.. Adoção. Coleção Clínica Psicanalítica / dirigida por Flávio Carvalho Ferraz. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.
Nascimento, R. F. L. do, Argimon, I. I. de L., Lopes, R. M. F., Wendt, G. W. e Silva, R. S. da. O processo de Adoção no Ciclo Vital. [online] Disponível na Internet via www. URL:http://www.redepsi.com.br/portal/modules/smartsection/item.php?itemid=293. Arquivo capturado em 17 de fevereiro de 2007.