"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Pediatras não são psicólogos

We Heart it
 
Um bom conselho de psicóloga, especialista, que trabalha há mais de 14 anos com famílias e crianças? Cuidado com os conselhos de alguns pediatras prepotentes que, com falas distorcidas e preconceituosas, explicam o que é de competência do psicólogo. Pediatras não são psicólogos e psicólogos não são médicos. Os dois estão no mesmo patamar de importância na saúde. Uma ciência não está acima da outra. Pediatras cuidam da parte física, psicólogos da parte mental e emocional que interferem no comportamento, na educação, nas relações e na felicidade. Consulte sempre um psicólogo, como você consulta um pediatra, eles sempre podem dar dicas importantíssimas para uma vida psicológica sadia para o seu filho, interferindo diretamente no futuro. Todos atentos pelo verdadeiro bem estar das crianças.
 
Cintia Liana Reis de Silva

Não Deixe o seu bebê chorando!

Excelente texto. Confirma o que eu venho há alguns meses sustentando insistentemente.
 
Cintia Liana
 
Movimento Internacional Não Deixe O Seu Bebê Chorando!
 
Por Josie Zecchinelli em 11/05/2010
 
Homens e Mulheres, pesquisadores e profissionais de saúde que trabalhamos em distintos campos da vida e do conhecimento, mãe e pais preocupados com o mundo em que nossos filhos e filhas vão crescer, cremos que é muito necessário nos manifestarmos.
 
Concordamos que é frequente que os bebês de nossa sociedade ocidental chorem, porém não é certo que “seja normal”. Os bebês choram sempre por algo que lhes produz mal estar: sono, medo, fome, frio, calor… além disso, da falta de contato físico com sua mãe ou outras pessoas do seu entorno afetivo.
 
O choro é o único mecanismo que os lactentes tem para nos comunicar sua sensação de mal estar, seja qual for a razão do mesmo; nas suas expectativas, no seu continuum filogenético não está previsto que este choro não seja atendido, pois não tem outro meio de avisar sobre o mal estar que sentem, nem podem por si mesmos tomar as medidas para resolvê-lo.
 
O corpo do recém nascido está desenhado para ter o seio materno tanto quanto necessita, para sobreviver e para sentir-se bem: alimento, calor, apego; por esta razão não tem noção da espera, já que, estando no lugar que lhe corresponde, tem a seu alcance tudo que necessita; o bebê criado no corpo a corpo com a mãe desconhece a sensação de necessidade, de fome, de frio, de solidão, e não chora nunca. Como afirma a norte-americana Jean Liedloff, na sua obra The Continuum Concept, o lugar do bebê não é no berço, na cama, e nem no bebê-conforto, senão no colo materno.
 
Isto é o melhor durante o primeiro ano de vida; e nos dois primeiros anos de forma quase exclusiva (por isto a antiga famosa “quarentena” das recém paridas). Depois, os colos de outros corpos de familiares podem ser substitutos por alguns momentos. O próprio desenvolvimento do bebê indica o fim do período simbiótico: quando se chega a determinados graus de desenvolvimento neuro-psico-motor e o bebê começa a sentar, depois a engatinhar e por fim a andar. Ou seja, pouco a pouco vai tornando-se autônomo e a desfazer este estado simbiótico.
 
A verdade é óbvia, simples e evidente.
 
O lactente toma o leite materno idôneo para seu sistema digestivo e além disso pode regular sua composição com a duração das mamadas, com a qual é criado no peito de sua mãe sem ter uma série de problemas infecciosos, alérgicos…
 
Quando chora e não se atende, chora com mais e mais desespero porque está sofrendo. Há psicólogos que asseguram que quando se deixa de atender o choro de um bebê depois de três minutos, algo profundo se quebra na integridade deles, assim como na confiança em seu entorno.
 
Os pais, ainda que sejam educados na crença de que “é normal que os bebês chorem” e que “há que deixá-los chorar para que se acostumem”, e por isto estamos especialmente insensibilizados para que seu pranto não nos afete, as vezes não somos capazes de tolera-lo. Como é natural, se estamos um pouco perto deles, sentimos seu desespero e o sentimos com nosso sofrimento. Revolvem nossas entranhas e não podemos consentir com a sua dor. Não estamos de todo desumanizados. Por isto os métodos condutistas propõem ir pouco a pouco, para cada dia aguentar um pouquinho mais este sofrimento mútuo. Isto tem um nome comum, que é a “administração da tortura”, pois é uma verdadeiro suplício que infligimos aos bebês quando fazemos isto, e também a nós mesmos, por mais que estas sejam normas de alguns pedagogos e pediatras.
 
Vários pesquisadores americanos e canadenses (biólogos, neurologistas, psiquiatras, etc.), na década de 90, realizaram diferentes investigações de grande importância em relação a etapa primal da vida humana; demonstraram que o contato pele a pele, do bebê com sua mãe e demais familiares mais chegados, produz moduladores químicos necessários para a formação de neurônios e do sistema imunológico; enfim, que a carência de afeto corporal transtorna o desenvolvimento normal das criaturas humanas. Por isto os bebês, quando os deixamos dormir sozinhos em seus berços, choram reclamando o que por sua natureza lhes pertence.
 
No Ocidente se criou, nos últimos 50 anos, uma cultura e uns hábitos, impulsionados pelas multinacionais, que eliminam este corpo-a-corpo da mãe com a criança e desumaniza o cuidado: ao substituir a pele pelo plástico e o leite materno por um leite artificial, se separa mais e mais a criatura de sua mãe. Inclusive se fabricam modelos de “walkyes talkys” (babás eletrônicas) especiais para escutar o bebê de habitações distantes das dos pais. O desenvolvimento industrial e tecnológico não se coloca a serviço das nossas crias, chegando a robotização das funções maternas a extremos inimagináveis.
 
Simultaneamente a esta “puericultura moderna”, se medicaliza cada vez mais a maternidade; o que tenderia a ser uma etapa prazerosa de nossa vida sexual, se converte em uma penosa enfermidade. Entregues aos protocolos médicos, as mulheres adormecem a sensibilidade e o contato com seus corpos, e se perde uma parte de sua sexualidade: o prazer da gestação, do parto e da extero-gestação – o colo e a amamentação. Paralelamente, as mulheres decidiram pelo mundo do trabalho e profissional masculino, feito pelos homens e para os homens, e que, portanto, exclui a maternidade; por isto a maternidade na sociedade industrializada ficou encerrada no âmbito do doméstico e do privado. Contudo, durante milênios, a mulher realizou suas tarefas e suas atividades com seus filhos pendurados a seus corpos, como todavia ocorre nas sociedades ainda não ocidentalizadas. A imagem da mulher com seus filhos deve voltar aos cenários públicos, aos locais de trabalho, sob pena de comprometer o futuro do desenvolvimento humano.
 
A curto prazo, parece que o modelo de criação robotizado não é daninho, que não é nada demais, que as crianças sobreviverão; porém, pesquisadores como Dr. Michel Odent (1999 – .primal-health.org), apoiando-se em diversos estudos epidemiológicos, têm demonstrado a relação direta entre diferentes aspectos desta robotização e doenças na idade adulta. Por outro lado, a violência crescente em todos os âmbitos, tanto públicos, como privados, como tem demonstrado a psicóloga suíço-alemã Alice Miller (1980) e o neurofisiólogo americano James W. Prescott (1975), por citar somente dois nomes, também procede do mau trato e da falta de prazer corporal na primeira etapa da vida humana. Também há estudos que demonstram a correlação entre a dependência às drogas e os transtornos mentais com agressões e abandonos sofridos na etapa primal. Por isto os bebês choram quando sentem falta do que lhes tiraram; eles sabem o que necessitam, o que lhes corresponderia neste momento de suas vidas.
 
Deveríamos sentir um profundo respeito e reconhecimento ao choro dos bebês, e pensar humildemente que não choram porque sim, ou muito menos, porque são “manhosos”… Elas e eles nos ensinam o que estamos fazendo de incorreto.
 
Também deveríamos reconhecer o que sentimos em nossas entranhas quando um bebê chora; porque podem confundir a mente, porém é mais difícil confundir a percepção visceral – nossos instintos. O local do bebê é o nosso colo: nesta questão, o bebê e nossos instintos estão de acordo, e ambos tem suas razões.
 
Não é certo que dormir com os nossos filhos (“co-lecho”) seja um fator de risco para o fenômeno conhecido como Síndrome da Morte Súbita. Segundo The Foundation for the Study of Infant Deaths, a maioria dos falecimentos por “morte súbita” se produz quando os lactentes estão no seu berço. Estatisticamente, portanto, é mais seguro para o bebê dormir na cama com seus pais que dormirem sozinhos (Angel Alvarez – .primal.es).
 
Por tudo que expomos, queremos expressar nossa grande preocupação com a difusão do método proposto pelo neurólogo E. Estivill em seu livro Duérmete Niño ou na edição em português: NANA NENÊ (baseado por sua vez no método Ferber divulgado nos EUA), para fomentar e exercitar a tolerância dos pais ao choro de seus bebês; se trata de um condutismo especialmente radical e evidentemente nocivo, tendo em conta que o bebê está ainda em uma etapa de formação. Não é um método para tratar os transtornos do sono, como se apresenta, senão para submeter a vida humana em sua mais tenra idade. As gravíssimas conseqüências deste método têm começado a aparecer.
 
Necessitamos de uma cultura e uma ciência para uma educação de nossos filhos que seja compatível com a natureza humana, porque não somos robôs, senão mamíferos, que sentimos e sofremos quando nos falta o contato físico com aqueles que amamos. Para contribuir com este movimento, para que teu filho ou tua filha deixe de sofrer já, e se sentes mal quando escutas chorar o seu bebê, atenda-o, pegue-o em seus braços para entender o que ele está solicitando; possivelmente seja só isto o que ele queira e necessita, o contato com o seu corpo. Não o negues.
Quando um recém nascido aprende em um berçário que é inútil gritar, está sofrendo sua primeira experiência de submissão e abandono. (Michel Odent)
Fonte: http://www.maternidadeconsciente.com.br/artigos/nao-deixe-seu-bebe-chorando/

terça-feira, 26 de novembro de 2013

O que fazer diante do choro de uma criança

We Heart it
Por Cintia Liana Reis de Silva

Há poucos dias estava refletindo sobre a reação da maioria das pessoas diante do choro de um bebê ou uma criança, quando ela cai, se machuca, sente dor ou chora por tristeza. Tem gente que reage dizendo, “não foi nada, passou, passou” e aí começa a mostrar outra coisa interessante, com o intuito de tirar a atenção dela do que a faz mal. Mas essa reação não é aconselhada do ponto de vista psicológico e educativo e vou explicar bem os porquês.

É nesse momento da dor que se ensina erroneamente à criança que o que a faz mal não é bom, que é melhor fugir e fazer de conta que nada está acontecendo e colocar a atenção em outar coisa mais interessante. O adulto tem medo de olhar para o sofrimento, mais ainda quando se trata de uma criança, mas interromper o seu choro é nada mais nada menos que falta de respeito e sensibilidade. A criança sente a insegurança do adulto e entende a mensagem do seguinte modo, “não me sinto segura com ele, porque não é capaz de me dar apoio, segurança, suportar e sustentar a minha tristeza me dado força, ele quer escapar do que eu estou sentindo, me sinto completamente rejeitada em minhas necessidades nesse momento. Chorar não deve ser bom, nem quando nós precisamos. Talvez seja melhor fazer de conta que nada está acontecendo. Mesmo que eu sinta dor, é melhor fingir, até mesmo para que ele continue a me amar, porque se eu choro talvez não seja amado do mesmo modo que espero”.

Quando alguém chora seja um adulto ou uma criança, a postura correta e humana a adotar e acolher o choro, isso é símbolo de respeito, torna o lamento digno. Se você não é capaz de ver ninguém chorar ou se sente incomodado, é uma dificuldade importante a ser entendida e resolvida. Depois de acolher o choro de alguém, se pode conversar para entender melhor até que ponto doeu e depois buscar outras alternativas para superar a dor, seja ela física ou emocional.

As pessoas crescem com falsos modelos de força, que mais são modelos de futilidade e superficialidade. Crescem ouvindo que não podem sentir medo, chorar ou demonstrar a sua dor a ninguém e que isso a renderia fraca e frágil. Fraco e frágil talvez seja quem engole o choro, finge que nada está acontecendo, enquanto sente uma bomba explodir dentro de sim e depois vai ao shopping fazer compras para tentara aquecer falsamente o seu mundo interno vazio, cheio de faltas e completamente fora do prumo.

O adulto que respeita o que sente, foi a criança ensinada que todos merecem ter contato com seus próprios sentimentos, que as sensações que entram em contato são importantes, que aquilo que falam sobre elas tem valor e com certeza estarão muito mais em grau de buscar externamente realizações realmente boas, que refletem seus equilíbrio interno e não só para ajudar a maquiar uma falsa felicidade. É nessa jornada, do encarar o que se sente com verdade, que se descobre que a felicidade está dentro de cada um de nós.

Por Cintia Liana Reis de Silva

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Não se supera traumas através dos filhos

Google Imagens
 
Por Cintia Liana Reis de Silva
Texto publicado em minha coluna quinzenal no site Indika Bem no dia 14.11.1013
 
Já ouvimos muito falar sobre dar ao filho o que não se teve, fazer com o filho o que os pais não fizeram, fazer o contrário do que fizeram os pais, fazer tudo diferente de como fizeram os genitores, mas psicologicamente falando não dá pra superar traumas através dos filhos, nem através de ninguém. Claro que se pode alimentar a nossa alma dando algo de bom ao outro, mas entender e curar as própria feridas é um trabalho que deve fazer consigo mesmo, não dá para pegar atalhos.
 
Como disse Murray Bowen, o criador da psicoterapia de família, “é na hora de se tornar progenitor que se reabrem as feridas intergeracionais, e como dar aquilo que não se teve?”. De fato, como dar aquilo que não se conhece, que não se experimentou, aquilo que não está internalizado? Nem seria uma atitude inteligente fazer o contrário do que se recebeu dos pais, porque se cai no erro do contrário, e o sadio é buscar viver o equilíbrio.
 
Quando é o caso de propiciar ao filho aquilo que se queria ter quando criança, acaba por ser algo que pode alimentar somente o ego ferido do pai ou da mãe e nem sempre é aquilo que o filho deseja ou precisa, nesse caso se age de acordo com o próprio ego magoado e não para fazer o filho feliz. Se um adulto não consegue enxergar as suas lacunas ou pontos de fragilidade muito dificilmente irá compreender o filho, por mais amor que tenha para oferecer.
 
Por isso, é importantíssimo se conhecer e se trabalhar antes de buscar assumir o papel de pai e mãe. É na hora que os papéis se invertem, ou seja, é na hora em que o filho de torna genitor e se vê defronte a uma criança, é que se reabrem as velhas feridas, elas voltam. Alguns podem chamar de golpe do destino, quando se encontram em meio às mesmas dificuldades que passaram os seus pais quando eles nasceram, mas isso não é o destino, é a mente agindo de uma maneira coesa com aquilo que se conhece e que nem sempre se tem consciência, e o mundo externo é um reflexo do mundo interno.
 
É comum ver no filho a imagem de si mesmo e o indivíduo, sem perceber, age com ele de um modo bem parecido ou usa dos mesmos mecanismos intrapsíquicos inconscientes que seus pais usavam, esses mecanismos, que levam a um determinado comportamento já conhecido e experienciado, se chamam modelos ou padrões intergeracionais. Para romper  e transformar esses modelos é necessário um sério trabalho de autoconhecimento, porque são imperceptíveis, por se estar imerso emocionalmente naqueles valores.
 
Você responde ao mundo de acordo com o que você sente, e esse modo de sentir foi aprendido e reforçado na infância e durante o seu crescimento em família e influenciou diretamente na construção de sua personalidade, do seu caráter, temperamento e na própria ética. Para mudar e buscar ser mais feliz no contato com o mundo externo é necessário entender e se reconciliar com o mundo interno, as figuras de base, com o que fizeram para você chegar nesse ponto em que está, é acessar as feridas infantis. Para tudo tem uma resposta, a mente e o corpo guardam todas as informações, então não se deve buscar ter filhos para tratar essas feridas e dificuldades que não foram curadas e tratadas com o devido cuidado e respeito.
 
Se você olhar em volta de si mesmo verá que o seu mundo é como você é capaz de vê-lo, de projetá-lo, como você acredita que o merece, por isso é importante conhecer a si mesmo, mudar e ampliar o próprio mundo interno para que o mundo externo também cresça e se enriqueça.
 

domingo, 24 de novembro de 2013

Alteração na lei para a licença maternidade na adoção

Mandy Lynne

A nova lei fala tanto adoção quanto "guarda judicial para fins de adoção".
Veja o que diz, com a alteração recente, a Lei 8.213/91:
Artigo 71-A. Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias.
Assim, o segurado ou segurada empregados que recebam em guarda provisória para fins de adoção, constando expressamente do termo de guarda os fins da sua concessão, filhos terão direito ao salário maternidade de 120 dias.
O mesmo vale para a licença maternidade adotiva, pois com a alteração recente os artigos da CLT passam a vigorar da seguinte forma:
Artigo 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392.
§ 5º A adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença-maternidade a apenas um dos adotantes ou guardiães empregado ou empregada.
Artigo 392-C. Aplica-se, no que couber, o disposto no art. 392-A e 392-B ao empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção.
O que temos então é:
1. adotantes de qq sexo, desde que empregados, terão direito à licença e ao salário maternidade adotivos;
2. em caso de casal adotante, apenas um de seus membros, seja homem ou mulher, poderá exercer tais direitos e não ambos, mesmo que duas mulheres;
3.do termo de guarda continua obrigatório constar expressamente "para fins de adoção", sob pena de indeferimento dos pedidos;
4. apenas terá direito à licença e ao salário maternidade aquele que adotar ou tiver guarda judicial para fins de adoção de criança. Ou seja, a pessoa em desenvolvimento até 12 anos incompletos;
5. o adotante ou a adotante continua tendo de formular o pedido de salário maternidade diretamente à previdência e não através do empregador, como ocorre para o salário maternidade biológico.
Creio ter sido esta a sua pergunta. Mas caso tenha alguma outra dúvida, pergunte pois tendo a informação será um prazer compartilhar com o grupo.

Informações passadas pela Rhô Silva

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Cintia Liana na Revista Pais & Filhos de novembro de 2013. Esse post tem a entrevista na Íntegra.

Cintia Liana na Revista Pais & Filhos de novembro de 2013
 
Cintia Liana na Revista Pais & Filhos de novembro de 2013

Cintia Liana na Revista Pais & Filhos de novembro de 2013

Cintia Liana na Revista Pais & Filhos de novembro de 2013 

Cintia Liana na Revista Pais & Filhos de novembro de 2013
Como é, emocionalmente, adotar? Conversei com uma mãe que estava determinada, mas e nos casos em que há dúvida? Estar preparada é ter certeza do que quer?
Também. Estar preparada é desejar plenamente a adoção é ter menos exigências possíveis, é conhecer as facetas do universo da adoção, é querer lidar com a verdade. Estar preparada é estar consciente de seu processo pessoal, das possíveis necessidades que venha ter a criança e é estar segura de que a única forma para se tornar mãe é adotando uma criança, seja ela vinda do próprio ventre ou não. A única forma de se tornar filho é sendo adotado. A adoção se dá no desejo, na intenção de acolher e amar, e esse amor se faz real na convivência.
O processo emocional da adoção é o mesmo que acolher um filho biológico, mas é aceitar que o filho já venha trazendo uma história precedente, da qual os pais adotivos não fazem parte, mas têm que respeitar e nem por isso são menos importantes da vida do filho, ao contrário, eles é que fazem parte do mais importante, do futuro, que é o que nos espera.
Na adoção existe a substituição completa da família de origem, exceto em nível biológico. 
Todos deveriam se preparar e fazer terapia antes de ter filhos, é muito difícil e muitas vezes até impossível criar filhos emocionalmente saudáveis e felizes se nem os pais conseguem ser felizes. É impossível conhecer, entender e aceitar o outro se antes não nos conhecemos, não nos entendemos e não nos aceitamos. A chave para o mundo do outro está dentro de nós.
Qual a diferença entre o vínculo materno da mãe adotante e da mãe biológica? Como o vínculo adotivo se forma?
Nenhum. Não existe diferença entre o vínculo materno biológico e o vínculo materno adotivo. Todas as crianças só se tornam filhos se, de fato, acolhidos, considerados, ou seja, adotados. Mães que têm filhos biológicos e adotados relatam que não existe diferença no amor entre eles e os estudos comprovam a mesma coisa.
Elizabeth Banditer, a maior estudiosa do mundo do mito do amor materno, afirma que o fenômeno do amor nasce da intenção, do desejo de acolher e é conquistado e construído na convivência e não nascido instintivamente na gravidez, advindo da herança biológica e dos laços consanguíneos. O amor materno também é um sentimento que deve ser alimentado e varia de acordo com a pessoa que o sente. O modo de senti-lo e vivê-lo está intimamente relacionado à história de vida da mulher e à sua história familiar. Ela diz que o amor é inerente a condição de mãe, que ele não é determinante.
Existem mães de todos os jeitos, mãe não é tudo igual. O amor de mãe pode variar de acordo com a consciência de cada uma, de acordo com as ambições, frustrações, cultura, ele pode ser fraco ou forte, existir ou não existir, aparecer e desaparecer, pode ser bom ou ruim, ter preferência por um filho ou não.
O criador da terapia de família Murray Bowen explica que cada mulher vive a maternidade a seu modo e isso vai depender da sua história de vida. Ela é mais capaz de dar o que ela teve, se ela teve um solo fértil em casa será muito mais fácil de dar o melhor dela ao filho. Quando se passa da condição de filho à condição de pais e os papéis se invertem num contexto modificado é necessário dar respostas efetivas na condição de pais aos próprios filhos e nesse momento se reabrem feridas intergeracionais  e vem a tona uma questão central: como se pode dar aquilo que não se teve? 
 
Nos casos de adoção tardia, a formação do vínculo é mais difícil? O trabalho de adaptação deve ser diferente? Demora mais?
A adaptação nos casos da adoção tardia não é mais difícil e nem sempre demora mais, mas é diferente. Em todo caso, a adoção em todas as idades faz-se necessário um tempo de adaptação. Nesse aspecto também entram variáveis, como seu temperamento, seu modo de sentir e lidar com seu histórico, suas memórias, “fantasmas” e medos e a base que os novos pais proporcionam a esta criança.
No caso da criança maior, ocorre que ela tem uma maior consciência do que está acontecendo no momento da adoção e a criança menor tem uma menor consciência. Essa consciência da criança maior pode até ser usada de maneira positiva no estabelecimento dos novos vínculos. Assim como os seus sentimentos devem ser respeitados e validados, o que ela sente é muito importante.
Na adoção da criança maior o processo de luto pela “perda” da família de origem, pela perda "do que poderia ter sido", pela dor do sentimento de abandono e rejeição vem junto com o início da adaptação, já no caso do bebê esse processo de consciência das perdas e da rejeição sofrida vem após a adaptação, quando crescem um pouco mais, mesmo assim os bebês também sofrem pelo corte do vínculo com a mãe ou com a família de origem, e o tamanho desse sofrimento vai depender  também do tempo que passou com eles e do apego desenvolvido. Após os 6 meses de vida e em convivência com a mãe biológica o sofrimento pelo corte do vínculo é infinitamente maior, porque o apego já foi desenvolvido e estabelecido.
O pai da teoria do apego, John Bowlby, descreve as fases de luto, que são entorpecimento e negação, anseio e protestos, desorganização e desespero, recuperação e restituição. Nessas fases toda a ansiedade também pode ser manifestada através de sensações e agitação noturna, até no caso de adoção de bebês.
A criança maior já conhece o que as une aos novos pais adotivos, o bebê pequeno entenderá o vínculo da adoção mais tarde e poderá elaborar o luto da perda da família de origem depois.
A criança maior muitas vezes tem o desejo consciente de fazer “dar certo” a nova relação parental, mesmo passando por um momento de possíveis turbulências e ajustes no novo núcleo familiar. Os pais devem ter delicadeza e paciência nesse momento. Não existe relação perfeita, criança perfeita, ou melhor, elas são perfeitas nessa imperfeição, isso faz delas humanas e é por serem humanas é que são capazes de empatizar, de sentir e de amar. Todos precisam de tempo para se adaptar aos laços que estão sendo formados e fortalecidos, todos estarão aprendendo.
É preciso se reeducar e estar mais sensível às nuances, ter paciência e confiança na escolha que foi feita. Toda relação necessita de cuidado, respeito e aceitação.
 

Cintia Liana na Revista Pais & Filhos de novembro de 2013

Cintia Liana na matéria do Correio Braziliense sobre Adoção Internacional


Matéria sobre adoção internacional do Correio Braziliense
Cintia Liana
 
Uma das respostas da psicóloga de Cintia Liana ao Correio Braziliense
 
Correio Braziliense - As crianças que partem para outros países costumam passar por processos de adaptação mais complicados? Qual é a maior barreira?
 
Cintia Liana - Nem todas as crianças passam por uma adaptação complicada outras sim, isso vai depender do seu histórico e principalmente de como ela lida com esse histórico. Depende também da preparação que tiveram os pais adotivos, pois eles precisam passar plena segurança à criança.
Ela precisa se sentir aceita em todas as suas particularidades. As entidade acompanham as famílias durante 2 anos após a adoção, não só avaliando semestralmente para informar ao País de origem do menor, mas também dando apoio e propiciando um ambiente de reunião e confraternização de todas as famílias que passaram pelo mesmo processo e crianças que vieram da mesma nação.
A maio barreira, ao meu ver, é o preconceito que podem enfrentar essas crianças em seu grupo escolar, isso pode dificultar tudo. Ainda existe preconceito aqui na Itália, como em todos os outros Países, em achar que família adotiva é família de segunda ordem e que filho adotivo é sempre problemático porque é “diferente”. Se é diferente fisicamente pode ser ainda mais complicado, mas como falei isso vai depender da segurança dos pais e do menor.
Nós temos que enfrentar os preconceitos e educar as pessoas, o que não se pode é aceitar os preconceitos e deixar de fazer adoções, toda família é construída pelos laços de amor.
 
Vejo em todos os lugares aqui pais brancos italianos com filhos negros, por exemplo, e sei que foram adotados, fico feliz em ver que as adoções são reais, além da entidade em que trabalho, e fazem parte do nosso cotidiano.

Outras respostas da entrevista na íntegra:
 
Correio Braziliense - O processo de adoção é complexo para qualquer criança. No caso de uma adoção internacional, é necessário tomar cuidados adicionais na condução desse processo?
Cintia Liana - É sempre importante tomar muitos cuidados em qualquer adoção, mas do ponto de vista psicológico é importante observar aspectos relevantes que permeiam o mundo da adoção internacional, como a nova língua, o novo País, a culinária, a cultura do futuros pais, o novo clima, entre outras coisas e a falta que farão alguns aspectos da realidade brasileira, nação de origem do adotando.
As crianças e os casais precisam de tempo e de paciência para estabelecer uma comunicação já que a língua não é a mesma, mas no final das contas a linguagem do amor é universal e tudo corre de maneira tranquila.
Correio Braziliense - A Comissão Distrital Judiciária de Adoção do Tribunal de Justiça do DF desenvolve um projeto chamado "Era uma Vez, o re-contar de uma história", com o objetivo de tornar menos traumático o processo de adoção de crianças e adolescentes por famílias estrangeiras. Desde 2012, eles produzem livros narrativos da história de vida dessas crianças, como forma de prepará-las para viverem com as novas famílias. Elas levam os livros para as novas casas. Iniciativas como essas são importantes?
Cintia Liana - São importantíssimas, as crianças precisam entender melhor a realidade que as espera para se sentirem mais seguras e confiantes, sobretudo seguras de que existe um casal que as espera e que deseja se tornarem seus pais. Nós da Senza Frontiere realizamos adoções em Brasília e pude acompanhar alguns processo de nossos casais aí. A equipe é muito séria, sensível e preocupada em preparar bem as crianças e dar todo o suporte psicológico durante o processo de adoção.
 
Correio Braziliense - O fato de a maioria das crianças adotadas por casais estrangeiros não ser bem pequena requer alguma outra estratégia?
Cintia Liana - Se a criança é bem preparada e deseja ser adotada não muito, requer tempo para que a criança entenda o seu processo emocional, se adapte, que se sinta respeitada e que confie nos novos pais. As maiores precisam de mais tempo em geral, precisam se sentir seguras de que podem falar aquilo que sentem sem serem criticadas ou julgadas, precisam de diálogo, sem sentirem aceitas e amadas para aprender a aceitar e amar.
Ao meu ver é também importante a criança se sentir a vontade para voltar ao Brasil, ter contato com pessoas da mesma nacionalidade, não romper esse elo tão importante.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Pedindo ao Papa por Duda. #ficaDuda

Cintia Liana escreve para o Papa
 
Amigos da adoção e das crianças, para lutar pela felicidade da Duda vale tudo agora, tudo de lícito e honesto, claro! Dia 04 de novembro enviei, daqui da Itália, uma carta ao Papa Francesco explicando toda a situação de Duda e das crianças que estão sendo injustiçadas e violentadas com as últimas decisões da Justiça brasileira.
Não podemos desistir de protegê-las. Esse é um momento muito importante na história dos direitos da criança no Brasil, momento em que não estão vendo elas como sujeitos de direitos e sim como coisas que podem ser devolvidas às suas famílias biológicas mesmo tendo construído com uma outra família, a adotiva, fortes vínculos de amor.
Tirando a única família que essas crianças conheceram estarão tirando toda a segurança, toda a felicidade, fantasia e esperança de um bom futuro. Restará o terror, o pânico, a raiva crônica e a incompreensão.
Peço a todos que escrevam também uma carta para o Papa, suplicando que ajude a Duda a ficar. Não se trata de religião, de igreja, eu pedi ao ser humano Francesco, que tem algum "poder" e que carrega o mesmo nome religioso de São Francisco de Assis.
Eu tenho esperança e não vou cruzar os braços. Como eu já mandei a carta em italiano e certamente já chegou, peço que enviem poucas linhas, lembrando a ele de ajudar no caso Duda e pedindo que dê atenção à minha carta.
Vamos todos lutar pela Duda e pelas outras crianças? #ficaDuda

Me sigam no Twitter:
@cintialiana
Lá estamos fazendo mais campanhas #ficaDuda

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Não à violência contra as crianças. Pela humanização da Justiça

 
O Judiciário precisa entender que se Duda for “arrancada” se sua família adotiva ela estará sendo violentada. Violência também é a ação que trata o ser humano não como sujeito de direitos, mas sim como uma coisa. Duda será recolocada no seio de uma família que ela não conhece, nesse cenário, onde a lei a obriga a deixar a única família que ela ama e conheceu (a sua família adotiva), faz dela um objeto no qual está a mercê da inércia, da passividade e do silêncio por ser uma criança de 4 anos e meio.
O Judiciário está sendo indiferente à dor de uma criança somente em detrimento de laços de sangue com uma família que para ela não existe.
O problema de Duda é mais do que um caso de adoção mal resolvido, o problema de Duda é de todos nós, ele deixa todas as famílias adotivas e biológicas com medo da falta de inteligência e sensibilidade da justiça brasileira.
O problema de Duda maltrata a nossa alma infantil e nos remete a momentos em que éramos crianças e não fomos ouvidos e respeitados o suficiente em uma determinada situação que nos fazia mal. O caso Duda traz de volta traumas, reabre feridas infantis, o caso Duda indigna, choca, maltrata. Não podemos ficar indiferentes.
Que justiça é essa? Que magistrados são esses?
Pela humanização da justiça, pelo respeito aos laços de amor, pelo respeito aos sentimentos da criança.
 
Cintia Liana, Psicóloga
Para quem ainda não conhece o Caso Duda:

Twittaço pelo #ficaDuda


Estou aqui na Itália, mas muito orgulhosa de ser BRASILEIRA, de fazer parte de um povo que tem esperanças em mudar, que tem ideais, que luta por aquilo que acredita e que luta pelas crianças. Por um PODER JUDICIÁRIO HUMANIZADO. CRIANÇA NÃO É OBJETO, É SUJEITO DE DIREITOS. #ficaDUDA 

Sobre o Caso Duda, Por Cintia Liana: http://www.psicologiaeadocao.blogspot.it/2013/10/sobre-o-caso-duda-por-cintia-liana.html

domingo, 3 de novembro de 2013

Fotos Psicologia e Adoção

Cintia Liana. Psicologia e Adoção
Cintia Liana. Psicologia e Adoção

sábado, 2 de novembro de 2013

Duda case in Brazil

 
The hashtag #ficaduda is about an online protest created by a group of Brazilian adoptive parents in support of Duda's adoptive parents.

Duda was taken away from her biological parents at the early age of just 2 months old, due to abuse an...d neglect. She was taken to a shelter (a foster group home), where she lived for 15 months.

Duda's adoptive parents waited in line during 5 years to adopt through the Brazilian government adoption process. They had the privilege to adopt Duda, and for 3 years they showered her with love, affection, dignity, respect, great education and health —everything that a child needs.

Duda's adoptive parents followed all the legal steps to adopt her. They waited on a long line to be called, they attended mandatory adoption classes, seminars, they endured home visits, etc. But now, after 3 years living as a family, Brazilian "Justice" wants to send Duda back to live with her biological parents, the same ones who lost, by court order, the parental rights to Duda and 6 other children due to neglect and abuse.

Brazilians adoptive parents are angry. They see this decision as a threat to all adoptions in Brazil. And they are asking your help. You can help by sharing this story, by signing the petition, and by using the hashtag #ficaduda (duda stays) on all social media sites.

Together, we can create online pressure and real-life activism in hopes to guarantee Duda the right to stay where she belongs: with her real and forever family: her adoptive family. #ficaduda

To sign the petition, go to: http://www.avaaz.org/po/petition/ficaDuda/?ccHdWfb

November is National Adoption Awareness Month, and we can all celebrate by doing a small gesture to help this family. Share!


Cosè il movimento #ficaDUDA in Brasile?



Dalla dott.ssa Cintia Liana Reis de Silva

In Brasile è scoppiato un caso in cui tutti i gruppi di appoggio all’adozione, genitori adottivi e professionisti del campo dell’adozione e della famiglia sono impegnati con l'obiettivo di far consapevole la giustizia. Anche la società civile è coinvolta sempre di più.
Una bambina di 4 anni e mezzo ha convissuto con la famiglia adottiva per quasi 3 anni e adesso la famiglia biologica la vuole nuovamente. Questa famiglia biologica ha convissuto con lei per soli 2 mesi, poi è stata allontanata per maltrattamenti, la madre ha problemi mentali ed il padre è alcoolista. Dopo 1 anno e mezzo in orfanotrofio è andata in adozione per una famiglia che ha aspettato 5 anni nella fila di adozione, e adesso, dopo quasi 3 anni di convivenza (ancora non si è conclusa l'adozione per responsabilità di ritardi del Potere Giudiziario), felice e sana, un magistrato ha deciso che lei, la bambina, deve ritornare all’ambiente malato e miserabile da dove è uscita con 2 mesi di vita, dove ci sono anche 6 fratelli.
Il magistrato del processo di prima istanza ha usato la frase: “Quello che Dio ha unito l’uomo non separa”, come se i bambini dovessero vivere soffrendo, con genitori cattivi ed irresponsabili perché gli hanno dato la vita.
Tutto indica la dirigente di una chiesa evangelica (che anche è proprietaria dell’orfanotrofio in cui la bambina è stata), che guida i genitori a voler nuovamente la figlia, essa paga l’avvocato della coppia. Questa signora ha fatto anche varie minacce alla coppia adottante. Queste minacce sono state provate in udienza pubblica. Adesso lei è anche denunciata di alcuni crimini contro l’infanzia.
Altre casi simili stanno succedendo in Brasile e questo è molto preoccupante. Il Brasile ha delle leggi sull’infanzia più moderne al mondo ed è un Paese all’avanguardia riguardo l’adozione e tanti altri argomenti nel campo dei diritti umani.
Il ritorno della bambina Duda e la rottura dei legami con i genitori adottivi le porterà mille problemi emotivi. Oltre la possibilità di una morte psichica, una marea di insicurezze, il profondo sentimento di abbandono, incomprensione, di panico, terrore, rabbia, rifiuto, in un ambiente completamente strano a lei, con genitori con cui lei non ha sviluppato nessun tipo di legame affettivo.
Noi sappiamo ed anche la scienza lo sa, che l’amore è un sentimento costruito nel tempo, con investimento di rispetto, desiderio di appartenenza, e questa bambina ha già sviluppato l’amore di figlia verso i genitori adottivi.
La giustizia deve proteggere la bambina ed i legami famigliari costruiti con i genitori adottivi, non valorizzare soltanto i legami consanguinei con genitori biologici, completamente estranei, malati e manipolati dalla signora dell’orfanotrofio.
Se L’ECA, “Estatuto da criança e do adolescente”, promulgato dal potere giudiziario brasiliano, sostiene che i bambini devono essere protetti, sono i loro interessi che devono stare al di sopra di tutto, allora perché la giustizia vuole che la bambina ritorni dalla famiglia originaria, anche sapendo che porterà tanti problemi psicologici? In realtà, per una parte dei Magistrati, è diventato una questione di potere tra Potere Giudiziario e Società.
Fino a quando i minori pagheranno per la mancanza di buon senso e d’amore degli adulti? I bambini non sono oggetti, sono soggetti di diritti.
Per favore, condivida, tutti devono conoscere questa storia. Difendiamo i bambini!

Cintia Liana Reis de Silva, è psicologa e psicoterapeuta, brasiliana, esperta in psicologia di coppia, famiglia ed adozione e lavora in Italia. www.psicologiaeadocao.blogspot.com